Ultraconservadores que não deixam ninguém em paz. Nem as crianças

No limite, este poderá muito bem ser o resultado de ceder aos fundamentalistas, religiosos ou não, que defendem um sistema de ensino vinculado às suas próprias crenças, mesmo quando essas crenças se “fundamentam” em ficções, extremismos ou teorias da conspiração. Ensinar o criacionismo, por exemplo, não pode ser uma opção. Ensinar que a Terra é plana também não. Não numa democracia liberal. Combater esses lobbies obscurantistas, orquestrados por um ultraconservadorismo elitista que pretende estupidificar para reinar, é um imperativo ético para todos os que prezam a democracia, sejam de direita ou esquerda, conservadores ou liberais. Porque o choque que se avizinha, a grande batalha que nos espera, não será entre a esquerda e a direita. Será entre os que se levantarão pela democracia e os que agora saem do armário para a abater. E já começou.

Comments

  1. Filipe Bastos says:

    “Será entre os que se levantarão pela democracia”…

    Outra vez a ‘democracia’, como se cá houvesse alguma. Como se ter a subida honra de rodar uns tachos de 4 em 4 anos, sem nada mais poder escolher ou decidir, fosse democracia.

    Como se sustentar uma classe de chulos, pulhas e trafulhas que fazem, nomeiam, adjudicam e estouram o que lhes dá na gana, sem qualquer constrangimento que não as leis abstrusas que eles próprios votam entre si, fosse algo a defender ou a preservar.

    Como se, enfim, pagar 45 anos de bandalheira corrupta, com três bancarrotas pelo meio, enquanto os responsáveis saem frescos e airosos para novo tacho – a que chamam ‘desafio’ – ou casinha de luxo em Paris, fosse o ápice da democracia e da civilização.

    Quanto ao resto, Rui Mendes, ambos os lados defendem um sistema de ensino vinculado às suas crenças: a direita pode ser religiosa, intolerante e reaccionária, mas a histérica identity politics da ‘nova esquerda’ fica pouco atrás.

    • Paulo Marques says:

      Duas perguntas:

      o país onde não há corrupção é qual, e em que planeta?
      qual é a semelhança entre uma educação que tem o objectivo de ostracizar tendo mortes como efeito colateral, e outra que tem o objectivo de normalizar o que é natural e que salva vidas por consequência?

      E uma observação, não houve nenhuma bancarrota, vai estudar.

      • Tem toda a razão.
        E ainda acrescento que a nossa última bancarrota se deu em 1892. Numa época em que o chefe de estado não era eleito de 4 em 4 anos.

      • Filipe Bastos says:

        Fraquinho, Paulo.

        o país onde não há corrupção é qual, e em que planeta?

        Também não há país que não discrimine raças, grupos ou etnias, do Brasil à Nigéria, da Índia ao Japão. Isso torna o racismo ou a discriminação aceitáveis?

        Mais: Portugal será dos menos racistas do mundo, e v. vive obcecado com o tema; mas é dos mais corruptos da Europa e isso, pelo visto, parece-lhe lindamente.

        qual é a semelhança entre uma educação que ostraciza tendo mortes como efeito colateral, e outra que normaliza o que é natural e que salva vidas por consequência?

        Muito nesta cruzada PC não é ‘natural’: as dezenas de géneros, a imposição de novas normas e palavras às pessoas sem lhes perguntar nada, a absurda defesa do Islão e dos seus tarados medievais, a obsessão com a raça, a misandria, ou o racismo – se é branco é mau… excepto os ideólogos PC.

        Isto não é ensinar a tolerância; é substituir uma intolerância por outra. Veja como alienam quem discorda.

        As bancarrotas: ah claro, fomos mendigar três vezes ao FMI, mas estava tudo supimpa. Como é que disse o Sr. Taxeira, o lacaio do Trafulha 44 – só havia dinheiro para um mês?

        • Paulo Marques says:

          «The forms of labour discrimination against immigrants are manifold: sometimes it is open and explicit as, for example, in unequal pay for equal work (lower salaries incomparison with Portuguese nationals for the same job). These wage and earning gaps are often excused as a result of cultural differences, language skills and education quality. In other cases, the labour discrimination against immigrants is more subtle anddisguised, on the basis of their diplomas, language skills or legal or illegal status. There are people who suffer forms of aggravated discrimination, as it is the case with poor black immigrant women, who are discriminated due to their gender, race and class. In Portugal, there is evidence that labour discrimination, as well as racism, often assumes subtle and disguised forms (Vala, ■1999). However, further conclusions can only be drawn by data production and scientific research directed specifically to the understanding of the inequalities observed in the labour market. This is urgently to be done if the integration of migrants who entered Portugal in the last years is to produce asociety where economic opportunities are equal to all independent of colour or culturalbackground. »

          Mais corrupto que o país do WireCard, DB e VW, tenho dúvidas, e muitas, mas isto é focar no acessório. Há problemas com o capital, e há problemas com o capital conseguir desviar os trabalhadores para lutarem entre si. E os Filipes comem tudo e não ouvem nada, desde que a exploração não comece em si, como está está bem. E não, não tenho paciência para masoquistas que só vão perceber quando o inevitável os impactar a eles.

          Pedir ao FMI para empobrecer foram escolhas políticas, e sim, havia outras, de neoliberais pagos, e bem, para não perceberem que a coisa só podia dar mau resultado. Bancarrota é não pagar, mas lá se iam os cargos na eurolândia.

  2. Eu acho que com crentes como os da fotografia se Jesus Cristo volta-se à Terra seria esquerdista de certeza

  3. Porque é que a criatura da foto tem horror á psicologia?
    Será que a matematica, física e química estão na categoria de “witchcraft”?

  4. Os da religião ateia, que denominam ‘progressismo’, sempre que confrontados com a sua sanha censória e apostólica, logo buscam na sua gémea religião deísta o conforto de uma suposta oposição.

    • POIS! says:

      Pois!

      E V. Exa, de mão canhota entregue às suas frenéticas atividades solitárias, entretém-se a vê-los passar:

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