João L. Maio
O Bloco de Esquerda já sabia, antes de sequer iniciar qualquer negociação, que o Governo iria fazer os malabarismos do costume para sair a ganhar das negociações para o Orçamento de Estado para 2021 a todo o custo. Fê-lo nos outros orçamentos e este não seria excepção. Tem por hábito o PS baralhar e dar a bel-prazer. Mas o BE não cedeu a chantagens ou a ameaças de crise política, quando a bola esteve sempre do lado do Governo.
Não nego que votar contra o OE’21 é incoerente com o caminho que vinha sendo traçado até aqui desde 2015, com altos e baixos, mas com uma solução de esquerda para Portugal. Mas ficou claro, durante estes últimos cinco anos, que só um partido ganhou com a “geringonça” e esse foi o Partido Socialista.
Depois de reveladas as posições do PCP e do PAN, e tendo quase por certo que bastarão os 108 deputados da bancada socialista e o voto a favor de uma das deputadas não-inscritas (ou do PEV) para o orçamento passar, o Governo ficou com a certeza que não precisava do BE para nada. Posição que, aliás, sempre pareceu demonstrar. A altivez com que António Costa e outros membros do PS se referem e dirigem ao BE não mostra abertura à negociação, antes uma postura autoritária baseada no “eu quero, posso e mando”. Mas, em democracia, não é assim que funciona; e o PS devia sabê-lo melhor do que ninguém.
Por muito que possa custar a alguns eleitores bloquistas, o partido não se pode vergar nem ceder perante as exigências que são mais do que legítimas e necessárias neste momento difícil para o país e para o que se avizinha. A ameaça de uma crise política não pode assustar. É a Democracia a acontecer.
O reforço do Serviço Nacional de Saúde é urgente; ainda mais urgente em tempos de pandemia em que o SNS se encontra sobrecarregado, com profissionais e meios a menos. E, para o Novo Banco, nem mais um cêntimo. Os portugueses estão fartos de pagar pelos erros das instituições bancárias e da desregulação dos mercados que geram crises na banca dia sim, dia sim. E depois de sucessivos “nins” em anteriores orçamentos, o BE decidiu que era a altura de puxar o freio e dizer “não” às intenções do executivo de António Costa.
Este é um orçamento que não responde às necessidades das pessoas e que lhes dá migalhas querendo-as convencer de que são migas.
Fica, no entanto, a certeza de que o Bloco continua a ser da Esquerda, a estar realmente à esquerda e a defender uma política verdadeiramente socialista… de esquerda.
Deixem o BE entregar isto ao laparoto outra vez !
O Cavaco múmia está farto de trabalhar para isso .
A ideia de chantagem do, ou eu ou o caos, já preconizada por Pedro Passos Coelho, vem nesta legislatura sendo seguida por António Costa. Uns dos grandes problemas do PS foi sempre a sua arrogância. Nunca perceberam que não fosse o PCP, mais até que o BE, este mais libertário e pequeno burguês, a colocá-los no Governo com a Geringonça, estariam ainda agora na Oposição. Presumo até que atravessariam um longo deserto.
As eleições nos Açores, muito menos afectados do que o continente pela pandemia, são um bom ou mau presságio, depende sempre do nosso posicionamento político, para o que aí vem, no que ao PS diz respeito.
Aprendam ao menos com os Açores, se querem manter o cu quente por mais algum tempo no poleiro. Caso contrário, em 2022, serão despachados por indecência é má figura.
O BE está f*dido.
Nas próximas eleições vai ser engolido pelo Chega e IL.
A “actriz” falhada vai ficar deprimida 10 anos quando se aperceber que vai levar o mesmo pontapé no rabo como o o jerónimo acaba de levar nos Açores.
À medida que a o controlo cerrado que a CS detinha sobre o livre pensamento é quebrado pela Internet, estes “ditadores” de esquerda irão caídos um a um …
Manuela Aguiar Gomes
Quem vai ser engolido pelo Chega é o CDS. Já se nota bem a perda de terreno daquele partido.
“O BE está f*dido.
Nas próximas eleições vai ser engolido de pelo Chega e IL. “
Foi por isso que nas pretéritas eleições legislativas, como mais recentemente nas regionais dos Açores, o BE manteve o mesmo número de deputados, mesmo perdendo eleitores. Eu diria antes, a direita fragmentou-se em vários partidos, com o aparecimento do Chega e da IL, perdendo deputados por ter uma maior dispersão eleitoral.
Como é óbvio, o resultado eleitoral histórico do BE em 2015, onde foi buscar mais 180.000 votos ao PSD, principalmente, mas também ao PS, só foi possível por duas razões:
A governação de Passos Coelho ao desejar ir além da Troika e a descoberta das mafiosices de José Sócrates, exploravas pela comunicação social e pela PGR.
perdendo deputados por ter uma maior dispersão eleitoral
A lei eleitoral nos Açores é proporcional (através de um círculo de compensação), pelo que, nos Açores a dispersão eleitoral não causa perda de deputados.
Quem vai levar um pontapé no rabo é quem andou a prometer que ia ficar tudo bem e não ia haver austeridade graças a bazuquinhas por ser bom aluno, e não foi por falta de aviso.
Esta gente do BE não tem nenhuns escrúpulos.
Fez exactamente o mesmo que em 2013 chumbando o PEC IV e lixando-nos a todos com o resgate e a troika.
Ora aqui está uma novidade! A culpa de termos tido de levar com a troika foi… do BE. Essa nunca tinha visto expressa. Está boa, sim senhor.
Então não, já viu partido que mais tenha endividado o país enquanto assinava de cruz acordos internacionais que obrigam a cortar todos os anos? Que falta de chá!
olha a madame, a nossa querida Paulo Marques, já era de esperar.. Falta o marido – ou a mulher, que tanto dá – o Pois ou a Pois. Deve ser uma, só atacam passado um tempo.
popis pois!
Em contrapartida, o Albimbo,. mal arranja uma esquina, ataca logo! É o que se chama uma bicha eficiente! Em duas horas ganha para sustentar metade da família. À outra metade dá a mama.
Tá com medo de perder o tacho? É a vida!
Novidade? Explique lá então o que não teria acontecido se tivesse sido aprovado o PEC IV, i.e. se o BE tivesse votado a favor.
Se, como parece, absorveu a mistificação que se seguiu e não sabe, veja o que a Chanceler Merkel disse sobre o assunto:
Num país decente metade do PS estava preso, a outra metade levava um chuto no cu ao som de “vai trabalhar chulo!”.
O PS é a maior máfia do país. Tal como o PSD, devia ser extinto.
Ver o Berloque e (embora menos) o PCP a lamber o cu ao PS, na pífia Gerimbosta que garantiu tacho ao Costa, apenas comprova que os comunas são tão hipócritas como o restante esgoto pulhítico.
A recorrente conversa de que se tem aprovar o OE, qualquer OE, para evitar uma pretensa ‘instabilidade’ dá vómitos. Que venha a instabilidade. Mil vezes isso à ‘estabilidade’ deste esgoto.
A velha narrativa; todos os políticos são pulhiticos, menos eu que sou impoluto…
Este é dos que; quanto menos tem, mais exibe! seriedade…
Já cá faltava a fantasia xuxa do PEC IV.
Após seis anos de saque mafioso do Trafulha, com o Sr. Taxeira a anunciar que não havia dinheiro para salários, era mais um PEC que ia salvar tudo. Claro.
É verdade que tinha dado jeito para o Trafulha acabar as obras na casa de luxo em Paris. Assim pisgava-se com mais estilo…
Toda a UE acreditava nisso mas, sabe-se lá por que insondável mistério, o João Malo e o Filipe Bastos não e também devem estar convencidos de que foi o Governo de então que levou à bancarrota a Irlanda, a Grécia, a Espanha (não formal, mas de facto), etc.
Se tivesse havido PEC IV, a seguir seguiria-se o PEC V, PEC VI, PEC VII, e PEC VIII, ou não tivesse Bruxelas ido além do FMI (onde continua, aliás). E, como se vê de 2016 até o orçamento de 2020, o PS não discorda de muito.
Não haver dinheiro próprio, como sempre, é uma opção, que, como se vê, nem trás estabilidade, nem prosperidade, nem protecção contra a globalização.
Será crise da andropausa? António acaba a relação, mas espera que Catarina continue a fazer o amor sempre que a chama.
Mas não se fica com a atitude daquela vadia! A leiteira do lado pisca-lhe o olho e vai já fazer marmelada com queijinhos…
filha, no teu caso não sei o que seja. Homem não és, mulher também não…
‘Ser de esquerda’ e ser chulo são crescentemente tomados por sinónimos, e muito justamente: só falam em dar, e quanto a produzir ficam-se pelas generalidades da industrialização, da não globalização e pela cretinice de impedir despedimentos em cima de uma crise.
São assim desde sempre, mas finalmente começam a notar|
Pois será?
“Ser de esquerda” com aspas e ser chulo sem aspas são tomados por sinónimos? Hummmm…desconfio…
V. Exa. afinal “é de esquerda” com aspas? Não sei se acredite, francamente…Isto é, nas aspas até acredito. No resto…
Não me diga, são cretinos por não aprovarem um orçamento do qual a direita parlamentar não discorda? De facto, que canalhice!
Será que o João L. Maio é um daqueles que ontem na Mesa Nacional votaram por unanimidade chumbarem o orçamento?
O João L. Maio faz um bom favor em vir aqui tentar explicar-nos o sentido do voto do BE. Mas eu tenho cá na minha que não há mesmo explicação possível para a borrada que o BE fez.
O PCP mostrou ser um partido adulto e responsável. O BE, lamentavelmente, descambou para a adolescência irresponsável.
Bem se eles ” chumbarem”, eles lá ” saberem”, né? Vá ôme pense um bocadinho! Abane a mioleira ! A ” explicação ” é tão simples. Bocê inté sabe! Mas nã diz , porra!!! Com que então a dar manteiguinha ao PCP… malandreco, mas é um abracinho muito amigalhaço. É, realmente é muito ” lamentável” o descambar desta malta!São uns sem juízo. Ai,ai,…
Hmm, se houvesse algum sítio onde se pudesse explicar porque é que um partido independente vota contra… hmmmm
https://www.esquerda.net/artigo/o-bloco-de-esquerda-face-proposta-de-orcamento-de-estado-para-2021/70850
O sentido de voto explica-se por ser ser constante desculpa do governo que não se pode falar de medidas que não estão no orçamento. Logo, a única possibilidade de as fazer é agora.
Está na nossa mão retirar ao ps como a todos os outros retirar-lhes a arrogância.
Todavia com o exemplo dos açores em que mais de metade dos eleitores não foram votar (camelos!) não vamos a lado nenhum.
E em quem haviam de votar?
Votar em qualquer destes partidos-esgoto é legitimar esta partidocracia; esta fantochada de pulhas; esta dança de tachos; este circo pseudo-democrático onde nos limitamos a rodar o pote de anos a anos quando nos mandam.
O único voto útil é BRANCO ou NULO. Aí sim, é pena não terem ido votar. Uma grande maioria de votos brancos/nulos seria a única esperança de reformar esta farsa.
Mesmo assim teremos de obrigar esta escumulha pulhítica a ouvir, pois este sistema podre ignora esses votos.
Fora isso, esqueça. Ir botar o botinho nesta podridão é mais que acarneirado e deprimente; é nocivo. É validar a bandalheira. É pactuar com a trampa.
O voto em branco só legitima que qualquer coisa está bem, desde que os outros decidam.
Pelo contrário: é o único voto sério de protesto.
Ir votar é como ir a um restaurante onde só há pratos de excrementos. A escolha é entre caca, poia e bosta.
Votar branco / nulo é gritar a esta canalha pulhítica: ‘não como merda; comam-na vocês.’
Eu voto nulo. V. devia fazer o mesmo. Todos devíamos.
O único voto de protesto é na rua.
Tantos comprometidos, por aqui.
Pois fiquem sabendo que foi tudo combinado entre todos:
1 – O PS quer ganhar votos à direita e diz a Catarina que por agora não necessita dos votos dela. Entretanto vai falando prá direita que a geringonça acabou, que podem confiar nele.
2- Catarina compreende a posição do PS e desata aos berros para que todos vejam que a geringonça acabou. Dá-lhe jeito porque poderá refilar durante toda uma legislatura contra o negócio do BES (não refilou quando o negócio foi feito), e poderá continuar com a agenda fraturante (por exemplo criminalização do piropo). São dois refilanços que talvez lhe tragam mais militantes e mais votos nas próximas legislativas e autárquicas. O grande desígnio do BE é crescer!
3- O PCP, que está em queda livre em votos e militantes, agarra-se ao PS com unhas e dentes, e grita “A Direita não passará”. Isto é; mais vale um pássaro na mão do que dois a voar. Longe vão os tempos em que o principal inimigo do PCP era o PS… Os camaradas têm ainda muito presente o resultado do chumbo do PEC IV…
4- Rui Rio não está nem aí para se candidatar a Primeiro Ministro. O PSD só tem vocação para governar em tempo de vacas gordas (não em tempos de pandemias). Só sabe governar como por exemplo no tempo de Cavaco, quando o país recebeu 1.000.000.000 $ POR DIA A FUNDO PERDIDO. Algum povo português ainda julga que é possível voltar a esses tempos áureos, mas com dinheiro emprestado… A propósito: o que aconteceu ao partido Aliança? não tem andado por aí!
5- O Chega está a tentar capitalizar a falência de algumas alas do PSD e de quase todo CDS. Por isso só se reúne com gente fina em restaurantes caros. Não faz comichão ao PS.
É assim. Está tudo combinado…
É uma bela teoria, só é pena os dados
https://twitter.com/fredericomunoz/status/1321787641843589123