Este é o meu último post como Aventador.
Mas não quero ir-me embora sem deixar uma palavra para quem, realmente, interessa neste Blogue: os que nele escreveram e escrevem e aqueles que os lêem.
Para os que lêem, a certeza que são a verdadeira e real razão porque se escreve num blogue. Pensar e redigir um esquisso até pode ser uma boa forma de sublimar emoções, raivas ou alguns demónios que atormentem quem escreve. Mas, verdadeiramente, publicar o texto e saber-se lido, é um prémio, é uma conquista que devemos, exclusivamente, a quem nos lê. Aliás, confesso que essa evidência sempre me surpreendeu. Texto a texto, nunca deixei de me espantar por comprovar que alguém “perdia” tempo a ler o que eu escrevia. Acreditem, não digo isto por falsa modéstia ou hipocrisia. É mesmo uma confissão sentida.
Mas também não desconheço que para alguns dos que tiveram aquela pachorra, esta não será a pior das notícias. Mas, e pasando por cima de uns escassíssimos momentos em que os comentários ultrapassaram a fronteira do aceitável e se tornaram verdadeiramente ofensivos, sempre apreciei ler o que diziam. Muitas vezes, pura e simplesmente, não os percebia, mas, caramba, tinham dedicado algum do seu tempo para completar a discussão que eu tinha iniciado. Também houve alguns que, quer pelo tipo de argumentos utilizados quer pela distância ideológica que nos separava (e separa), tiveram o condão de me irritar. E confesso, por duas ou três vezes, escrevi só para provocar. Só para tentar igualar no “outro lado” a indignação que me tinham provocado. Mas, e muito mais importante, obrigado a todos os que estiveram e estão aí, principalmente àqueles que tiveram a paciência e a disponibilidade para retorquir. E para vós todos, deixo-vos a mensagem que neste blogue li ou ouvi pela primeira vez e que além de me ter marcado de forma absoluta, define a essência da minha perspectiva política: dou a vida para que aquilo que defendes não prevaleça, mas antes dou a vida para que possas continuar a defender o que defendes.
Para todos os meus companheiros de blogue, os que ainda estão e os que já o foram, a minha mais profunda gratidão. Pelo respeito, pela consideração, por me terem recebido e aceite e em alguns casos, obrigado pela vossa sincera amizade. Sem querer ofender quem quer que seja (cruzes, canhoto), permitam-me realçar dois nomes: o Fernando Moreira de Sá porque foi ele que me convidou há mais de 10 anos (“prontos”, já sabem quem é o culpado) e o João José Cardoso pelo que significou neste Blogue e pelo vazio que nos deixou e que nunca conseguiremos preencher (#somosPorto, JJ, carago). Mas para todos, obrigado por me terem feito sentir que também pertencia a esta Casa, a esta Família.
Para todos, mesmo todos, quem leu, quem lê, quem escreveu, quem escreve, a minha eterna gratidão por esta indescritivel oportunidade e insubstituível experiência que nunca esquecerei.
E fico por aqui que já tenho os olhos marejados…
Até sempre
Carlos Garcez Osório
Onde é que o Carlos vai passar a escrever posts?
Para já, só no Facebook.
Apesar de estar algo distante de si no plano das ideias políticas, confesso que é com pena que o vejo partir. Quando o Carlos escreve, maioria das vezes gosto de o contrariar. Com ou sem razão, pouco interessa. Não concordamos um com o outro em quase nada, mas isso é irrelevante neste contexto. Aliás o que torna a democracia respirável é a discordância e o confronto de ideias. Caso contrário vivíamos no tédio, senão mesmo no obscurantismo.
Vou ficar com saudades das manhãs em que no meio da minha leitura dos jornais, abria o Aventar e lia os seus textos do princípio ao fim, descobrindo por vezes, aqui e acolá, uma pequena gralha (quem não as dá), e prontamente lhe enviava uma mensagem particular a avisá-lo: “Carlos corrija o texto, se não se importa”.
Mais uma vez lhe reitero o meu pedido de desculpas por aquele comentário despropositado que escrevi há três anos atrás.
Desejo-lhe muitos sucessos, mas acima de tudo saúde.
Obrigado, Rui, pelas suas palavras. Não tem que pedir desculpa por nada. Não me lembro do que está a falar. Obrigado pela sua ajudas com as gralhas. Grande abraço
Obrigado, Carlos!
Má notícia para o blog e para os residentes: o blog precisa de ideias dissonantes, os residentes precisam de um vilão.
O Francisco Figueiredo é direitista, mas demasiado jovem e boa pessoa. O Osório preenchia mais esse papel. Às vezes ia pela provocação fácil, mas dizia também muitas verdades.
Nada mais aborrecido que um fórum onde todos concordam. Basta ver o Blasfémias, o Insurgente, fora um ou outro comentário, ou qualquer site de direita americano. Uma seca.
Carlos, um grande abraço!
Pois vem-nos à alembrança aquela linda canção:
Adeus ó aventadores,
Aqui não escrevo mais.
Vou devotar-me à caça,
No Couto dos Laranjais.
Seguido de:
Andava eu um dia à caça,
Num dia de forte frio,
Dei dois tiros para o ar
E caiu-me em cima um Rio.
E depois:
Eu e o meu coelhinho
Feitos fomos em frangalhos!
Os culpados? Os de sempre!
Os malditos esquerdalhos!
Pois que espanta tamanha arte e sabedoria
Coisa de magno mestre mirando-se em louvor
Beu beu sou o Pois zorrando sou senhor doutor
Quem diria quem diria que jumento eu diria
Pois não sabia!
Nunca tinha visto ninguém vir para aqui apresentar o currículo.
Diz jumento e diz muito bem! Porque só um retinto jumento era capaz de fazer umas rimas tão mal paridas como o Sr. Albimbo.
Sei que está um pouco farto da esquina onde ataca. A pandemia tem tornado tudo muito monótono. Mas, o melhor é dedicar-se à prosa. Talvez um livro de auto-ajuda do tipo “Como Saí do Armário Juntamente Com o Carlos Padeiro, o Manel do Talho e a Equipa de Futebol Australiano Adelaide Flowers”. Na poesia não tem futuro. nem passado, diga-se de passagem.
Grande …neleiro este Pois. Noutros tempos havia o artigo 70 do código penal. Lá iam os nossos, ou melhor, as nossas Pois aos guinchos para a esquadra. Mas como isto está como está até estes “entes” deitam o pescoço para fora.
Oh Pois, como o Eduardo II. Um ferro em brasa, uma quinta no Douro pois não estamos em Inglaterra, e até uivavas ao Senhor.Remédio santo.
Pois tá bem Albimbo!
V. Exa. é melhor não insistir. Se o Real Fundo da Costas lhe dói, não é por obra de nenhum ferro. Deve antes ser antes produto de algum chouriço (na brasa, ou até devagarinho). V. Exa., segundo consta até enm é esquisito! Tudo marcha, seja a que velocidade for.
oh Pois, as tuas nem para o São João servem. Põe uma albarda e já agora um açaimo à medida. Aproveita para escrever um paper sobre um poeta pa..gay qualquer.
Pois não!
Um paper sobre V. Exa? A que propósito? Acha-se assim tão interessante?
Aliás, sabe-se que V. Exa. há muito que anda aos papers, mas daí até pensar que a sua orientação sexual o torna automaticamente poeta é um exagero.
coitadinho deste Pois…tão tosco, tão pedra lascada.
Pois desculpe, mas…
V. Exa. está enganado. Não fui eu que lhe entrei pelas costas. O tosco “pedra lascada” é outro. Pelos vistos V. Exa. não gostou do desempenho…Não o fazia tão exigente, mais a mais nestes tempos de pandemia. É caso para dizer que é lascado e mal agradecido.
Pois não entra. Entram-lhe! Tenha cuidado com as fístulas.
Fake News :
Consta-se que a pricipal razão , desta “baixa” terá que ver com o convite para chefe de gabinete do João Galamba .
O Galamba anda doidinho com tanto pilim a “poisar-lhe” no colo e precisa de ajuda.
Espero que mude de ideias e que o Carlos Osório regresse ràpidamente ao Aventar.Muita sorte, e se me permite, “um abraço “PORTISTENSE” !!
Gostava de dizer que lamento, mas não sou hipócrita e não posso negar que vivemos em universos diferentes. Mas não há de ser por isso que lhe desejo mal, até porque vai sempre a tempo.
Felizmente, ao contrário dos boatos, o papão comunista nunca chegou e pode escrever onde bem entender (e lhe derem palco). Que nunca seja doutra maneira.
Um exemplo de liberdade de pensamento! Obrigado por tudo, Carlos!