Costa, a anedota

A gestão política, e política é a palavra certa, que Costa tem aplicado à pandemia é um exemplo escolástico do chamado atirar areia para os olhos.

No fim-de-semana dos finados, assistimos àquele cerco cheio que excepções, que acabou por se reduzir à proibição de se visitar a família.

Nessa sexta-feira, o circo começou logo com uma fila de 17 Km nos acessos ao Porto. Sensibilizar os condutores e, naturalmente, as audiências dos folhetins noticiosos.

A partir de amanhã, a palhaçada atinge outro marco. Recolher obrigatório entre as 23h e as 5h de segunda a sexta e a começar às 13h ao fim-de-semana. Excepções a serem cozinhadas.

Como se sabe, o grosso dos contágios ocorre noite fora, quando já não se pode comprar bebidas alcoólicas e com as discotecas e bares transformados em pastelarias. Não é nas escolas, onde os miúdos se misturam uns com os outros, levando o contágio até à restante família. Nem sequer nos transportes públicos sobrelotados, onde a distância social, no reino das sardinhas enlatadas, é uma anedota. E muito menos no trabalho do dia-a-dia, como a construção civil, onde o uso das ferramentas e a proximidade é o que tem que ser.

Este exercício tem um fim óbvio. Parecer que algo está a ser feito. O capítulo segundo da série Terás Que Mostrar A App do Covid Instalada No Telemóvel.

Comments

  1. Rui Naldinho says:

    Assino por baixo, este post.
    Na prática aquele horário da manhã ao fim de semana, até às 13horas, só serve para sairmos de casa passear o cãozinho, quem o tem, de seguida irmos à padaria ou à “praça” comprar os géneros frescos, e pouco mais.
    A mensagem que o governo quer dar é:
    “Se queres ir às compras em zonas comerciais ou almoçar fora com a família, faz compras pele net e manja mas é em casa.”

  2. Fernando Manuel Rodrigues says:

    Esta “anedota” governa graças ao PCP e ao BE.

    Portanto, aguardo o que se oferecer dizer sobre este assunto a bloquistas e comunistas.

    Quanto à publicação, subscrevo. As “medidas” são panaceias, meros “placebos” para fingir que se está a fazer alguma coisa (já que o que se devia ter feito, que era reforçar os meios do SNS durante o Verão, ficou por fazer).

    • Paulo Marques says:

      Devia, mas uma coisa não impedia a necessidade da outra.

  3. Já não é “pandemia”, é “epidemia”! Precisam de ler com atenção o que os salafrários debitam…

    • POIS! says:

      Pois é uma diferença colossal, que vai transformar profundamente a vida de toda a gente!

      Por exemplo, V. Exa. vai ter de passar a fazer a sopa numa epinela, comer epiquecas ao lanche, ver o canal Epida ou mesmo passar a levar no epideiro.

      E cuidado se um vizinho lhe oferecer epicada. Não aceite!

  4. O capítulo seguinte é a VACINAÇÃO OBRIGATÓRIA…

    • Está com medo de ficar autista?

      • POIS! says:

        Pois não!

        O vozinhaazerodecibolos está com medo é de deixar de o ser. Faz imenso jeito para a sua atividade de astrólogo herdeiro de grandes poderes sobrenaturais dos Mestres aborigeno-bosquimano-pigmeus que o iniciaram no conhecimento oculto das propriedades sagradas do sumo de uvas.

        Estamos aqui em presença de mais uma previsão deste eminente astrólogo que é o Professor. vozinhaazerodecibolos, revelada através de uma apurada técnica de descodificação do futuro através da interpretação das borras de vinho tinto depositadas no fundo de um garrafão de cinco litros.

        Trata-se de uma atividade muito arriscada, ao alcance apenas de verdadeiros iniciados, já que o ritual exige que seja o próprio a esvasiar o garrafão através da integral absorção do seu conteúdo.

        O Rui conhece o Livro do Apocalipse? Pois saiba que foi o vozinhaazerodecibolos que o escreveu, durante uma estadia na Queima das Fitas!

      • Nah… só estou há espera que tu morras!

        • POIS! says:

          Pois temos de reconhecer!

          Que o vozinhaazerodecibolos é mesmo relzinho! Direi mais: não há neste mundo, nem noutro, um ser, animal, vegetal, ou mesmo mineral, tão relzinho como o vozinhaazerodecibolos!

  5. Paulo Marques says:

    Pois, os miúdos onde se juntam é mesmo na escola, não é à noite em festas e ajuntamentos, que nunca deixaram de fazer este ano, bem regados com álcool comprado anteriormente (álcool comprado nas discotecas só os ricos, vai tudo a bagaço e vinho barato) como desculpa para fazerem o que lhes apetece.
    E não os culpo, faz parte da idade e faz-lhes bem as transgressões em tempos normais (com limites), culpo os pais, e culpo quem não deixa os pais terem tempo para os ensinar melhor que não são tempos normais. Mas não dá só mais um bocadinho.

    Já a tarde dos fins-de-semana, bem, é óbvio que é gente em torre de marfim que nunca tem falta de tempo para ir às compras, agora vai-se amontoar tudo nas manhãs.

    • Filipe Bastos says:

      Já a tarde dos fins-de-semana, bem, é óbvio que é gente em torre de marfim que nunca tem falta de tempo para ir às compras, agora vai-se amontoar tudo nas manhãs.

      Precisamente: qual a lógica? É como fechar mais cedo os hipermercados; claro que isso só concentra mais gente nas horas em que estão abertos.

      É quase como se estas medidas fossem feitas com os pés, para inglês ver, sem qualquer noção da vida real ou do trabalho das pessoas, por pulhíticos ineptos que nunca fizeram outra coisa que não mamar tachos e chular o contribuinte…. né?

      • Paulo Marques says:

        Sim… e não. Qualquer um vê os amontoados de famílias nos centros comerciais e sabe que piora muito logo em Novembro.
        Mas também não há soluções ideais. E, tirando o PCP com o reforço de meios, que não chega, não ouço alternativa que não deixar os hospitais escolher quem tem direito a uma hipótese de sobreviver.

      • Paulo Marques says:

        Pelos vistos, nenhuma. Ou voltou atrás, ou não sabe o que assinou. Enfim.

  6. Luís Lavoura says:

    É atualmente bem sabido que o sars-cov-2 se transmite sobretudo quando pessoas gritam, falam alto, ou cantam na proximidade umas das outras.
    Nos transportes públicos, no trabalho do dia-a-dia, e nas escolas isso acontece pouco.
    É de facto mais em restaurantes e bares, onde frequentemente as pessoas falam excitadamente e alto umas para as outras, mesmo ao pé umas das outras.
    Nos transportes públicos as pessoas vão de máscara e caladas, o risco de contágio aí é de facto muito pequeno.

  7. E aquele gráfico giro onde nem um contágio havia nas latas de sardinha que são os transportes públicos? Muito credível.

    • Luís Lavoura says:

      as latas de sardinha que são os transportes públicos

      Creio que atualmente a maior parte deles não o são, exceto talvez só mesmo na ponta da hora de ponta.

      Na imensa maior parte do tempo os transportes públicos andam atualmente com pouca gente. De forma nenhuma são latas de sardinhas.

  8. Nascimento says:

    Ó Laboura por onde andas menino? Vá, vem para este ladeco da margem sul , levanta a peida ás 6 da matina que eu mostro-te uma ” coisinha”! Tá bem? Inté te pago o bilhetinho e no teu caso obrigo-te a andar SEM MASCARA ,que é para aprenderes a não dizer só merda. Não há pachorra para estes betinhos. Dass.

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