Entretanto, na China, a jornalista independente que mostrou ao mundo a verdade sobre o surto inicial de Coronavirus, em Wuhan, foi condenada a 4 anos de prisão efectiva por “causar distúrbios” e “procurar problemas”, dois dos muitos eufemismos que este regime totalitário utiliza para legitimar a censura, perante o silêncio cúmplice, ou autocensura, mais ou menos generalizada, entre as democracias ocidentais, parcialmente detidas pelo império chinês, que continuam a assobiar para o lado e a recorrer ao trabalho semi-escravo que mantém as engrenagens de um certo capitalismo a funcionar.
Zhang Zhan, 37 anos, já foi advogada mas converteu-se ao jornalismo independente, profissão de risco no Império do Meio. Tal como muitas outras jornalistas e activistas que vieram antes de si, que ousaram desafiar o regime chinês, Zhan foi detida, julgada arbitrariamente, derrotada, humilhada e viu a sua liberdade suprimida, liberdade essa que, em bom rigor, nunca teve, tal como não tem cidadão algum de uma ditadura. Esteve em greve de fome, foi alimentada à força pelas autoridades chinesas, e promete iniciar novo protesto, mesmo que isso lhe custe a vida.
Não é só por isto, mas também por isto, que é tempo de boicotar, sancionar e embargar, ferozmente, o regime chinês. Não podemos ser bravos e duros com pigmeus como Cuba e Venezuela, participando em bloqueios comerciais hipócritas com regimes excepcionais para actividades turísticas ou de exploração petrolífera, e depois agir como bobis e tarecos de um regime totalitário, que monitoriza, censura, oprime e mata os seus.
A democracia não pode conviver com gente desta. Não pode existir meio-termo. Porque a aceitação da sua existência não é apenas uma concessão da democracia ao autoritarismo. É legitimá-lo e dar um passo gigante em direcção ao suicídio colectivo de todas as democracias. Porque se podemos aceitar, fazer negocios, tolerar abusos e violações de diretos humanos, ou vender o nosso património mais valioso a uma ditadura como a chinesa, porque não ter umas quantas parecidas na Europa? Na Hungria e na Polónia está a correr tão bem…
…não é nada fácil…com os “compadrios” existentes…!!!
Bom artigo, com uma óptima sugestão que há anos ponho em prática. Contudo, como é habitual ppor cá, o autor deste artigo também revela uma certa mentalidade de bibi e tareco ao comparar os regimes polaco e húngaro com o chinês, dado que os motivos, os fundamentos são diamettralmente opostos. Haja bom senso e sentido de justiça.
Pois são.Tão autoritários são a China,como a Hungria,onde a imprensa também é perseguida.
China e Hungria iguais? A Hungria também censura todos os meios de comunicação? Tem uma internet controlada pelo partido único? Campos de ‘reeducação’? Prisões arbitrárias? Julgamentos fantoche? Tortura? Pena de morte?
Está a gozar, ou é assim tão tapado?
Ai sim,então pergunte isso aos donos da Adidas,ou aos de sillicon valey,que mandam fabricar lá tudo para terem ainda mais lucros.E já agora,a Amazon é o quê,um centro de bem estar social?Mais:o Facebook e o algoritmo não é também controlo,vigilancia,poder? Vá ser hipócrita para o raio que o parta.
Sobre a comparação; sim, sim, ainda não, sim, sim, sim, nem por isso, ainda não.
Dito isto, não são a mesma coisa, até por razões culturais.
joão: diz que a China e a Hungria são iguais; depois justifica-se com a hipocrisia dos mamões como se eu os defendesse. É tapado. As melhoras.
Paulo: os seus ‘ainda não’ e ‘nem por isso’ são na prática ‘não’; os ‘sim’ carecem de referências. Que a Hungria vá num mau caminho, tudo bem. Mas a China é muito pior, muito mais fechada, muito mais repressiva.
Não sou professor, escolha a fonte para não dizer que sou viciado.
https://www.google.com/search?q=hungary+media
https://www.google.com/search?q=orban+emergency+powers
A China é tão malvada,que tortura os seus cidadãos,já grande parte da Europa,e Américas,abandona á sua sorte os seus próprios cidadãos,e vai fazer guerras e vender armas ,para matar mais uns quantos cidadãos…lá da Siria,ou lá o que é.P.S-O Bastos deve ser taxista,anda tão boçal.
João, certo, mas nada disso chega ao nível do genocídio, nem o desastre Iraquiano, só mesmo o apoio a Israel. E, sim, destruição à força de uma cultura é genocídio de acordo com os direitos humanos.
O PC e a CGTP estão a organizar um amplo e colorido protesto contra a falta de liberdade de imprensa na China, dando expressão à sua gloriosa tradição de luta pelas liberdades.
Vou esperar (sentado) por tão assinalável acontecimento que será seguramente participado por muitas das vozes que empestam este blog.
Pois talvez não!
Mas talvez o PSD, o CDS e a IL alinhem. Tá bem que preferem a Venezuela, pelo menos desde que Portas deixou de dar valentes abraços a Maduro e o Estado venezuelano deixou de investir no BES e de comprar por aí umas coisas. Mas logo a seguir vai ser a China. É limpinho! Até porque o Venturoínha vai exigir o corte de relações com a China quando o PSD lhe for pedir apoio para formar governo.
“O PC e a CGTP estão a organizar um amplo e colorido protesto contra a falta de liberdade de imprensa na China, dando expressão à sua gloriosa tradição de luta pelas liberdades.”
Já o Menos e o Chega estão a organizar um amplo e colorido protesto contra a falta de liberdade na Hungria, Polónia, Filipinas e outras tantas repúblicas das bananas, dando expressão à sua gloriosa tradução de luta pelas liberdades.
Se podemos esperar sentados por uma crítica, mesmo que ténue, do PCP ao regime comunista chinês, também podemos esperar sentados, por uma crítica da direita e extrema direita, ao regime Húngaro e Polaco, por exemplo.
Digamos que em matéria de direitos humanos, o PCP está para os Menos desta vida, PSD e Chega incluídos, como o 69 está para o sexo.
É tudo uma questão de posição.
Burro mais Burro, mas sabe algo sobre o 69, símbolo estruturante do pensamento comuna: de cima pra baixo ou de baixo pra cima desde que no poleiro e a pastorear a carneirada.
Isso, de facto, não fazem. Mas avisaram o que era abrir o comércio e vender monopólios naturais, coisa que os seus queridos líderes ignoraram para lucrar com isso e à sua corte. E, bom, também os vejo caladinhos.
O menos apoia o Diogo Pacheco de amorim,elemento do mdlp que esteve ligado á morte do padre Max.Palavras para quê?
Ò Lopes não me digas!
Então o Movimento Democrático para a Libertação de Portugal é que mandou matar o padre Max?
Então esse movimento queria copiar o Che Guevara e outros lutadores pela democracia, a matar gente?
Não aprovo nada disso.
Agora defende grupos criminosos?
«O caso foi julgado duas vezes, uma em 1997 e outra dois anos depois, nunca tendo havido uma condenação. Ainda assim, depois de terem sido absolvidos os arguidos, o tribunal chegou a atribuir o homícidio ao MDLP, pelo que é falso que o partido de Ventura não conte com apoiantes associados a terrorismo bombista, ainda que de forma indireta. »
Sabes pouco, ou mais provavelmente não queres saber.
O MDLP foi a resposta ao PREC e a comunada salvou-se pelo 25 de Novembro.
Aliás, logo que entregaram Angola ao MPLA os patrões soviéticos mandaram-nos estar quietos e fazerem figurinha de democratas e o Rolha logo mandou avançar tropas..
Patati, patatá, os meus terroristas são melhores que os teus.
Quem aposta no terror, merece resposta.
Quem quer ser tirano não merece mais, mas foi dado misericórdia a quase todos. Mais uma lembrança de como Cristo era parvo.
38 Tendes ouvido o que foi dito: Olho por olho, dente por dente. 39 Eu, porém, vos digo: não resistais ao mau. Se alguém te ferir a face direita, oferece-lhe também a outra. 40 Se alguém te citar em justiça para tirar-te a túnica, cede-lhe também a capa. 41 Se alguém vem obrigar-te a andar mil passos com ele, anda dois mil. 42 Dá a quem te pede e não te desvies daquele que te quer pedir emprestado.
Coitada da jornalista do Observador lá da China….
Deves de ser trolha. Ou nem isso, és mais cobarde.E sim, nojento.E sim ,Stalinista. E sim, Maoista.E sim, um merdas Facho/ Nazi. Ou ainda não reparas-te?Vá, vai lá limpar o espelho com cuspo que a imagem é de escarro.
Quando alguém constata que isto é tudo merda, alguns protestam logo contra o ‘botabaixismo’ – usando o indelével termo do Trafulha 44 – e a ‘conversa de taxista’.
Sim, é fútil e fácil ser sempre negativo e criticar tudo. Mas nem sempre o que é fútil ou fácil deixa de ser verdade; isto é realmente tudo merda. Os hipócritas de esquerda branqueiam tudo do seu lado; os hipócritas de direita branqueiam tudo que lhes encha os bolsos e que valide o seu culto do ‘mercado’.
O mundo é governado por palhaços corruptos como Trampa ou Bolsonaro, fantoches de mamões como a UE, ditadores mafiosos como Putin ou ditadores ainda piores pelas Américas, Áfricas e Ásias afora. Acima de todos eles, os sacrossantos ‘mercados’ e mamões que dispensam votos.
No séc. XXI, um número que soa tão avançado e futurista, eis o pouco que passámos das cavernas: cada vez mais acarneirados, continuamos submissos a chefes que nos guiem e dependentes de gurus e comentadeiros que nos expliquem o mundo, incapazes de apreendê-lo ou de decidir em democracia por nós mesmos.
O centrão é podre, chulo e corrupto; os comunas são fanáticos hipócritas e/ou alienados; a direita dita ‘extrema’ é composta por marretas e celerados. Boicotar a China, esta canalha? Como?
Não minta; um partido branqueia alguns regimes porque acha que ainda estamos na guerra fria a preto e branco, mas os restantes realçam que, como em quase todo o lado, há coisas boas e coisas más, e péssimas alternativas. Basta usar o google para o verificar.
Por cá, os jornalistas podem violar o segredo de justiça, destruir o bom nome de cidadãos de bem, a mando de quem se interesse por tal, que nunca vão ser acusados de “causar distúrbios” e “procurar problemas”. É um outro império dos poderosos… mais do mesmo…
Queixe-se ao tribunal europeu de justiça, e depois não se esqueça que a lei do respeitinho custa muito ao estado.
Resposta em código… não percebi!
“Destruir” o “bom nome” de cidadãos de “bem” é protegido pelo direito europeu, e tem custado várias multas ao estado português. Nem sei de algum processo que tenha lá chegado que tenha dado razão ao visado.