A propósito da nomeação de José Guerra para a Procuradoria da UE, ficamos a saber que ao indicar dados falsos, com vista a fundamentar a nomeação de João Guerra em detrimento de outros candidatos, pelos vistos o Governo não mentiu: cometeu lapsos.
Ainda assim, apesar dos dados falsos invocados, o Governo continua a entender que a escolha está bem feita.
É cada vez mais notório, na sociedade coeva, que uma mentira rotulada de lapso é mais um passo para que a sociedade assimile a falsidade como normal. Ou, pior, como verdade. Tal como a administração Trump tentou implementar a lógica da verdade alternativa, para transformar a mentira em factos.
Donde se conclui que, neste aspecto, não há diferença ideológica na transformação da mentira em lapso, verdade, facto ou qualquer outra coisa que vise normalizar a falsidade e torná-la impune.
Este sinistro caminho, só serve para aumentar a descrença na governação e nas instituições. Bem como para alimentar os ódios que servem de pasto para os oportunismos mais extremistas e boçais que começam a mostrar força. Que serão mentirosos, inventores de patranhas e mestres do engano e da ilusão. Mas, jamais teriam oportunidade para vencer por tais meios, se outros antes tivessem sido, pelo menos, um pouco mais sérios.
Bom texto, o qual subscrevo.
Não há mais nada a acrescentar. Está aí tudo o que é essencial na análise do caso em questão.
Exactamente, a mentira. E a fraude também, mormente. Tal como neste segmento:
“The Most Extensive Voter Fraud Organization In History”
https://newtube.app/TonyHeller/Ag4CS6F
Esse Guerra até pode ter competência.
Mas o certo é que esse nome consta das escutas às conversas de cunhas para proteger o Pedroso do processo Casa Pia, envolvendo Costa e Ferro Rodrigues..
Quem não tem uma escuta e uma busca da PJ não é ninguém neste país.
Crimes é outra coisa, a parece que a deusa JMV também gostava de os cometer.
Peanuts.
“O presidente da Associação Portuguesa de Criminologia pertence ao Conselho Consultivo da futura Fundação DePaco e o Caesar dePaço pertence ao Conselho Consultivo da Associação Portuguesa de Criminologia”
Pois está a ser injusto, Paulo.
Em matéria de crime, o Caesar parece ser uma autoridade!
A mentira enquadra-se no quadro mais vasto das acções enganosas e caracteriza-se por dois aspectos marcantes.
Em primeiro lugar é um acto voluntário. Alguém decide faltar à verdade por sua iniciativa ou de outrem. Em segundo lugar é uma acto de linguagem verbal, falada ou escrita. Daí que uma imagem pode ser enganosa mas não é uma mentira.
Assim, o caso do procurador integra-se plenamente no conceito de mentira. Por esclarecer ainda está quem é o autor da mesma. Mas isso, os media obedientes ao poder nunca questionam.
“Este sinistro caminho, só serve para aumentar a descrença na governação e nas instituições.”
Teria o J. Mário Teixeira razão, se houvesse ainda alguma crença. Não há. Exceptuando talvez crianças muito jovens, ingénuos militantes ou incorrigíveis otários, ninguém – NINGUÉM – tem sombra de dúvida sobre a trampa que nos governa.
Mesmo quem não liga peva à política sabe, de ciência certa, que Portugal é um antro de compadrio e corrupção. E que o exemplo vem de cima, dos dirigentes, partidos e instituições.
Apenas se finge, por hipocrisia e necessidade, que não é bem assim, que as coisas ‘vão funcionando’, que ‘não se deve generalizar’ e outras piedosas tretas. Mas no fundo todos sabem. E no centro de quase tudo está o Centrão Podre – e o Partido da Sucata.
Certa esquerda, como já falámos, hesita em classificar o PS como aquilo que é: uma máfia. Por ter ‘socialista’ no nome, muitos comunas e afins têm uma relação de amor-ódio com o PS. Eu não tenho tais dilemas. A minha relação com o PS é só asco.
Duas perguntas:
– agora que se conhecem e investigam mais casos, é sinal que se sabe mais e/ou que há mais corrupção?
– com tantas críticas à substituição da PGR, TC, e BdP, qual foi exactamente o brilhante resultado dos antecessores, e em que é que os dois últimos não são cargos políticos?
Menti, uma terceira:
– a magistratura nada tem a ver com esta trapalhada?
— Conclui isso de estatísticas ou de observação empírica?
— Como em tudo neste regime podre, os antecessores seriam o ‘mal menor’: nada tinham ou fizeram de especial, mas os seus sucessores conseguem ser piores.
O TC e BdP são supostamente entidades técnicas e isentas. O caso do Centeno foi o mais anedótico, ‘tinha’ de ser ele à força, como é habitual na xuxaria. Viu-se outra vez essa desfaçatez xuxa no caso do Guerra.
— Os magistrados são como a maioria da FP: encostados que se especializam em encolher ombros. Alguns devem ter trapézios tão desenvolvidos que parecem culturistas.
Ainda assim, sendo justo, muitos têm as mãos atadas. Interessa à classe pulhítica que a Justiça funcione mal. Ainda que fossem bons seria difícil fazerem muito melhor.
Eu não concluí, perguntei. Já que pergunta, a memória é faltosa, mas não me lembro de tanta transparência ou indignação, e parece-me progresso. Parece.
Não são cargos técnicos, não podem ser. A economia não é uma ciência, e não há economia sem política. Basta ver a quantidade de previsões disparatadas que dali sai, aqui e em qualquer outro lado.
Antes tivesse a FP a união e consciência de classe de uma ordem, as coisas seriam muito diferentes.