Exemplo a não seguir…


-Foi perguntado a António Costa, no final da apresentação das medidas de encarceramento, se no próximo domingo, por ser dia de eleições, seria aplicável a proibição de circulação entre concelhos. tendo o primeiro-ministro respondido que não, uma vez que os cidadãos têm direito de voto, mas também explicou que não poderá ser um universo significativo, uma vez que é obrigatório estar recenseado no local de residência, ainda que admita possam existir cidadãos que mudaram recentemente de residência e ainda não tenham conseguido actualizar a morada.
É do domínio público que o cidadão Marcelo Rebelo de Sousa, actual Presidente da República, habita há vários anos em Cascais, mas está recenseado em Celorico de Basto.
Até podemos considerar que este facto não tem especial gravidade, mas não deixa de ser uma irregularidade cometida por um cidadão, que até pela função que exerce, deveria ser o primeiro a dar o exemplo…

Comments

  1. Elvimonte says:

    Completamente de acordo.

  2. como é hábito , dizer-se: ” os exemplos devem vir de cima”. Eis, mais um exemplo de um país retratado & explicado. ( P.S. the “rate this” feature, is not working.)

  3. abaixoapadralhada says:

    Demagogia barata de um demagogo profissional

  4. Júlio Rolo Santos says:

    Ainda não estão em vigor a limitação de circulação entre concelhos e, presume-se que só o venham a ser, depois das eleições. Portanto, são prematuras as críticas.

  5. Paulo Marques says:

    Como é que corre passar a responsabilização às pessoas, ó Almeida?

    • Poderia ter corrido bastante melhor com ums aposta forte em campanhas de informação e sensibilização. Em vez disso, temos briefings com as santinhas, contagens de mortos na abertura dos noticiários, e debates que pouca gente vê, amiúde com “especialistas em todas as matérias” (políticos e outros comentadeiros) a falar daquilo que não sabem.

      • Paulo Marques says:

        Então, e o actor racional plenamente informado precisa do paizinho estado para o ser?

        • joão lopes says:

          Rui,onde começa a responsabilidade individual do cidadão?não quer votar, é um tudologo,acha tudo e mais alguma coisa,fala muito…a beber um café? ou no facabook,claro.

        • Fico na dúvida se a ironia do Paulo se dirigia a mim, pois se me assumiu liberal (no sentido europeu do termo) errou por muito.
          A situação actual requer a colaboração de todos. Não basta impor restrições, é preciso que todos sintam que têm uma responsabilidade, no interesse de si próprios e dos seus (e de todos), para que não vão procurar maneiras de contorná-las (e como os portugueses são criativos!).
          As pessoas podem ser pouco informadas, mas não são, no geral, inteiramente estúpidas. Se estivessem um pouco mais informadas, provavelmente não estariam a usar menos a máscara agora do que quando estávamos com números bastante melhores, só para dar um exemplo.

          • Paulo Marques says:

            Bem, se estava a defender a crítica ao AA, não me culpe a mim!
            O problema não é neste momento de informação; sim, campanhas ajudavam, mas é mesmo falta de civismo, de quem sabe que não conta com ninguém porque até a ligação aos vizinhos desapareceu, e, portanto, também não vai querer saber de ninguém.
            De facto, estava errado, o problema nem é não existirem actores racionais; afinal, a probabilidade é pequena. É mesmo a tragédia dos comuns, se não há sociedade, o problema não é meu.

  6. Filipe Bastos says:

    O mau exemplo da classe pulhítica nem merece comentário; é algo tão banal como o dia vir a seguir à noite.

    Digna de nota é a pomposa excepção do direito de voto. Nada de adiamentos! Nem o covid pode parar a ‘democracia’!

    Ou seja. A classe pulhítica está careca de saber que a maioria já não ia votar; com o covidas ainda menos. É-lhe rigorosamente igual ao litro. O importante é manter a farsa.

    Durante uns dias fazem o obrigatório choradinho da abstenção e pronto, daqui a cinco anos há mais. O covidas até dá jeito: tanta gente que estava mortinha por ir votar e não pôde! Que pena!

    Como dizia ontem o porquinho Marques Mendes na sua homilia, isso “não tira legitimidade”… quer votem 40%, 20% ou 2%, será sempre legítimo, sempre democrático. Viva o 25 Abril!

    • abaixoapadralhada says:

      ” Viva o 25 Abril!”

      Nunca me enganaste, facho escondido

    • Filipe Bastos says:

      Para que fique claro: a referência jocosa ao 25/4 é por este ser cantado como o epítome da democracia, a gloriosa libertação das trevas do fascismo.

      Na verdade, o 25/4 substituiu uma ditadura light que há muito caía de podre… por uma partidocracia que já nasceu podre.

      Cada vez menos carneirada vota, mas o esgoto partidário está-se nas tintas: as eleições são meros rituais de legitimação da mama e do saque. A escolha dos eleitores limita-se a rodar o tacho ou trocar de cacique. Eis a ‘democracia’ abrileira.

      • POIS! says:

        Pois tá bem!

        E há alguma democracia algures por aí, assim que V. Exa. tenha visto? Ou já tem boleia garantida com o Musk para não ter de aturar esta pessegada?

        • joão lopes says:

          Bastinhas,as democracias liberais estão a ser atacadas pelo neoliberalismo financeiro desde os anos 80(Reagan).O covid é a oportunidade de ouro para a ditadura neoliberal.Vota ventura,bastinhas,é o teu candidato…dos ricos mamões.

          • POIS! says:

            Pois você até me assustou! Julguei que a resposta era para mim!..

          • Paulo Marques says:

            73, Harold Wilson foi o primeiro carrasco dos trabalhadores.

      • POIS! says:

        “Ditadura Light”? Claro!

        Até havia aquele poema muito lindo:

        Batem leve, levemente,
        Como quem chama por mim.
        Será paisano? Será agente?
        Agente não é certamente,
        Porque a PIDE não bate assim.

      • Paulo Marques says:

        O 25 de Abril foi em Novembro e eu não sabia.

      • abaixoapadralhada says:

        “Na verdade, o 25/4 substituiu uma ditadura light que há muito caía de podre… por uma partidocracia que já nasceu podre.”

        Nunca me enganaste facho de merda

    • Paulo Marques says:

      O Filipe é tão a favor da democracia que defende que deve ser suspenso o único acto que (acha que) tem algo a dizer.
      Bate certo.

  7. Tal & Qual says:

    Com tantos problemas que este país tem, este está preocupar-se com pentelhos…

  8. Parabéns. Há anos que chamo a atenção para esta pouca vergonha, bastante frequente na nossa classe política e típica do “não há azar” que explica o nosso atraso. De pentelho em pentelho forma-se a pentelheira farfalhuda que nos abafa.

  9. Luís Lavoura says:

    Excelente post. Muito oportuno, muito certeiro.

  10. POIS! says:

    Pois tá bem!

    Depreendo então que o Sr. Almeida está devidamente recenseado no distrito de Marte, concelho de Dunas de Baixo, freguesia de Nossa Senhora do Quarto Calhau. Pelo que vem postando, é lá que vive. E já está a caminho para votar. Apanhou boleia com o Musk.

  11. Filipe Bastos says:

    O Filipe é tão a favor da democracia que defende que deve ser suspenso o único acto que (acha que) tem algo a dizer.

    Não entendi, Paulo. Que acto devia ser suspenso, a eleição para o tacho de Belém? Uma eleição fantoche para um cargo fantoche?

    Bem, pouparia uns milhões de euros, e uns milhões de horas de comentadeiros, para chegar ao mesmo exacto resultado: mais 5 anos de Martelo a tirar selfies e a cortar fitas.

    Acho que ainda não (me) entendeu. Isto, esta merda, não serve. Entre isto e nada, talvez fosse melhor nada. Ao menos criava um sentido de urgência; assim adormece a malta e nada muda.

    Vocês contentam-se mesmo com esta ‘democracia’? É isto para vós o fim da História, o cume do progresso humano? Uma monarquia 2.0 com tachistas e trafulhas a decidir tudo, absolutamente tudo por vós, sem a vossa mínima intervenção ou validação?

    Um sistema corrupto e inimputável que vos trata como crianças, cuja única decisão é um botinho – duma minoria – de anos a anos, para rodar o tacho e legitimar poleiro e mama?

    Bem sei que o resto do mundo não está muito melhor, em muitos casos é até bem pior, mas com essa apatia, com essa resignação e submissão acarneirada é que jamais irá mudar.

    • POIS! says:

      Pois tá bem, repito a pergunta!

      E há alguma democracia algures por aí, assim que V. Exa. tenha visto, vislumbrado ou apalpado, ainda que só de passagem? Ou já tem boleia garantida com o Musk para não ter de aturar esta pessegada?

      Nem que seja uma democracia light, e mesmo que contenha edulcorantes e uma fonte de fenilalanina.

    • Filipe Bastos says:

      Está a dizer que é impossível, POIS?

      Como até esta partidocracia pífia era impossível, há meras décadas? Ou as mulheres votarem, há poucas mais?

      Devemos então resignar-nos: não vale a pena tentar, não vale a pena mudar… fiquemos quietos e calados, chulados e roubados, não é? Pois é. Obrigado pela contribuição.

      • joao lopes says:

        É possível.Vamos então começar a deixar de ser chulados pela empresa Intermarché e parar com horarios de 12 horas diários,salario mínimo e sistemática agressividade de gestores e gerentes de loja.

      • POIS! says:

        Impossível? Ora essa!

        Só há três coisas que eu nuca vi acontecer: um homem a parir, um defunto a ressuscitar e uma semi-democracia semi-representativa a funcionar. Mas nem isso acho impossível.

        Pelos vistos, há mesmo amanhãs que cantam. Desde que não sejam chulecos pagos a peso de ouro, até gostava de ouvir o álbum.

      • Filipe Bastos says:

        Pois custo a entender, palavra de honra, como pessoas (que suponho) inteligentes podem contentar-se com tão pouco; como se autolimitam a carneirinhos tão dóceis.

        Não falo especificamente de si; é um desabafo.

        Quer votem no Trampa, no Biden, no Martelo ou no Bosta, esta submissão a um partido ou um político, este abdicar de qualquer poder, até do poder de validar o que eles decidam, parece-me tão primitivo e intolerável que chego a sentir-me de outro planeta.

        Uma coisa é confiar em peritos: não sei pilotar um avião, tenho de confiar em quem sabe. Mas a política não é um avião, e isto não são peritos. São tachistas e fura-vidas, oportunistas e narcisistas, pulhas e trafulhas.

        Não são sequer escolhidos pelo know-how ou critérios respeitáveis: são apenas os que trepam as paredes do esgoto partidário, os que melhor traficam favores e influências, os que mais agradam às ‘bases’ e prometem mais tacho, ou, como no Trampa e no Martelo, meras celebridades, vendidas em cartazes como produtos.

        E dão a estas alminhas poder sobre tudo; delegam nelas todas as decisões; e ainda as idolatram.

        Nada disto é racional. Quanto mais justo. E no entanto, toda a carneirada acha normal. Admito que o problema seja meu… estou em clara minoria.

    • Paulo Marques says:

      A alternativa do Filipe não é nada, é não participar e esperar que mude por obra e graça do espírito santo, enquanto os chico-espertos aproveitam a apatia e descrença para retirar o que existe.
      Se ainda apregoasse paralisações, manifestações, e retorno da violência ainda havia a discutir como mudar alguma coisa. Se pelo menos achasse que os meritocratas também não têm uma agenda que não é o conhecimento, ainda podia ser que não apoiasse quem quer pior.
      Mas nem um, nem outro, só esperar que apareça e se resolva. Entre isso e o buraco negro do centrão, a diferença é só não ser beneficiário do sistema, o vazio é o mesmo.

    • Filipe Bastos says:

      A alternativa do Filipe não é nada, é não participar e esperar que mude por obra e graça do espírito santo…

      Parecemos escrever ambos em Português, mas há aqui alguma barreira na comunicação. Ou problema de memória.

      Eu é que falo em malhar nesta canalha. Eu é que voto nulo e não legitimo farsas. Vocês é que vão botar o botinho e esperam que algo mude por magia. Ou não esperam nada.

      A mim é que chamam taxista, populista, radical e anarca. Eu é que falo em democracia mais directa, vocês acham lindamente a partidocracia que temos. Em meritocracia nunca falei, é uma distopia, como o autor do termo sempre soube.

      A minha alternativa é uma democracia. A sua qual é?

      • POIS! says:

        Pois foi!

        Foi a malhar que a maioria dos energúmenos chegou ao poder. E a votar nulo. E até a não se apresentar a eleições. O compadre Adolfo fartou-se de malhar nos corruptos. O camarada Estalinho também se fartou de rebentar com os inimigos da sociedade. Foi um fartote.

        Já agora, embora V. exa. o negue, há mais semelhanças entre o que o jovem Adolfo defendia e o que V. Exa. defende. A todos os níveis. Têm outra coisa em comum: a veia populistico-moraleira. O uso de plebiscitos não lhe diz nada?

        • British says:

          ” O camarada Estalinho também se fartou de rebentar com os inimigos da sociedade. Foi um fartote.”

          Xuxa

          Não fales do que não conheces

          • POIS! says:

            Pois tá bem!

            Porquê? V. Exa conhece mais que eu?

            Xuxa? Não sei o que é. Falaram-me de um ciclóstomo que certos “British” engolem ao pequeno-almoço. Eu nunca consumi nem tenciono.

      • Filipe Bastos says:

        Pois veja se se entende com o seu alter ego Marques: este acusou-me de ser um banana que nem sequer apregoa violência. Em que ficamos, sou um banana ou sou Hitler?

        Sobre o dito-cujo, persiste na fantasia de que o nazismo era, ou pretendia ser, uma democracia directa. Era precisamente o oposto, e o Adolfo, honra lhe seja, sempre foi claro sobre isso: odiava a democracia. Só ele podia mandar.

        As semelhanças são consigo e com quem defende este regime. Em ditaduras como em partidocracias, poucos decidem por muitos. Eu defendo o contrário. Está a ver a diferença?

        • POIS! says:

          Pois é!

          V. Exa. é um superhomem a inventar alter egos. Ou seja, a voar ninguém o bate!

          E também temos todos de agradecer a V. Exa. pense por pensar por nós todos, alijando-nos assim desse trabalho que tanto nos dá cabo do canastro. Se o seu, por essa via, estiver muito danificado, bem pode ir ao SNS, que é obra do regime pulha que sucedeu à “ditadura light”. Foi uma grande pulhice o que fizeram à mortalidade infantil. Os agentes funerários ainda hoje se queixam do dinheiro que gastam em tinta preta.

          Temos de reconhecer que, se Sr. Bastos não conseguiu vislumbrar nenhuma diferença entre o regime “do 25/4” e a “ditadura light” é porque não há mesmo diferenças. Trata-se de um verdadeiro especialista a pesar ditaduras. Aliás, quando aqui alguém comparou o regime chinês ao Orban, logo veio corrigir: atenção que o Orban é muito mais “light” que o Xi Jinping. Isto embora, pelas fotos de corpo inteiro, não se possa dizer o mesmo, mas adiante.

          Sim, a ditadura que por cá existia era bastante “light”. Um tipo, aos 18 anos, vestia uma indumentária “light”, em tons de verde “light” e ia até zonas de clima “light” a dar uns tiros “light” a uns uns tipos que nos faziam uma guerra “light”. Passados quatro anos, acabavam-nos com o divertimento e um gajo tinha de voltar à vidinha “light” e ao emprego pago de forma muito “light”.

          Os que não conseguiam, ou se fartavam de tanta dieta, iam de passeio “light” ali para os lados de Paris, onde arranjavam trabalho “léger” nos chamados “batimentos”.

          Quem contestava o excesso de dieta era encarcerado em celas com muita “light” durante o dia e apanhava com uns bastões “light” mais à noite, para curar as insónias de forma “light”, isto é, sem medicamentos prejudiciais à saúde.

          Nada que merecesse atenção, quanto mais uma revolução!

          Em que é que ficamos? É mesmo para responder? Essa é difícil. Que tal um Hitler banana?

        • Filipe Bastos says:

          Pois obrigado, POIS!

          Sabia que a ‘ditadura light’ ia assim ser recebida, pois neste regime abrileiro há duas coisas sagradas: o 25/4, e a terrível noite fascista que o precedeu. Nem um nem a outra podem ser questionados.

          Convirá que quando falamos de Hitler e Estaline, como é aqui habitual, a ditadura tuga foi light. E mais light foi ficando perto do seu inevitável fim.

          Dirá que para muitos não pareceu light; e que de pouco lhes vale que outras fossem piores. Será verdade. Mas foi esse o seu caso? Foi à guerra, levou com bastões?

          Eu nasci após a Abrilada, já em gloriosa liberdade. Estou muito grato aos políticos de Abril e aos seus sucessores. Acho que devíamos agradecer-lhes a todos, um por um. Também poderia envolver bastões.

          • abaixoapadralhada says:

            Bastos

            “neste regime abrileiro há duas coisas sagradas: o 25/4, e a terrível noite fascista que o precedeu”
            E tens toda a razão, há 2 caisas sagradas, o fascismo que tu toleras e suportas e quem luta contra vós”

            Tambem dizes
            “Eu nasci após a Abrilada”

            Não precisavas de o dizer.

            Não percebo porque gente seria, dialoga contigo neste forum, facho de merda.

            Junta-te ao Ventura onde pertences, bandalho !

          • POIS! says:

            Pois não seja parvo, ó Bastos!

            Tudo pode ser questionado. E sabe porquê? Porque houve revolução, por muito que V. Exa. o negue. E a vida das pessoas mudou, e mudou muito. mesmo muito!

            Estivesse em vésperas de cortar o cabelinho rentinho e assentar praça para ir para a guerrinha “light” e teria certamente notado a diferença. Ou iria feliz e contente “defender o que é nosso”, o nosso colonialismo “light”? E vir de lá, devidamente embalado em chumbo “light” com um peso muito “light”, ou, pior, mais “light” da cintura para baixo depoiis de um rebentamento “light”?

            E também teria notado a diferença se a sua mãezinha e o seu paizinho tivessem passado noites sentados no sofá da sala vestidos para não serem surpreendidos em trajes menores por visitantes noturnos da “gestapo light” que por aí andava. E não, não eram ativistas comunistas. Um simples desabafo público valia logo um relatoriozinho de informadores pagos a uns “light” cinquenta escudos a peça.

            E também dei o exemplo do SNS. Foi ou não uma revolução? E não venha com essa da “evolução natural”. O SNS foi uma opção política contra os interesses de muitos dos “pulhíticos” que V. Exa. apregoa. Se fosse assim toda a gente tão corrupta teria feito o que a Ordem dos Médicos e toda a Direita queria: manter a saúde privada, ocasionalmente subsidiada pelo Estado, ou entregue às “irmãzinhas da caridade” que faziam de enefermeiras nos hospitais a receitar hóstias. Eu nuca tive problemas, tinha médico “da Previdência light” e até privado. Mas sei de quem morreu, de forma “light”, por falta de cuidado, nem que fosse “light”.

            Sabia então que isso da “ditadura light” ia ser “mal recebido”. Ó Bastos, não se incomode. Já ouvi coisas piores a milhares de grunhos. Vá, avance, morda que nem um rotweiller “light”. Mas não exagere, não por mim, mas porque as instalações municipais estão muito lotadas. Deve ser por causa da pandemia.

            Olhe uma coisa: por muito que V. Exa. se tente demarcar., o seu último parágrafo poderia ser escrito por um qualquer “compadre Adolfo”. Até agora V. Exa. só ficou incomodado por eu ter trazido a democracia (semi)direta ao barulho. Pois essa pode ser a única diferença, fabricada por V. Exa. para disfarçar. Como é coisa que não existe em lado nenhum, pode dizer que é “democrata”.

            Em tudo o resto, V. Exa. não se distingue da demagogia populeira e autoritária que cavalgaram os Adolfos “heavy” e “light”.

            Sabia que isto do Adolfo ia ser mal recebido e patati, e patatá, e tal…

      • Paulo Marques says:

        Pronto, malha, agride, destrói (quando o BLM é que era mauzinho a estragar o lucro das multinacionais, mas enfim), e o dia seguinte, é o quê? Uma assembleia trabalhadora espontânea? Ou um Santos Silva a decretar lei marcial, escutas a todos, e polícia em cada esquina, e fica tudo muito pior?
        É isso que lhe estou a dizer, a organização dos trabalhadores tem que ser feita antes da desobediência, ou só tem mais do mesmo. Aqui o cobarde confortável não acredita nem em capacidade, nem em qualidade de si próprio para fazer mais do que abrir ligeiramente o espaço político votando e dizendo o óbvio para que outros tenham mais ouvidos. É pouco, mas ao menos é consistente.
        Quando ao 25 de Abril, deu isto:
        https://ladroesdebicicletas.blogspot.com/2021/01/47-anos-de-democracia-deram-nisto-1.html
        https://ladroesdebicicletas.blogspot.com/2021/01/47-anos-de-democracia-deram-nisto-2.html
        É pouco, mas é essencial.

  12. Filipe Bastos says:

    Pois perdoe responder-lhe em novo thread, POIS, só por espaço.

    Não tenho qualquer agenda escondida: comento para desabafar, trocar ideias, ocasionalmente aprender, e sobretudo provocar.

    Aqui chamam-me facho por ser do contra, mas para o resto do mundo sou um incorrigível comuna. Pode pesquisar facilmente o meu nome em blogs como o Blasfémias ou o Insurgente.

    Vim parar ao Aventar por estar enjoado de alucinados direitalhas, que até já me censuravam. Se calhar agora até os compreende.

    Acredito no que diz do Estado Novo; não ponho em causa que quem se queixa hoje se queixe, na maioria dos casos, de barriga cheia. Mas não atribuo ao 25/4 todas as melhorias que v. atribui.

    Em quase 50 anos, na Europa Ocidental, na era dos mais rápidos e dramáticos avanços tecnológicos, científicos, médicos, sociais, tudo, estranho seria se Portugal não melhorasse. Muito.

    Com excepção de raros indicadores, sempre mui celebrados como a mortalidade infantil, melhorou até pouco. Sim, é fácil falar de fora, mas objectivamente o 25/4 foi muito pouco muito tarde. E este regime podre mantém-no como vaca sagrada, e o regime anterior como eterno bicho papão, para cobrir as suas faltas.

    Entenda, eu não critico coisas como o SNS: critico ter demorado tanto, ser tão mal gerido e tão mal tratado, enquanto se baixa as calças a mamões privados. Não critico a democracia: critico a falta dela. Demagogia populeira? Talvez. Eu chamo-lhe outra coisa. A ter alguma etiqueta, aprecio partes do socialismo libertário.

    • Paulo Marques says:

      Para os liberachos, os outros são todos socialistas, mesmo quem anda a liberalizar o país há 46. É perda de tempo dar pevide.
      Quanto a ser fascista, não é, é enraivecido. Faz bem. Mas não há destruição criativa regeneradora, há quem jogue o jogo tendo tudo preparado para o dia seguinte. Os anarquistas ao menos têm um plano (bom ou mau), só nunca conseguem convencer as massas e ao menos votam para que não fique pior.

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  1. […] tenho a acrescentar ao que escrevi no post anterior. O cidadão Marcelo Rebelo de Sousa, deslocou-se hoje a Celorico de Basto, para exercer o seu […]

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