Exemplo a não seguir – II

Pouco tenho a acrescentar ao que escrevi no post anterior.
O cidadão Marcelo Rebelo de Sousa, deslocou-se hoje a Celorico de Basto, para exercer o seu direito de voto. Sem que as autoridades policiais o incomodassem, ao que se sabe. Não se percebe assim a legitimidade de qualquer operação policial em território português, que ouse perguntar ao cidadão comum, motivo para se deslocar. Pior ainda, não vi a qualquer jornalista, ousar questionar o cidadão que exerce a função de presidente da República, porque motivo, não trabalhando em Celorico há várias décadas, continua ali recenseado.
Até parece, estarmos em presença de alguém ungido, acima de todo e qualquer mortal cidadão. Portugal é cada vez mais uma choldra, verdadeira república das bananas…

Comments

  1. abaixoapadralhada says:

    Outra vez bosta, como costume, liberocas

  2. Paulo Marques says:

    Eu explico a necessidade, são 275 pessoas perdidas por dia, porque nem o responsável candidato alternativo que gosta de declarar pouco por mês é capaz de fazer exercício sozinho. E a responsabilidade individual leva a que os chico-espertos, além dos contabilistas criativos acima, mandem o civismo às malvas e continuem abertos e a passar os custos aos outros.

  3. Porque haveriam as autoridades incomodar o cidadão Marcelo Rebelo de Sousa ou qualquer outro cidadão, se hoje dia 24 de janeiro, todos os cidadãos são livres de se deslocarem entre concelhos para irem votar caso o local onde estão recenciados não fica no concelho onde residem.

    • António de Almeida says:

      Porque razão a PSP pediu esta manhã aos cidadãos no terminal fluvial de Belém, uma explicação para o motivo da deslocação?

      • Excesso de zelo, para ai.

      • POIS! says:

        Pois tem razão! É preocupante!

        Devem ser elementos do sector fardado do Venturoso partido escolhido por Deus a compelir cidadãos considerados indesejáveis. Tivessem elegido o Mayan e todos teriam liberdade para ir a nado, independentemente da sua condição social. Visto que há aulas de natação à disposição de todos, desde pequenino, só estariam dependentes do seu mérito natatório. E as taínhas não transmitem COVID, até porque os cardumes estão limitados a cinco peixes nadando a mais de 2 metros de distância entre si.

  4. Durante muitos anos continuei recenciado na santa terrinha onde cresci. Não vejo grande delito em alguém manter laços com a localidade com que tem algum afecto.

    • António de Almeida says:

      Ouça a declaração de António Costa, quando anunciou o presente lockdown. É que passou a ser considerada a área de residência para efeitos de recenseamento eleitoral, associada ao cartão de cidadão. Ora o cidadão MRS não teve rendimentos em Celorico nas últimas décadas, trabalhou na faculdade de Direito em Lx e mora em Cascais, há décadas. Hoje votou em Celorico e está em viagem para Lx. Mas os portugueses estão confinados, já o ungido, desloca-se a seu bel-prazer…

      • Paulo Marques says:

        Engraçado, já o Pingo Doce não tem problemas que se recenseie na Holanda.

      • Eu como já disse acima, estive durante muito tempo recenciado noutro local que não a minha freguesia de residência. Imagino que aos seu olhos fui um delinquente da pior espécie.

      • Filipe Bastos says:

        Engraçado, já o Pingo Doce não tem problemas que se recenseie na Holanda.

        Sabe bem que isso é whataboutery, Paulo, embora concorde consigo. O tema são os privilégios da ‘elite’ pulhítica, sempre acima da ralé que a sustenta.

        Já para o direitista António de Almeida os privilégios sagrados serão outros: os do grande capital e dos grandes mamões. Para esses não pode haver fronteiras ou restrições.

        • Paulo Marques says:

          Mas qual é o privilégio? Se fosse deputado a receber subsídio de deslocação, sim, mas não é o caso.

      • Mas se quiser classificar o cidadão MRS como um grande malandro terá que usar outros argumentos.
        Afinal o que ele fez foi o mesmo que foi permitido a milhares de outros cidadãos:
        “No domingo, dia 24 de Janeiro, é permitida a deslocação dos cidadãos às respectivas mesas de voto, como contempla o estado de emergência em vigor. Contudo, apenas as pessoas inscritas em mesas fora do seu concelho de residência actual podem circular entre concelhos.​”

        https://www.publico.pt/2021/01/22/sociedade/noticia/covid19-ir-compras-sair-concelho-votar-conheca-regras-vigor-fimdesemana-1947534

      • José Peralta says:

        António e Almeida

        Com o País a braços com uma pandemia que não se sabe como e quando terá fim.

        Com os milhares de mortos que ela continua a gerar., para além dos infectados.

        Com os custos de falências de Empresas e o consequente desemprego, e empobrecimento da maioria dos portugueses

        O António de Almeida, preocupa-se (como diria o Ed. Catrelhos) com um pintelho , dando aquela imagem muito comum, infelizmente, em Portugal :

        Ranzinza, mesquinhês, mediocridade…

        E isto, tal como a educação cívica, não tem nada a ver com habilitações literárias, cursos superiores que tenham ou não !

        Vai do analfabeto invejoso, ao novo rico, que compra um anel de “brazão”, para se sentir “nobre”, ao catedrático enfatuado e prepotente, e não há nada a fazer ?

        E o exemplo está há longo tempo patente numa abjecção ignóbil, um furùnculo infecto da Democracia : andré ventura…

        “Somos” mesmo “muito pequeninos” !

  5. Nascimento says:

    Apenas dizer que estar á espera de ver um ” jornalista” questionar algo em Portugal é no minimo ser crente… e tolo.
    A matilha só actua quando o animal está ferido e em baixo . Sempre. Até lá?Ui, é vê-los a mostrar a cueca salivando por um lugarzinho na fila da frente enquanto os donos lhes atiram uns restos da jantarada ou almoçarada, para o caso tanto faz .
    A matilha precisa de comer. Qualquercoisita. Eu ainda estou esperando pelo famoso Panamá papers do Espesso e quais os jornaleiros do regime pagos á peça. eheheheheh
    É tão bom haver arquivos… não é? Pois.

  6. Filipe Bastos says:

    Primeiros números da abstenção de hoje que vejo: 56% a 60%. É muito, mas é pouco. Os ‘politólogos’ e demais comentadeiros chuleiros das TVs já começaram a desvalorizá-la.

    Devia ser mais, muito mais. Melhor ainda seria muito mais votos nulos, mas a carneirada não aprende.

    • Paulo Marques says:

      Até os roma te mostraram o que é cidadania hoje.

    • POIS! says:

      Pois tou a ver!

      V. Exa. ganhou as eleições! Parabéns!

      Mas temos todos de reconhecer que tem uma inegável vantagem: os seus eleitores podem votar a partir de casa. De casa e de outros locais. Aliás, ainda ontem passei por um cortejo fúnebre de um eleitor que votou em V. Exa!

      • POIS! says:

        Pois, e averiguei mais.

        Tratava-se de um dos últimos sobreviventes dos que votaram a partir de casa no plebiscito à Constituição de 1933.

  7. Rui Naldinho says:

    Quanto a facto de Marcelo Rebelo De Sousa votar em Celorico de Basto, neste dia, na minha santa ignorância, dentro da lei, só vislumbro duas possibilidades:
    Ou Marcelo tem a sua residência principal, incluindo a fiscal, no concelho de Celorico de Bastos, o que se estranha, face à actividade profissional exercida no ensino universitário, em Lisboa, mas admito ser possível, ou, tendo um Bilhete de Identidade vitalício, nunca ter mudado o seu recenseamento eleitoral, uma vez que se tivesse de tirar um novo Cartão de Cidadão, automaticamente ficaria recenseado na sua nova área de residência. Foi o que aconteceu com milhares de Portugueses, nos últimos dez anos.
    Mas como em Portugal o populismo e a demagogia são como as feiras populares, não me admiro nada de uma excepção à regra, para agradar a alguma plebe.
    Mas neste caso até nem é muito grave. Eu também estou recenseado num concelho e votei noutro, no domingo passado, a 250km de distância, pedindo o voto em mobilidade.
    Se é válido para mais de 200.000 Portugueses, não sei qual a razão para se negar esse direito a Marcelo.

    • António de Almeida says:

      Votar antecipadamente na passada semana, foi válido para todos os que se inscreveram. Mas o cidadão MRS fez hoje, cerca de 900kms para votar. Hoje, no mesmo dia em que a PSP andou a perguntar a várias pessoas, o motivo para se deslocarem…

      • E dai? A PSP pergunta e as pessoas respondem e seguem.
        Também vai questionar por Marcelo residir num concelho e trabalhar noutro? É que que me sucede o mesmo e não tenho tido dissabores com isso.

      • Paulo Marques says:

        E qual é o benefício de conduzir 900km num fim de semana?

        • POIS! says:

          Para o Sr. A de Almeida um tipo estar sentado já é um benefício. O Prof. Marcelo ainda lhe tentou fazer a vontade, mas foi proibido de conduzir em pé pelos seguranças.

      • British says:

        Ao demagogo A Almeida

        De um Jornal nacional

        “Eleições são excepção da circulação entre concelhos
        Tal como na maioria dos fins-de-semana de Dezembro, deixa de ser possível circular entre concelhos. Estas novas medidas surgem de mãos dadas com um reforço da fiscalização, tanto por parte da Autoridade para as Condições do Trabalho como das forças de segurança na via pública.

        No domingo, dia 24 de Janeiro, é permitida a deslocação dos cidadãos às respectivas mesas de voto, como contempla o estado de emergência em vigor. Contudo, apenas as pessoas inscritas em mesas fora do seu concelho de residência actual podem circular entre concelhos.​

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