“Nunca pensámos que isto acontecesse”

A frase é da ministra da saúde, ouvida no noticiário de hoje às 13h, na SIC. Podia tê-la concluído depois das duas primeiras palavras. “Nunca pensámos”.

Então não pensaram que era preciso planear? Não tinham já visto o que aconteceu em Itália? Ou na Espanha? Ou em muitos outros países?

Se não pensaram no que poderia acontecer, quem quem é que ia pensar? Recebem um belo salário ao fim do mês para quê? Para vir dizer que não fizeram o que deveriam ter feito?

Desde o início da pandemia que assistimos a uma gestão política da coisa, em detrimento do planeamento e execução. Exemplos? Vejam-se os computadores prometidos para a educação há meses e que só tiveram a compra adjudicada em fim de Janeiro, depois do caos se ter instalado. Ou a constatação de que não existe um plano de vacinação, quando se sabia desde o início que haveria uma vacina. Ou, ainda, as conferências de imprensa diárias que foram actos de propaganda quando poderiam ter sido momentos instrutivos.

Portanto, Sra. Ministra, se não pensou, pensasse. Se não o sabe fazer, dê o lugar a quem sabe.

Comments

  1. Paulo Marques says:
    • Tal & Qual says:

      Desculpe! Na lista falta o Relvas… (de quem gosto muito.)

  2. JgMenos says:

    Pensamento político passou a ser dominantemente exercido num universo paralelo denominado ‘jogo democrático’.
    É um jogo em rede participado por gente subordinada aos pressupostos estabelecidos por definidores de ‘oportunidades’ não por factualidades.

    Um puteiro de oportunistas.

    • POIS! says:

      Pois é!

      Isso de o Venturoso Enviado ter entrado, ainda que “de raspão”, no “jogo democrático”, já está a produzir efeitos. A Venturosa rede já começou a encher-se de jogadores.

      “De oportunistas”? Talvez nem por isso. O resto pode ficar. Nestas coisas do Venturoso Enviado, V. Exa. encontra sempre as palavras certas.

    • Paulo Marques says:

      Já descobriu a estrada da beira?

  3. Rui Naldinho says:

    Subscrevo tudo o que aqui está escrito.
    Uma das grandes tragédias deste PS é o de navegarem à bolina. Sempre.
    Viver em permanência no NIM, ou se quiserem, lançar o barro à parede a, ver se cola. Se cola, porreiro pá! Se não cola e sai asneira, “nunca pensávamos que isto pudesse acontecer!”
    Não fosse a nossa memória estar ainda fresca dos tempos trágicos de Passos Coelho e Paulo Portas, e já o PS tinha ido dar uma volta ao bilhar grande.
    Não lhes auguro grande futuro.

  4. RUI SANTOS says:

    “DAR O LUGAR A QUEM SABE”….Claro que sim. Dar lugar aos deputados que vão ao hospital de Cascais e ficam horrorizados com tantas mortes ou dar lugar a Ana Cavaco, uma tipa magra mas obesa mentalmente. Conversa populista e da treta.

  5. Xico says:

    Não se distraiam, com notícia de circo. Há que agir, as pessoas têm que se organizar.Estamos perder tempo e grande capital vai avançando o estado vai mudando as leis etc etc…Leva tem-se do sofá e organizem-se com amigos conhecidos como se seja… Saúde e abraços.

  6. joão lopes says:

    Também eu nunca pensei ver a Isabel Vaz(a tal da saúde dá mais dinheiro que armas) levar a vacina paga pelo contribuinte,á frente de muito médico e enfermeiro.Portanto,esta também não tem ética para Pensar.

  7. JgMenos says:

    «A secundarização dos resultados das políticas está por tal fora institucionalizada que nenhum efectivo controlo está implementado, e duvida-se que seja justificável por algumas boas razões:
    – quem as define sempre está na disponibilidade de dar um sinal contrário se conveniente apaziguar os crentes de outra ordem de ideias.
    – por tal dispensam-se de as definir clara e completamente
    – e daí a comodidade de não se poderem aferir resultados, viabilizando a plena integração das políticas neste estéril e criminoso jogo de sinalética que é jogado dia-a-dia e abriga todas as irresponsabilidades.

    E todo esse universo de lerdos, chicos-espertos e teóricos de indefinidas ideologias lhe chama ‘jogo democrático’ e, para cúmulo, queixam-se de só terem tartufos a liderá-lo!»

  8. António Machado says:

    Se não concluiu, não se deve tirar quaisquer conclusões sérias.

  9. Júlio Rolo Santos says:

    A Ministra da Saúde mantém-se no cargo porque ainda não apareceu melhor para a substituir, apesar de aparecerem tantos sabichões na matéria de pandemia só que esses, em tempos idos, também deram uma no cravo e outra na ferradura. Futebolisticamente falando, todos acertam no resultado desportivo depois do jogo. Se a pandemia atingisse só os ignorantes, os sabichões não apanhariam covid e não é isso que tem acontecido e, ainda bem. Só demonstra que o covid é democrático, apanha todos por igual. O importante, neste momento, é ajudarmo-nos uns aos outros a debelar a pandemia e depois,a salvar a economia. Usar a pandemia para fazer arremessos políticos é quem quer brincar com a pandemia e, essa, é coisa séria.

    • estevesayres says:

      Depois de estarmos todos mortos tratamos dos políticos e governo, nê!!!

Discover more from Aventar

Subscribe now to keep reading and get access to the full archive.

Continue reading