Confinamento Silencioso

Alheando-nos do excessivo ruído dos tontos negacionistas e de quem fez previsões catastrofistas para esta altura, sente-se um silêncio profundo neste confinamento, profundo e geral.
Já não ouvimos quem queira desconfinar ou confinar mais, ou quem queira abrir escolas ou mantê-las em regime lectivo online, quem pretenda abrir cafés, restaurantes ou postigos… Silêncio…
Silêncio de medo…, da natural prudência de quem pouco sabe?
Mas ouve-se, sim, ouve-se o silêncio acomodado de quem está confinado sem perda de rendimento, o silêncio abnegado de quem não tem alternativa senão trabalhar e deslocar-se em transportes públicos sem protecção bastante e segura e ouve-se, sim, os gritos de silêncio de quem está confinado na pobreza, no pão para os filhos, em dívidas por amortizar, em falências certas e quase certas, um silêncio de estertor.

Este silêncio que nos tolda a todos, grita sem se fazer ouvir. Sente-se…, a quem for dado a este sentir.

Comments

  1. Creio ser mais do que tempo de colocar a questão que os decisores políticos nunca quiseram, mas que urge apregoar aos 4 ventos: os custos do confinamento superam de longe os benefícios ou não?
    Pensem um pouco e logo entrarão a resposta, enquanto governantes e especialistas apostam tudo apenas no C-19, como se não existisse vida para além do confinamento.
    Porque será???????????????????

    • Paulo Marques says:

      Depende, qual são os seus limites de custos para uma vida?
      Ou, como Vietname, China, Nova Zelândia e outros, por oposição à trapalhada euro-americana, porquê insistir em escolher não ter nenhum dos dois?

      • Nascimento says:

        Realmente, porquê não escolher,pá! Vá lá . Vamos lá tocar uma musiquinha antiga …cartilha stalinista ainda vigora;
        ” opção de classe ” , não tarda vai ser ” solicitado” um Obrigatório” passaporte” higiênico ! Ai a veia dos Botas deste mundo. Basta um deslize e aí estão eles no seu esplendor. Disfarçam com a N. Zelândia, mas , no fundo o que eles querem sei eu… e eles também. I
        de para aquele paraíso onde emparedam famílias, matam opositores, ups, fazem desaparecer… e até fazem um desconto nas balas!Os dias estão mais difíceis, pá´! Não é?
        O xi-xi -pó-pó é tão bom! Tem uns olhinhos tão lindos , não tem? E o sorriso? Deslumbrante! E os amanhãs que se cantam naquele país?Um must.

        • Paulo Marques says:

          São melhores que os amanhãs que cantam da reforma do euro e de bazuquinhas.
          Prefere mais austeridade, está no seu direito, e o governo agradece a sua contribuição. Mas o passaporte higiénico surgirá do sector privado, lamento.

          • Nascimento says:

            Sector privado mas com ajuda publica e assente em muitos medrosos que apoiam a maravilhosa Ideia.
            E mais; se for um passaporte chines assenta-lhe a si como uma luva!Já é muiiito melhor, pá! Estamos garantidos . E coitado de quem ainda acredita e é estupido ( só pode) que do oriente vem algo de bom. Minha queria Europa! Aqui ( por enquanto) ainda não pago as balas, nem sou emparedado ou desapareço misteriosamente .Vá, vá lá ter com o seu amado líder.

          • Paulo Marques says:

            Eu falo de economia, o Nascimento fala de liberdade, e o burro sou eu.
            Mas, se não vem nada de bom do Oriente, porque quer que o país não tenha nem saúde, nem economia, e acabe a vender mais monopólios naturais à China? E continue a destruir a capacidade produtiva para importar mais?

  2. estevesayres says:

    Não são assim tão tontos com diz , ou como nós quer fazer crer aos menos atentos , se não vejamos;

    “instalada a histeria e o medo em volta do Covid-19, se nega assistência em todos os patamares da saúde, o que já se traduz em milhões de consultas suspensas, quase duas centenas de milhar de cirurgias adiadas, um acréscimo de mais de 10 mil mortes em relação aos óbitos registados em 2019 (quase o triplo das mortes registadas como sendo de Covid-19), sobretudo porque doentes com cancro, com problemas do foro cardíaco, respiratório e outros, não foram precocemente diagnosticados, mormente no patamar dos cuidados primários – continua vedada a consulta presencial nos Centros de Saúde e Unidades de Saúde Familiares.

    Equipas médicas e de enfermagem completamente esgotadas, porque não são contratados o número adequado de profissionais da saúde, começam a ameaçar a qualidade dos cuidados prestados, contrariando a hipocrisia do governo e seus lacaios, quando afirmam que o seu foco tem sido o de “tratar da saúde” aos operários e trabalhadores que acorrem aos serviços.

    Esta manipulação tem sido possível graças ao empenho de todo um espaço mediático que está a seu soldo e que se entretém a levar a cabo um jornalismo de merda. Como, por exemplo, entrevistas encomendadas, propositadamente formatadas para deixar “brilhar” uma ministra da Saúde mentirosa que afirma que o seu governo foi o que, nos últimos tempos, mais profissionais da saúde contratou. Quando a verdadeira questão a ser colocada é se essa “quantidade” serve para atender às necessidades presentes”….
    Posso desenvolver mais questões, mas a até lá, veja menos rádio e televisão…
    Fontes; jornal online “Luta Popular” (parte de um texto)

    • Paulo Marques says:

      Onde estava o esteves quando foram seguidas 63 recomendações europeias?

  3. Filipe Bastos says:

    Ao comentário do estevesayres acima: bem dito.

    Dos media venais que temos, em particular das TVs, nova suspeita, ou nova certeza: SIC e TVI andaram a branquear a máfia angolana a troco de subornos.

    Um dos lacaios da máfia admitiu em tribunal que pagavam aos 40 e 50 mil euros à peça, para que cá não fossem publicados os podres do regime e da famelga Dos Santos.

    E assim se explica os longos anos, sobretudo durante o governo passista, em que – lembro-me sobretudo da SIC Notícias – sobre Angola era tudo boas estradas e bons ventos.

    Só quando saiu o mafioso-mor e secou a teta desataram a falar da Isabelinha, que súbita e misteriosamente passou de self-made ‘empresária’ e ás da ‘gestão’ a suspeita de mil coisas…

    Pulhíticos, banqueiros e pseudojornalistas: a forca era pouco.

  4. Paulo Marques says:

    Silêncio? Qual silêncio? Só se for no megafone da CS, partidos, activistas, e treteiros* de blogues não se calam. E mesmo nesta, vai aparecendo com as pessoas decentes do costume.

    * sem menosprezo, só não sou porque dá trabalho.

  5. De facto a FALSA PANDEMIA é divertida por demais… VIVA A OPERAÇÃO COVIDIUS. Expõe ignorantes uns atrás dos outros!

    Este “Carlos Alves” é só mais um!

    • POIS! says:

      Pois lá está!

      O Governo fechou as discotecas e as praias, mas o vozinhaazerodecibolos não se queixa. É uma criatura simples, qualquer bichinho o diverte. É uma galhofa pegada quando vê um vírus. Covida-o logo para ir lá a casa mamar uns canecos de vacina.

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