Genocida

Filipe Netto, youtuber brasileiro, foi intimado pela polícia por ter chamado “genocida” ao presidente do Brasil, Jair Bolsonaro.

O politólogo Daniel Cara, também professor na Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo, viu a sua conta no Twitter suspensa por ter adjectivado de “genocida” a gestão que Bolsonaro tem feito da pandemia.

Há seis dias, em São Paulo, milhares de mulheres brasileiras saíram à rua para protestar contra as políticas genocidas do presidente do Brasil.

Há quatro semanas, Lula da Silva referiu-se a Bolsonaro como um “genocida” por este estar a deixar morrer milhares de compatriotas, sem agir para que isso não aconteça.

Um padre, há cerca de duas semanas, aproveitou uma missa para expressar que acha Bolsonaro um “irresponsável” e um “genocida”.

Para além destes, outros milhares de famosos e anónimos brasileiros, decidiram libertar o que lhes vai na alma, caracterizando Bolsonaro como “um genocida”.

Nisto, Jair Bolsonaro, aproveitou para vir a público dizer que “é um crime me chamar de genocida”.

Se é mais criminoso quem chama os bois pelos nomes, do que o boi que tem o nome, então vai daqui um crime: BOLSONARO GENOCIDA.

Comments

  1. JgMenos says:

    A última vez que conferi o Brasil tinha melhor desempenho que Portugal em mortes Covid por cada 100 mil habitantes.

    Liberdade de expressão é caracterizar políticas e não pessoas.
    Chegados ao foro pessoal a liberdade é confrontada com direitos.

    Só a cretinagem é que não percebe isso.

    • Paulo Marques says:

      Quantas mais multas do tribunal europeu são precisas para perceber que sim, aplica-se a pessoas, fascista? Mesmo a seleccionar a verdade com estatísticas, já era genocida antes.

    • João L Maio says:

      É isso, é…

      E di-lo o inocente que nunca, neste blogue, caracterizou pessoas. Um verdadeiro pregador da moral e dos bons costumes!

      Um santo! Canonize-se o Menos.

      • POIS! says:

        Pois até que está bem visto!

        Talvez não fosse má de todo a existência de um São Menos, o padroeiro dos salazarescos e demais venturosos.

        Já imaginou os apelos?

        “Venturosos crentes! Rezai a São Menos e Menos graças vos dará”.

      • JgMenos says:

        Salvo o meu direito de resposta, dirijo-me por princípio a grupos, cambadas, amontoados, nos quais os leitores, no pleno uso da sua liberdade individual, podem ter-se por incluídos.

        • POIS! says:

          Pois temos que penhoradamente agradecer!

          Ao Grande JgMenos, destacado membro do Amontoado Venturoso da Cambada Salazaresca, as amplas liberdades que nos concede.

          Esta importante declaração veio, finalmente, amainar o desespero em que estávamos mergulhados.

        • José Peralta says:

          Ó “menos”

          1 – “A última vez que conferi o Brasil tinha melhor desempenho que Portugal em mortes Covid por cada 100 mil habitantes”.

          2 – “Salvo o meu direito de resposta, dirijo-me por princípio a grupos, cambadas, amontoados, nos quais os leitores, no pleno uso da sua liberdade individual, podem ter-se por incluídos”.

          1 – Conferiste , mal, ó “menos” – Enquanto na Europa a pandemia tem sido um drama, nas “américas” do Trump(a) e do Bolsonaro, é uma hecatombe… e isso não pode ser negado, a não ser por aldrabões enfatuados e reaccionários como tu ! Ambos negavam a pandemia, ambos negavam o uso da máscara, e outras medidas de segurança sanitária, enquanto o povo morria (e continua a morrer) aos milhares !

          2 – E, no meu inalienável direito de resposta, tão legítimo quanto o teu, dirijo-me, por princípio, meio e fim, ao grupo de chulos, negacionistas, mentirosos de alto coturno, venturas, jgmenos, e restantes cambadas de hienas risonhas e cantantes…que infestam (e infectam !) a Democracia !

    • POIS! says:

      Pois diga lá o que é que V. Exa. não percebe.

      A malta está cá é para esclarecer. Mande sempre!

  2. Filipe Bastos says:

    Genocida, regra geral, aplica-se a quem tem intenção de matar certa etnia, raça, tribo, povo, nação, etc. Ou seja, a destruição deliberada desse grupo de pessoas.

    Pode-se chamar a Bozonaro assassino, acusá-lo de negligência criminosa, mas genocida não parece muito adequado. O termo deve ter sido escolhido pelo ‘shock value’.

    Há tempos o POIS incitava-me a fazer queixa do Bosta pelo seu dolo em certas mortes. Claro que jamais teria sucesso, as leis protegem os pulhíticos, mas também não creio que ele tivesse culpa directa ou qualquer vontade de matar.

    Os pulhíticos não ganham com mortes: é má publicidade; custa botinhos. Assim o Bozonaro. Ficar como vilão não o beneficiou. Cheira mais a estupidez, trafulhice, negligência.

    • POIS! says:

      Pois vamos lá a ver:

      A definição jurídica de genocídio consagrada no Estatuto de Roma do Tribunal Penal Internacional é o seguinte:

      “Artigo 6.º

      Crime de genocídio

      Para os efeitos do presente Estatuto, entende-se por «genocídio» qualquer um dos actos que a seguir se enumeram, praticado com intenção de destruir, no todo ou em parte, um grupo nacional, étnico, rácico ou religioso, enquanto tal:

      a) Homicídio de membros do grupo;
      b) Ofensas graves à integridade física ou mental de membros do grupo;
      c) Sujeição intencional do grupo a condições de vida pensadas para provocar a sua destruição física, total ou parcial;
      d) Imposição de medidas destinadas a impedir nascimentos no seio do grupo;
      e) Transferência, à força, de crianças do grupo para outro grupo”

      Obviamente é um tipo de crime que exige intenção. Dificilmente poderia entender-se como podendo ser praticado por negligência. Acho, mas nunca tentei aprofundar tal assunto e posso estar a falar de cor, que também não se aplica aqui o conceito de dolo eventual.

      Só que não é necessário ser genocida para ser assassino. A partir daí…quem acha que tem provas…não deve ser cúmplice!

      Baseando-me no conhecimento que está ao alcance da generalidade, olhe que vai uma grande diferença, no que se conhece, entre qualquer ator político deste país e o Bolsonaro. Não meta tudo no mesmo saco.

    • Filipe Bastos says:

      Pois mal estaríamos, não é? Portugal é muita coisa, mas ainda não é o Brasil. Temos muito chulo e muito pulha, pedófilos e um provável assassino (Lima), mas na política e no crime ainda não chegámos à selva brasuca. Até ver.

      E a UE, para o melhor e para o pior, não nos deixaria inventar tanto como Bolsonaro. Queremos esmolas, temos de ser bons alunos. Bons pedintes. Bons capachos.

      Até na histeria covideira: o Bosta só imita o que outros fazem. Não para defender o país; para se defender a ele. O porco.

    • Paulo Marques says:

      E o que o Bolsonaro faz aos indígenas, a China aos Uighurs, e Israel aos palestinianos é o que?

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