100 anos? Tanto tempo. 500? Foi há dois dias.

Holodomor para aqui, Holodomor para ali, Inês Melo Sampaio, Jurista na Comissão Europeia, disse isto:

E muito bem. Temos de ter prioridades e o combate à pandemia é uma delas. Não, espera, afinal…

Mais rapidamente se apanha um fanático do que um coxo.

Comments

  1. Rui Naldinho says:

    Ainda bem que a direita tem o Holodomor para se entreter nesta fase do desconfinamento, como ressaca ao momento ZEN do Sr. Louçã.
    Até já há uma petição!
    Imaginem o que diriam dele, se num momento de exaltação revolucionária, para explicar a barbárie esclavagista do colonialismo europeu nos outros quatro continentes, durante séculos, o ex líder do BE afirmasse, mesmo que em sentido figurado:

    ” Os Europeus comiam hamburgers de carne de índio com mostarda ou chili, ao almoço”

    Ou quem sabe:
    ” Os colonos europeus comiam churrasco de negros com piri-piri ao jantar”.

    O que está em causa não é a negação da existência do Holodomor. Só que esse evento trágico enquadra-se na gigantesca perseguição e purga feita por Estaline aos próprios quadros do Partido Comunista, as primeiras vítimas do ditador comunista, no qual, nem os oficiais russos escapavam à morte e aos goulags. Isto já para não falar do massacre de Katyn, contra os polacos.
    Estaline era Georgiano, tal como Béria, outro dos seus aliados. Nem sequer eram russos, no sentido nacionalista do termo. Admito que por serem oriundos de uma pequena província do Cáucaso, a Geórgia, fossem desconfiados face à maioria Russa. Mas a ideia de extermínio dos Ucranianos, de forma propositada, do tipo, extermínio dos índios na América, encurralados em zonas inóspitas, por exemplo, para mim não colhe.
    Sem pretender negar o Holodomor, que aconteceu de facto, o que está em causa, é sim a maquinação feita com base na propaganda ocidental, mais norte americana, de que o Holodomor foi uma espécie de racismo étnico, ou a tentativa de extermínio de uma nacionalidade, com fins inconfessáveis, incluindo a manipulação do número de vítimas contabilizáveis, que variam ao sabor das conveniências, para com isso justificar todo o tipo de atropelos aos direitos humanos, que ainda hoje os EUA praticam contra os outros.
    Desde o fim da antiga União Soviética, ex URSS, contabilizem as invasões ou interferências directas da Rússia e dos seus exércitos noutros Estados, comparativamente aos Norte Americanos?
    Os talibans são de certa forma uma criação dos próprios EUA, para combater os soviéticos no Afeganistão. Esqueceram-se no entanto de que um dia o monstro de viraria contra o próprio criador.
    Acresce ainda um outro factor bem mais importante que toda a gente consegue perceber. Com o ressurgimento dos movimentos de extrema direita e supremacistas brancos, o racismo, que sempre existiu, ainda que numa versão “soft sense”, está a emergir de novo, numa versão violenta, estilo, “fora com eles”, ou se quiserem, ” A Europa para os Europeus”. Isso é muito perigoso.
    Já agora, porque não correr com todos os Europeus, caucasianos, dos Continentes dos quais não são originários? Seria engraçado.
    Já o regresso do comunismo à Europa, e do Estalinismo em particular, parece-me assunto morto.

    • lucklucky says:

      “Sem pretender negar o Holodomor, que aconteceu de facto, o que está em causa, é sim a maquinação feita com base na propaganda ocidental, mais norte americana, de que o Holodomor foi uma espécie de racismo étnico, ou a tentativa de extermínio de uma nacionalidade, com fins inconfessáveis”

      Fins inconfessáveis? você está a gozar? O Fim é sempre o Poder Total por isso totalitário que a ideia Marxista-Comunista ambiciona.

  2. Paulo Marques says:

    12 anos de vida, para fazer a mesma parvoíce de achar que as redes sociais são notícia. Já nem a idade é desculpa.
    Mas outra coisa que se percebe, é com quem concorda nos moinhos de vento – um filme já muito repetido, e bem mais velho que Hayek.

  3. Filipe Bastos says:

    Nisto das ideologias e das tragédias da História, e o Holodomor foi uma delas, fascinam-me três coisas:
    — a escala – pensem em 1/3 de Portugal morrer de fome;
    — os esbirros – não os líderes – que executam as tragédias;
    — a parcialidade de quem as acomoda às suas convicções.

    Meros dez anos após o Holodomor, morreu +- o mesmo número de indianos em Bengala, hoje Bangladesh, então sob domínio inglês. Mas o principal responsável foi Churchill, hoje um herói. Quantos falam de uma tragédia e quantos falam da outra?

    Em África sempre houve fome. Afecta hoje 250 milhões de pessoas e mata 400.000 por ano. É normal. Nada que nos preocupe tanto como uma fome ucraniana de há 90 anos.

    O desastre industrial de 1984 em Bhopal, também na Índia, numa subsidiária da americana Union Carbide, matou muito mais que o de Chernobyl. Quantos sabem de um e do outro?

    Em 2001 caíram duas torres em Nova Iorque e o mundo mudou para sempre. Em 2013 colapsou um prédio em Dhaka, morreram 1134 trabalhadores, e absolutamente nada mudou: continuamos alegremente a comprar farpelas lá feitas por tostões e cá vendidas pela Primark, Benetton, Prada, Gucci, Versace, etc.

    Isto das tragédias tem muito que se lhe diga.

    • Rui Naldinho says:

      Estou de acordo com o que escreveu.
      O mundo está e sempre esteve cheio de facínoras, uns mais disfarçados do que outros, uns mais engravatados do que outros, uns mais trogloditas do que outros, uns mais poliglotas do que outros, uns mais poligâmicos do que outros, mas sempre imbuídos de uma enorme desumanidade, reféns da sua enorme ganância material e falta de escrúpulos. Estou a falar apenas do período pós Revolução Francesa.
      Não há um Holodomor, mas sim muitos, antes e depois deste, denominado por Grande Fome.
      A única diferença está só e apenas, na forma como estes fenómenos são relatados e propagandeados na Comunicação Social. Como é óbvio os regimes capitalistas valorizam os crimes comunistas. Os comunistas fazem o contrário, valorizam o imperialismo capitalista.
      Pior que o Holodomor foi o colonialismo, mesmo após a Revolução Francesa, quando as potências europeias iniciaram o processo de industrialização, com o saque a África. Até aí tinham vivido praticamente dos escravos. Até porque sem industrialização de pouco serviriam as matérias primas aí existentes. Por outro lado, tão mau como a colonização branca, foram os lutas tribais entre muitos povos africanos, após as suas independências, já no século XX, com fronteiras artificiais, feitas a regra e esquadro pelas potências coloniais, com fins específicos.

    • Filipe Bastos says:

      Bem verdade, mas recordo que antes do colonialismo houve a Rev. Industrial, onde milhões de europeus, incluindo crianças, viveram e morreram ao serviço de mamões.

      As suas vidas não foram muito melhores que as de escravos; a sua exploração não foi muito diferente da dos africanos.

      Antes disso houve séculos de feudalismo, de servos da gleba e camponeses tratados abaixo de cão por outros mamões.

      O colonialismo foi a mera continuação dessa bonita tradição mamona; alguém tem de alombar e de encher-lhes os cofres.

      O que estou a dizer é que o saque é o mesmo: uma minoria que explora uma imensa maioria. É este o fio condutor da História, que atravessa eras, raças e continentes. Se hoje estamos melhor é graças à tecnologia; a mama até aumentou.

    • lucklucky says:

      Então teria havido fome em Bengala se os Japoneses não tivessem invadido a Birmânia(além da Malasia ), ameaçado Índia provocando milhares de refugiados e destruindo boa parte do comércio….

      • Paulo Marques says:

        Foi uma decisão de Churchill, o assumidamente racista, ou não?

  4. POIS! says:

    Pois ora bem…

    O Louçã é trotskista. Aliás, todo o BE é trotskista. Até conheci uma senhora militante que é dona de casa e trotskista, o que não é frequente.

    Logo, como trotskista que é, Louçã é também um grande admirador de Estaline.

    Logo, se qualquer coisa que Estaline não fez tiver de ser negada, pois tem de ser.

    Confere!

    Não me admira muito que haja quem negue coisas que se passaram já há algum tempo. Há coisas que se passaram muito mais recentemente que também têm os seus negacionistas. Estou-me a lembrar, por exemplo, das “faltas de contexto” do Hayek e do “Apito Dourado”.

    • lucklucky says:

      “Logo, como trotskista que é, Louçã é também um grande admirador de Estaline.”

      Argumento típico do Pravda…
      . Louça é um grande admirador do Poder que Estaline tinha sobre o outros porque é essa também a mesma ambição dos Trotskystas.

      Supremacistas Sociais.

      • POIS! says:

        Pois tenha cuidado…

        O que é isso que tem na nuca que é parecido…com uma mama? V. Exa. tá todo torcido!

        Tenha cuidado ou ainda acaba a mijar pela cova do braço!

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