Por vezes, aparece menos polido, tal como Louçã apareceu há semana e pouco. Por outras, aparece mais polido, como hoje apareceu o João Maio. Mas nunca se deixará de notar no fanatismo ideológico típico do Bloco. Mais um chorrilho de mentiras e que não admira ninguém. Porquê? Porque o Bloco não passa disto. O Bloco faz lembrar as Produções Fictícias, que tinha um lema parecido com “contra factos, arranjamos argumentos”.
Sempre que quiserem visitar um resumo da cartilha bloquista sobre o que os liberais querem para a saúde é visitar o texto do João, que nem conhece o meu gosto por calçado.
O modelo que os liberais defendem para a saúde não caiu do céu. Existe e resulta em vários países europeus. Por muito que o João gostasse que assim fosse, a IL não defende o modelo dos EUA.
A IL defende que acima do lucro, de ser privado, público, etc, está a saúde das pessoas. No entanto, a esquerda está a marimbar-se para a saúde das pessoas, porque é mais importante provar que um modelo falhado funciona.
Até a socialista Marta Temido assumiu que é necessária uma melhor colaboração entre todos os setores. O maior adversário do socialismo, talvez maior do que o liberalismo, é a realidade.
Se temos filas e filas de espera deve-se as péssimas políticas públicas que excluem privados das soluções como se não fossem úteis. Enquanto os liberais querem alargar as hipóteses de escolha, não aumentando a despesa pública, o Bloco pretende aumentar a despesa num modelo mais do que falhado? Parece que sim. E para isto, é necessário criar espantalhos como se a saúde deixasse de ser um direito com o modelo liberal.
O João decide ainda dar um ar da desonestidade a que o Bloco nos habituou e pegar num caso isolado que aconteceu num hospital privado. Foi de facto algo desumano e que não aconteceria se não tivéssemos o privado reservado a ricos. Mas é preferível criar filas de espera intermináveis do que recorrer a todos meios disponíveis. Ou isso, ou o João quer privados a trabalhar de graça. Enfim, é toda uma realidade paralela em que se agitam umas bandeiras fáceis com as mentiras habituais sobre os liberais. Até o termo liberal tentam deturpar.
Os anos passam, a realidade mantém-se: o Bloco não consegue largar os seus preconceitos.
Pois oxalá que sim! Que passe mesmo a pagar!
Repito aqui o que já lhe respondi, a propósito de V. Exa. falar em “colaboração” dos privados:
“Pois…”colaboração”…aqui está a prova…
Sr. Figueiredo: o que V. Exa. defende não é propriamente um “sistema liberal”. Os liberaleiros europeus não arriscam a um sistema privado “à americana” porque já todos vimos as suas consequências.
O que V. Exa. defende é a entrega a privados das partes “suculentas” do SNS. A tal “colaboração” bem paga que se traduz numa permanente “mama” á conta dos contribuintes.
Sobre a tal ADSE para todos podemos falar noutra altura. Saiba que, tal como está, a ADSE não é viável “para todos” e, pelo caminho que leva, nem para os que a sustentam (que agora são, EXCLUSIVAMENTE, os funcionários públicos que a ela aderem!).
Aliás é irónico que, após não sei quantas tentativas de acabar com a ADSE, considerada “um privilégio dos funcionários gordos do Estado”, agora seja a Direita a defendê-la com tanta veemência. Porque será? Talvez “ideologia”…”.
Pois, e a propósito de “chorrilhos”…
V. Exa. vê “chorrilhos” de asneiras e mentiras em todo o lado mas não responde nem a uma. Deve ser feitio, digo eu.
Bastou-me um dia destes escrever duas linhas sobre a taxa única de imposto (só o nome é quase uma linha…) e V. Exa. acusou-me logo de estar a desenvolver um chorrilho de mentiras, ou de asneiras, ou lá que é…
Sublinho aqui, porque não tenho tempo para andar de resposta em resposta, o que é dito no comentário acima:
“(…) vê chorrilhos de asneiras e mentiras em todo o lado mas não responde nem a uma”.
Dito isto, fico à espera de uma resposta concreta ao que escrevi anteriormente.
Já tens todas as respostas aqui, no artigo anterior e na resposta que dei a um artigo do ECO que apenas combate espantalhos. Não me vou andar a repetir. Tens mais do que uma resposta concreta.
…o Bloco não consegue largar os seus preconceitos.
Ao contrário da direita, né? O costume:
— na esquerda é ideologia; na direita é a lei natural do universo.
— na esquerda são preconceitos; na direita bom senso.
— na esquerda são dogmas; na direita convicções.
Entenda, Francisco, que a existência da saúde privada, em tudo que não seja estética e afins, é uma escolha ideológica.
Fazer a vida e a morte depender de dinheiro é ideológico. Fazer o Estado pagar a privados para esse fim é ideológico.
Nada contra privados, eu também sou um. Mas não na saúde. Há inúmeras áreas onde podem actuar. A saúde não é um negócio.
“fanatismo ideológico típico do Bloco”
Para os escribas liberocas, só a esquerda é que é fanaticamente ideologica. Eles que nos massacram diariamente com tretas que têm 200 anos de vida, não têm ideologia e qualquer dia começam a dizer que a esquerda é que é politica e eles não.
Já o botas dizia o mesmo
Se perdesse o mesmo tempo a explicar a alegada eficiência e a explicar quem fica com os restos, bem como os doentes crónicos, podia ser que se pensasse que a ideologia fosse para levar a sério. Mas cá estamos.
Pois aqui vai mais uma, Mr. Figueiredo:
Citando o seu “post” que deu origem a este:
“O texto é de Bruno Maia, médico neurologista. Também é ativista, claro está”.
O Bruno Maia é portanto, ativista, o que o deixa tristemente classificado.
E V. Exa. é o quê? Passivista?
Talvez passosvista…