Foi o único político português na minha geração que não deixou a culpa morrer solteira mesmo se, verdade seja dita, não tivesse sido sua a culpa. Assumiu-a enquanto Ministro da tutela. Foi a aventadora Noémia Pinto que nos relembrou esta frase dita por Jorge Coelho na madrugada da queda da ponte de Entre-os-Rios. Faleceu hoje tragicamente.
(foto de Sérgio Azenha / Sábado)
Respeito a morte do homem. Respeito o luto da família. Até sou capaz de achar que Jorge Coelho era bem melhor que alguns dos seus camaradas e adversários políticos, dentro e fora do Partido Socialista. Até ao nível do carácter.
Mas há um Jorge Coelho para além da emoção e do luto.
Só que hoje não é dia para essas análises.
Perfeito. Concordo em absoluto consigo. Muita coisa “menos boa”, mas não é para estes dias.
Essa é boa. Sai limpo e fresco do tacho para ir mamar na Mota-Engil; passa anos a traficar influências, offshores e compadrios com trafulhas nacionais, africanos e afins; volta para bitaitar nas TVs e branquear a máfia xuxa; e a culpa não morreu solteira?
Com quem casou então a culpa?
A morte chega a todos. Morre gente boa todos os dias, muita dela pobre e honesta. Não é a morte que lava um pulha.
Nem mais ,nem menos ! ( Na mouche ! ).
Ao homem RIP!
Ao político, deixo aos amigos, (Dias Loureiro, Seixas da Costa, Maria de Belém, Lobo Xavier…) o elogio fúnebre.
Quanto ao “facilitador” da Mota Engil, recordo apenas que apoiou até ao fim, com Maria de Belém (facilitadora do BES), e o padre Melícias, (franciscano que anda de BMW topo de gama), o Tomás Correia.
Este, conseguiu destruir em pouco tempo o Montepio Geral, com mais de 150 anos de existência, pilar da economia social e orgulho de todos os mutualistas.
Ele já partiu, enquanto nós por cá ficamos a pagar as contas.
Já agora recordemos a frase de sua autoria «« QUEM SE METE COM O PS…LEVA..!»»
Faleceu hoje tragicamente.
Tragicamente? Eu diria que faleceu pacificamente. De um ataque de coração, coisa que é um sopro, leva uma pessoa desta para melhor num instante. Tragédia seria se tivesse morrido, por exemplo, num desastre de viação.
A morte desse não é qualquer tragédia. Lamentável é que tenha saído de cena desta forma airosa, sem prestar contas aos vivos.