Hamas, o Chega da Palestina

A ver se a gente se entende, no meio de tanta parvoíce: o Hamas é uma organização política de extrema-direita, anti-comunista, ultranacionalista, anti-semita, que se opõe à separação de poderes e que se bate pelo primado da religião sobre qualquer forma de laicidade, que rejeita. Já agora, organizações como a Al-qaeda e o Daesh também se encontram no mesmo enquadramento ideológico, ainda que com algumas nuances. Contudo, não diferem no essencial: fundamentalismo religioso, anti-semitismo, anti-comunismo, ultraconservadorismo e totalitarismo.

A esquerda, na Palestina, é representada pela Fatah (social-democrata) e pela Frente Nacional de Libertação da Palestina (marxista-leninista), entre outras pequenas organizações. O Hamas, no fundo, é uma espécie de Chega lá do sítio: o discurso de ódio está lá, o populismo também, fundamentalismo religioso paga contas e o anti-semitismo, tal como anti-comunismo, são pedras basilares das suas fundações ideológicas, como de resto o eram para o nazismo, ao qual o Chega tem vindo a pedir emprestado algumas ideias e slogans, como o habitual “um partido, um líder, um destino”, decalcado do nazi “ein volk, ein Reich, ein fuhrer”. Portanto deixem-nos de merdas, e chamemos os bois pelos nomes, sim?

Comments

  1. Nuno Pinheiro says:

    E quem ajudou a fundar o Hamas?

  2. carlos almeida says:

    Os sionistas são os nazis do sec XXI

  3. Paulo Marques says:

    Certo, nunca se saberá o que fariam se Israel não estivesse a cometer um genocídio, ou se certos países não tivessem estado mais preocupados com ganhar a guerra fria.

  4. JgMenos says:

    Para quem não quer saber de complexidades, silenciar é o mais prudente.
    A alternativa é dizer cretinices…

  5. João Paz says:

    O João Mendes ao escrever estas linhas todas no seu artigo sem mencionar sequer ao de leve o TERRORISMO sionista que ataca e tenta levar ao genocídio COMPLETO de todo o povo palestiniano torna-se cúmplice por omissão dessa barbárie racista perpetrada pelos sionistas que governam Israel. E pouco importa para o c aso que o que afirma sobre o Hamas seja correcto (a mim parece-me que o é) a cumplicidade com os genocidas sionistas mantém-se.

    • Rui Naldinho says:

      Desculpe-me mas o autor do post não desvaloriza o comportamento do Governo Israelita. Tomara ele que o governo israelita fosse outro. Por exemplo, do Partido Trabalhista. Mas é o que é.
      A resposta israelita até pode ser desproporcional, mas o Hamas é uma organização terrorista, tal qual o autor a descreve.
      Quando a desconfiança entre duas partes se agudiza, estando no poder um governo menos flexível, tudo descamba. Só isso. Extrapolações várias, cada um faz as que quer.

  6. João Paz says:

    Rui Naldinho faz mal em ocupar a posição de advogado de defesa de João Mendes ele certamente terá capacidade para TENTAR justificar o seu silêncio cúmplice para com a barbárie genocida dos sionistas. Diz que “o autor do post não desvaloriza o comportamento do Governo Israelita” Para si é uma dedução que advirá de alguma coisa mas não do que está escrito no post. No post há, isso sim, um silêncio ensurdecedor sobre o deliberado extremínio dos palestinianos. E quanto ao Hamas leia o que escrevi porque, nesse aspecto, concordo com a caracterização que é feita. Mais uma vez João Mendes coloca-se objectivamente do lado do maior terrorista ao não o referir sequer. Que diga candidamente que há (poderá haver???) “uma resposta desproporcional dos racistas (uma deliberação da ONU considera sionismo= racismo) não me surpreende. limita-se a propor a velha e relha tese de que os culpados de serem assassinados aos milhares são os palestinianos e não os sionistas. Não se preocupe porque essa é a “tese” oficial cá pelo burgo que fez entre outras coisas ainda mais graves com que Portugal votasse contra 193 países que advogavam a oficialização do Estado Palestiniano.

  7. Rui Naldinho says:

    Este governo israelita de direita tornou-se num problema grave para a comunidade internacional, na tentativa de ajudar a resolver o problema palestiniano. Disso eu não tenho dúvidas. A eleição de Trump veio de certo modo caucionar este comportamento inflexível de Benjamin Netanihau.
    Mas apesar de tudo, Israel é um país onde funciona uma democracia. Ele foi eleito. Já do lado oposto as coisas parecem bem mais difíceis.
    Se é verdade que Israel sempre elevou a fasquia quanto a cedências aos palestinianos, facto é que desde a fundação de Israel, todos os seus vizinhos, palestinianos incluídos, se opuseram à sua existência como Estado. Ali, um país Hebraico, nunca.
    Quando o Estado de Israel foi fundado, este ocupava uma área territorial bem menor. Só que, quem iniciou a beligerância contra a existência deste país, foram os árabes. Cada vez que entram em conflito, Israel conquista territórios. É bom não nos esquecermos disso. Com esta beligerância, Israel armado pelos EUA , foi conquistando território até atingir a área hoje ocupada.
    Ha muita hipocrisia do Estado Judaico?
    Há, claro!
    Mas há também um ódio visceral de árabes a judeus. E não nasceu com este PM. Nasceu já nos meados do século passado. Esse ódio assenta em várias formas de terrorismo. O Hamas é o seu expoente máximo.

    • Paulo Marques says:

      Se o Hamas não existisse, era preciso inventá-lo e propaganda-lo como forma de desumanizar o outro. Ah, espera, foi exactamente isso que aconteceu.
      No fundo, a culpa é da cultura do cancelamento para que hospitais, escolas, casas e meios de comunicação deixem de existir, o acesso a água e a electricidade seja intermitente, e os israelitas comuns falem do extermínio como uma coisa normal https://www.youtube.com/watch?v=lFoxL3sOAio , e quem discorde tenha a vida em risco.
      Ou isso ou é um genocídio do bem, ou quê.

  8. João Paz says:

    Portanto resumindo as suas palavras Rui Reininho a culpa é dos palestinianos e dos árabes em geral +or não aceitarem que lhes roubem as terras, por não aceitarem serem mortos ao cdesbarato e ripostarem com uma fisga contra um , perdão muitos canhões e aviões sionistas. Depreende-se das suas palavras que deveriam aceitar ser levados para as câmaras de gÁS dos nossos tempos sem qualquer oposição . Isto porque , segundo diz, qualquer oposição por minúscula que seja , justifica , a seu ver, mais ataques brutis, mais assass
    ínios e mais ROUBO de ,casas, terras e bens até chegarmos à ridícula parcela de terra que hoje constotui aquilo que nas resoluções internacionais deveria ser um estado – o ESTADO PALESTINIANO. Ah valente! Assim mostra sem coberturas nem disfarces que apoia a acç~
    ao nazi dos governos sionstas. O racismp e o apartheid Neste caso dramático não lhe causam qualquer engulhp. Aceita-os e , suspeito com fortes razões para isso, appia-o. A barbárie desta postura sionista ao longo dos últimos mais de 70 Anos não o incomoda nem um bocadinho. Parece dizer que se eles lançam uma pedra que aleija um israelita (deveria atingir só os sionistas maS essa é outra questão, então os sioniistas têm razão em retaliar matando milhares e roubando mais uma quantas terras (das melhores como é óbvio). Se for um foguete artesanal então a “resposta” sionista devem ser bombas e roubar e OCUPAR muito mais terras que lhes não pertencem. É admirável como no meio da sua “justificaçÃO” para o terror e a matança sionista ainda caiba algo do tipo “foram eles! Eles é que começaram! Eles é que são os maus da fita!” Um pouco de coerência por favor. Diga , pelo menos, que os sionistas podem fazer o que lhes apetecer porque têm a razão da força do seu lado porque a força da razão nunca a tiveram nem poderão ter. E não esqueço que há muitos milhares de judeus, sobretudo jovens, que estãO CONTRA O GTERRORISMO, o genocídio e a barbárie que o “seu” governo pratica todos os dias mas só essa parte da história daria pano para mangas.

  9. Carlos Almeida says:

    O que algumas pessoas ditas de esquerda, conseguem escrever para defender o apartaide e o terrorismo sionista.
    Com governos social democrata ou de extrema direita, sionismo é que é o problema e o anti semitismo uma treta para lhes dar cobertura aos crimes

    • Filipe Bastos says:

      Sem dúvida. A questão é que o Islão e os países árabes são também uma bela trampa.

      Esquerda e direita tentam ali ver bons e maus da fita, vítimas e agressores. Uma espécie de Benfica-Sporting. Na verdade, pouco se aproveita. No caso dos árabes muito pouco.

      • Paulo Marques says:

        Whataboutism sobre genocídio nem sequer é original, para quem pensa pela sua cabeça.

  10. luis barreiro says:

    Segundo este escrivão desde sempre que os israelitas são nazis de extrema direita, o hamas ataca os nazis, segundo ele e a mamã também são. foda-se

    • Paulo Marques says:

      São ou não são os dois partidos mais preocupados com o autoritarismo, demonstrações de força, e nacionalismo do que com a vida das pessoas?

  11. JgMenos says:

    A instrumentalização da religião como meio de acesso ao poder e de satisfação da vingança é uma constante na jihad islâmica e no sionismo.
    Só o cinismo político e a idiotia atávica sustem que as religiões sejam denunciadas, ponto por ponto, em tudo que a sua doutrina ofende os direitos do homem.
    Esta ação é tanto mais necessária para religiões onde não há autoridades institucionalizadas de definição da doutrina como é o caso dessas duas.
    Para compensar, enchem-se os noticiários de tretas…

    • POIS! says:

      Pois não há palavras! Para a profundidade abismal do pensamento filosófico de JgMenos! O que dizer?

      Pois que estou completamente de acordo, embora exprima reservas, e sou mesmo de opinião contrária.

      Mas há duas conclusões que se revelam incontestáveis, embora sejam de duvidosa validade, e possam mesmo ser postas em causa.

      A primeira, a mais importante, embora irrelevante, é a de que a ação do cinismo político e da idiotia atávica são tanto mais necessários quanto não exista autoridade institucionalizada de definição de doutrina, como é o caso das citadas duas e de outras que não as duas, mas que sejam como as duas.

      A segunda, embora não menos importante, mas sem a relevância da primeira, é a postulação segundo a qual se não existissem religiões não havia noticiários e que, para compensar, é necessário enchê-los de tretas.

      Ambas as duas teses devem ser objeto de aturado estudo e profunda reflexão por parte de todos os que se dedicam ao estudo da Herpetopaleologia Quântica, já que o resto da Humanidade, infelizmente, não tem tempo.

    • Paulo Marques says:

      Ufa, já que o papa diz coisas, já não há mal nenhum bombardear clínicas e maltratar quem não segue o culto, porque se o homem diz, não existe. Principalmente quem defende que o homem é um perigoso comunista, claro.
      Duvido que se o Khomeni muda-se de discurso que os imperialistas mudassem, mas isso sou eu. Mas não os impede de se babarem com o petróleo dos sauditas, coincidências, certamente.

  12. JgMenos says:

    Logo acodem os religiosos que, inconformados com a morte de Deus, tratam de erigir o altar da idiotia prostrando-se perante o que acreditam ser a sua própria imagem.

    • POIS! says:

      Pois, desta vez, não entendi!

      Onde é que V. Exa erige? E se prostra? E perante o quê? Que imagem aparece? A frente de um camião ou as traseiras de um chimpanzé? E em qual delas acredita?

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