Manifestação Contra a Violência do Estado de Israel: Solidariedade com a Palestina

Hoje, na Praça do Martim Moniz, em Lisboa.

Centenas de pessoas saíram à rua para se manifestarem contra o regime Apartheid que Israel impôs sobre os palestinianos. Desde o início das agressões israelitas a Gaza, já morreram mais de cem pessoas, das quais cerca de cinquenta e oito são crianças e cerca de 35 são mulheres. Há também a lamentar cerca de mil e trezentos feridos. A Faixa de Gaza está, de novo, sob ataque colonial sionista, e, mais uma vez, milhares de palestinianos perderão a vida a resistir à violência israelita, apoiada pelo imperialismo estado-unidense e europeu.

Fotografias de MAYO.

«Quando as pessoas, na Europa, querem falar sobre a Palestina, são imediatamente rotuladas como sendo “anti-semitas”. Na verdade, nos últimos anos, temos testemunhado a adopção de medidas políticas que confundem “anti-semitismo” com críticas legítimas ao governo de Israel.»

Comments

  1. Júlio Rolo Santos says:

    Quem iniciou os ataques, Israel ou os Palestinianos? Qual ou quais os motivos que o motivaram? Só com estes conhecimentos presentes é que se pode tomar uma posição, antes de condenar este ou aquele. Sabemos que as manifestações não passam de “Maria, vai com as outras”.

    • João L Maio says:

      Pode acompanhar sobre o assunto aqui:

      https://aventar.eu/2021/05/17/terceira-intifada-palestiniana-contra-a-radicalizacao-da-ocupacao-israelita-acompanhamento-semana-1/

      E não, as manifestações não são um “maria-vai-com-as-outras”. As manifestações são manifestações. As pessoas têm um motivo que acham legítimo de manifestação, reúnem-se e manifestam-se. Talvez o Júlio nunca tenha ido a nenhuma, quem sabe por privilégio ou preguiça, mas felizmente há quem vá pelo Júlio.

      Para tomar uma posição basta ter por base o seguinte:
      «Rinchard Zimler:
      Apenas um pequeno lembrete. Isto vem de Moshe Dayan:
      “Viemos para este país que já era povoado por árabes, e estamos a estabelecer… um estado judeu aqui. Em áreas consideráveis do país comprámos as terras dos árabes. Aldeias judias foram construídas no lugar das aldeias árabes. Nem sequer conheces os nomes destas aldeias árabes, e eu não te culpo, porque estes livros de geografia já não existem; não só os livros não existem, as aldeias áras também não estão lá. Nahalal surgiu no lugar de Mahalul, Gevat – no lugar de Jibta, Sarid – no lugar de Haneifs e Kefar Yehoshua – no lugar de Tell Shaman. Não há um lugar construído neste país que não tenha uma antiga população árabe.”»

      Bem-haja.

    • Paulo Marques says:

      Para me defender normalmente não preciso de uma limpeza étnica, mas prontos, se os senhores militares se sentiram ameaçados por calhaus depois de não encontrarem armas numa mesquita, é porque têm razão com certeza.

  2. JgMenos says:

    Ultimamente o que parece prejudicar a posição de Israel é o facto de terem capacidade para melhor defenderem os seus civis; sempre se lamentam das desproporção de mortos e feridos, ignorando o volume de tentativas do Hamas para gnahr vantagem nessa contagem!

    • João L Maio says:

      Com a ajuda do supremo Tio Sam, também eu me defendia muito bem.

      Já contou as mortes, de um lado e do outro? É como eu lhe atirar com uma almofada e o sô Menos Saudosista ir buscar um camião-tir e entrar-me pela casa adentro.

      Quanto ao Hamas, é mais um dos opressores do povo palestiniano. É o Chega lá do sítio. E Netanyahu é o Ventura israelita. Como pode ver, há jagunços em todo o lado.

    • Paulo Marques says:

      O que prejudica Israel é ver-se o que é uma limpeza étnica quase em directo; mas poucochinho, nada mudará até a xenofobia afastar todos os imigrantes de que a economia depende.

  3. Júlio Rolo Santos says:

    Já integrei manifestações com pleno conhecimento do motivo que a justificavam, por isso, não sou privilegiado nem preguiçoso. Pergunte á maior parte das pessoas presentes nas manifestações, se sabem o motivo porque ali marcam presença e vai ver que ficará surpreendido com a resposta. Não ponho em dúvida de que conheça a história de Israel e, é como diz, o país de Israel existe assente em terrenos comprados aos árabes. A fazer fé nos seus conhecimentos, obviamente que os Israelitas estão a lutar pelo que é deles pelo que, as manifestações contra Israel, são improcedentes. Será assim?

    • João L Maio says:

      Eu vou às manifestações para

      1 – fazer o meu trabalho, pois sou fotógrafo
      2 – me manifestar, com conhecimento de causa

      Se “os outros” sabem, ou não, a razão de lá estarem, é com eles. Eu respondo apenas por mim. Os que conheço e também vão, sabem porque vão. Basta-me isso. Variações é o António.

      As manifestações contra Israel continuarão a ser improcedentes porque

      1 – quem se manifesta a favor da Palestina e contra o Apartheid é imediatamente rotulado como anti-semita
      2 – os poderosos estão todos do lado de Israel

      No entanto, as manifestações existem para serem feitas. Se não as fizéssemos, vivendo num Estado de Direito Democrático, era caso para dizer “não foi para isto que se fez o 25 de Abril”.

    • ” Israel existe assente em terrenos comprados aos árabes”

      Isso significa que um dia será legitimo que o Algarve venha a fazer parte dos domínios de Sua Majestade Britânica e que os nativos do Algarve passem a ser tratados como imigrantes ilegais?

    • Paulo Marques says:

      Como Guantánamo e a Terceira, portanto.
      Faça-se de conta que uma limpeza étnica é uma discordância legalista, então, porque não.

  4. luis barreiro says:

    Como é possível em Portugal alguém apoiar partidos que fomentam a escravização das mulheres.

    • João L Maio says:

      Então não é possível? O Chega subiu imenso nas sondagens desde 2019.

      Se queria dizer países, a resposta é fácil: porque aqui a questão não é os direitos das mulheres mas a soberania de um país e de um povo.

      E se formos por aí, há imensos países ditos “desenvolvidos” que “fomentam a escravização das mulheres”… ao nível do trabalho, do salário, do seu papel na sociedade, etc.

      Mas pronto, viva o neo-colonialismo (que não é novo). Serve de tudo para desculpar um país que mata indiscriminadamente civis, sejam eles crianças, homens, mulheres…

    • POIS! says:

      Pois, e além do que escreveu o João Maio…

      Os judeus mais ortodoxos não andam muito longe disso. Um exemplo? Seis meses de prisão para uma mulher que tente rezar no “Muro das Lamentações”…

    • Paulo Marques says:

      Uma moral imensa de quem maltrata, eufemisticamente, quem não é judeu ortodoxo branco só no seu território.

  5. Júlio Rolo Santos says:

    Estamos a discutir as manifestações contra Israel e a favor dos árabes mas ainda ninguém se pronunciou, com conhecimento de causa absoluta, sobre quem é o criminoso e quem é a vítima. Há aqui quem pretenda desviar a atenção para a “escravização das mulheres”, conceito que é muito relativo, digo eu. E não sou simpatizante do “chega”, nem para lá caminho.

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