Na narrativa oficial do Chega, os socialistas são inimigos e o socialismo é O alvo a abater. O discurso não podia ser mais agressivo e a generalização é a regra: são todos iguais. Mesmo todos. Ou será que não é bem assim?
Inês Louro, actual presidente da junta de freguesia da Azambuja, eleita pelo PS, onde milita há 31 anos e foi dirigente das Mulheres Socialistas, decidiu desvincular-se do partido para ser candidata à autarquia da qual faz parte a junta que preside, só que desta vez encabeçando a lista do Chega. O início deste processo de transferência já remonta a Abril, mas, estranhamente, pouco ou nada se falou dele.
O que terá levado o Chega, partido que tem nos socialistas os seus grandes inimigos, a convidar uma socialista com mais de três décadas de militância para representar o partido na corrida autárquica pela CM da Azambuja? Não sabemos, mas podemos supor que tal terá resultado de uma aritmética simples: o Chega não tinha candidato, Inês Sousa zangou-se com o seu partido de sempre (ou saiu porque viu uma oportunidade para voos mais altos no Chega), e, como é autarca em funções, tem possibilidades acrescidas de vencer, cenário que interessa a ambas as partes. De outra forma, a sociedade partidária unipessoal de André Ventura nunca a teria considerado ou aceite. Até porque, para todos os efeitos, Inês Louro é uma socialista, o que faria dela um alvo a abater. A menos que possa, eventualmente, ter algum tipo de utilidade para o Chega. Como tem vindo a acontecer com alguns militantes do PSD e do CDS, ainda que, nesses casos, a proximidade ideológica seja maior, algo que, de resto, pesará certamente pouco para um partido que está disponível para ser tudo e o seu contrário.
Mas não deixa de ser cómico, para dizer o mínimo, que um partido que se apresenta como paladino da mudança, que desceu à Terra para acabar com o socialismo, não tenha melhor que uma “dinossaura” socialista para apresentar na Azambuja. No fundo, o Chega, que é a mesma coisa que dizer André Ventura, rege-se pela velha máxima de Grouxo Marx:
“Estes são os meus princípios. Se não gostarem deles, tenho outros”
Só não tem espinha dorsal. Talvez por isso o acordo com Inês Louro tenha resultado tão bem.
P.S. Notem a ironia: no cartaz do Chega, nas habituais letras garrafais, a seguinte declaração:
“É tempo de dizer Chega! Azambuja precisa de mais!”
E como pretende o Chega dizer “Chega”, e dar à Azambuja o mais que ela precisa? Oferecendo a liderança do seu projecto à pessoa que geriu uma das juntas daquele município durante os oito últimos anos. Como quer mais, e “é tempo de dizer Chega”, nada mais coerente que ir ao sistema buscar uma das chefes dele. Uma socialista com 30 anos de carreira. É André Ventura em todo o seu esplendor. Perfeito.
Inês Louro, por si mesma, no jornal “O Mirante” em 5/1/2011:
“E se pudesse convidar uma pessoa que admira para tomar um café?
A pessoa da minha área que mais admiro pelo trabalho desenvolvido conheço-o porque foi meu professor, José António Barreiros, que foi advogado de Vale e Azevedo. Não conheço pessoa tão fascinante. Ou então acho-o fascinante exactamente porque o conheço.
Gostava de conhecer melhor José Sócrates. Tenho-o como uma pessoa inteligente, competente e com uma personalidade forte”.
Trouxe-me à memória o Venturoso Enviado, quando utilizou uma foto com o Sócrates como arma de arremesso à Ana Gomes…
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Por acaso, esta Dona Inês (não confundir com a outra, coitadinha) lembra-me aquelas pessoas que aparecem nos tribunais eclesiásticos a pedir a anulação dos casamentos católicos e que, depois de 30 anos a viver com uma pessoa de quem têm cinco filhos, invocam “erro sobre a personalidade do cônjuge”…
Pois aqui está uma senhora, que ao contrário de ti, tem vergonha na cara e reconhece por actos de elevada elevação, (boa redundância), que errou quando serviu um partido que lhe apresentava como único farol para iluminar o seu talento político a luz da corrupção e nepotismo segundo a cartilha dos abrantes sabujos.
Pois, se foi segundo essa cartilha…bem e só demorou 30 anos…compreende-se…foi pouco tempo…
Então não sei por que razão mudou de cavalo para burro. Ou melhor, até sei. Foi por por motivos de elevadíssima elevação tauromáquica.
Com o Venturoso a bandarilhar, a Inês a pegar de caras, e V. Exa. a marrar viçosamente, é casa cheia pela certa lá na Praça Dr. Ortigão Costa.
Oléééééé!
Pois tá bem, ó redundante. Como canta o povinho, lá na minha terrinha, em homenagem a V. Exa. e…
“O abstinente abstencionista,
É um belo burro asno.
Mas que boa redundância,
Mas que lindo pleonasmo!”.
Canta o povinho. Lá na minha terrinha.
Xô Pois,
Como deves calcular também sei insultar muito bem, mas abstenho-me porque não desco ao teu nível nas trevas subterrâneas onde circulas de braço dado com os vermes peçonhentos causadores da vergonha alheia.
Aí deves sonhar que continuas a estagiar na defunta câmara corporativa, onde aprendeste a lamber cús e a auferir.
Cumprimento-te com o dedo médio erguido por causa do distancimento, dizendo: “au revoir azeiteiro”!
Pois tá bem!
Para quem não “desco ao nível”, está ótimo!
Que faria se “descosse”…
V. Exa. tem lá uma caderneta de cromos de insultos. Cada dia tira um e manda para o ar!
isto só prova que V. Exa. vem para aqui fazer currículo. Calculo que o bullying e a falta de educação devem ser muito valorizados lá no desempenho profissional de V. Exa. Espero é que avisem os clientes.
Pois fique ciente que se alguém frequentou a “câmara corporativa” e os “abrantes” foi V. Exa!
Um conselho: não se meta onde não é chamado e escusa de levar resposta.
E já agora!
O dedo médio erguido? Ótimo!
Deve conservar-se assim nos próximos dias. Amanhã há um comício do Venturoso Partido na Azambuja. Na sexta é ddia de lançamento do Livro do José Gomes Ferreira. E no sábado dá uma conferência a D. Fátima Bonifácio.
Fazem todos parte da caderneta de cromos de V. Exa.
Não pode perder! Assim já não se tem de por em bicos de pés! O dedinho é muito mais visível! Se não gostarem, diga que vai da minha parte!
“Au revoir, monsieur Ordure Abstencioniste”!
E, portanto, vai para um partido de culto ao líder para fugir a isso. Certo.
É ver quem dá mais e o chega aproveita..
Ena, ena, tantos a querer surfar a onda do “desventuras”.
Porque será??????
O João Mendes só malha no Chega? Então e a chulona sucateira?
E que tem o PS a ver com socialismo?
O pulha Ventura é até coerente: faz o que for preciso para ter poleiro e tacho. Haverá alguém, até entre os Cheguistas, que o leve a sério? Poderão votar nele por birra ou por protesto, mas parece impossível que alguém com QI acima de 50 acredite nele.
Já a carneirada que ainda vota na escumalha do PS, após décadas de podridão e saque, que desculpa tem? A carneirada que ainda vota nesta Louro, no PS ou no Chega, que desculpa pode ter?
“Inês Louro é uma socialista”. Porra. Está a gozar ou quê?
«para todos os efeitos, Inês Louro é uma socialista»
Este agora acha que tudo no PS é socialismo!
Socialismo só há um!
O resto é treta…
Pois é um lindo poema, sim senhor!
Aqui se revela toda a magnífica variz poética de JgMenos. É pena é a pobreza da rima.
Como diz o povinho, lá na minha terrinha “no melhor panão cai o borrão”. Diz o povinho. Lá na minha terrinha.
Os neofascistas com o apoio no P”S” na Azambuja…