A homofobia mata. E Samuel morreu.

Eu não tenho nada contra pessoas heterossexuais. Aliás, até tenho amigos que são e convivo com eles.

Só não gosto de heterossexuais que dão muito nas vistas. Os chamados machos, estão a ver? Aqueles heterossexuais demasiado espalhafatosos, que ficam a olhar para qualquer mulher na rua de forma tendencialmente sexual, que atiram piropos ordinários e cospem no chão. Sabem aqueles heterossexuais demasiado heterossexuais, aqueles que coçam o saco à frente de toda a gente, que arrotam alto em público e falam alto para toda a gente ouvir a conversa. Não gosto. Aqueles heterossexuais que estão sempre a esfregar-nos a sua heterossexualidade na cara, conduzindo a 100km/h numa estrada de 50km/h e ultrapassando o carro da frente numa via com linha contínua, essas abominações de gente, odiados por Deusinho-todo-o-poderoso. Ninguém vê que ser heterossexual é contra-natura? Heterossexual que bate em mulheres, já ouviram falar? Heterossexual que faz questão de dizer que gosta de mulheres, que comenta o aspecto de qualquer mulher com qualquer outro amigo heterossexual, que se gaba de não tratar bem nem as mulheres, nem mais ninguém para além dele mesmo… conhecem esses broncos monstruosos que irão arder no inferno em nome de RuPaul?

Faz-me muita confusão essa escolha sexual deles… podiam escolher ser normais e escolheram o caminho do pecado. E ainda nos querem impingir essa escolha deles nas escolas, ao falaram de amor heterossexual, casamento heterossexual e adopção de crianças por parte de casais heterossexuais. Até onde isto vai? A civilização está cada vez mais decadente…

NOTA: para quem tem este discurso visando homossexuais, percebem agora a figura de urso que fazem? A homofobia mata. Em Espanha, onde os ataques homofóbicos têm sofrido uma escalada, Samuel Muñiz é a mais recente vítima. Jovem, com uma vida inteira pela frente, auxiliar de saúde. Gay. Morto.

Esta semana foi o Samuel. Amanhã poderei ser eu, o teu filho, o teu sobrinho ou, quem sabe, tu…

Samuel Muñiz, espanhol, 24 anos. Foi espancado até à morte por 12 indivíduos por ser “maricón”.

Por Samuel:

MARICONAZOS SÍ! 
MARICONAZIS NO! 
BASTA DE HOMOFOBIA. 

Comments

  1. Vitor Fidalgo says:

    Interessa a alguém que sejam de esquerda, direita, do Benfica, Sporting, Budistas, católicos, muçulmanos ou gays?
    Não, isso não tem o mínimo interesse para a sociedade.

    Só que esta panisgada gosta de show e de por-se em bicos de pés…

    • João L Maio says:

      É verdade, sim senhor!

      Mete-me nojo que estes heterossexuais sejam tão, mas tão fracos mentalmente, que se sintam na necessidade de se dizerem heterossexuais!

      Sejam heterossexuais à vontade, mas não à minha frente! Gostam é de dar show e porem-se em bicos de pés!

      Ps. Alguém que começa um comentário com “interessa alguém que sejam A, B, C” e acaba com “panisgada”, ou é retardado sem patologia, ou já está, certamente, no Magalhães Lemos.

      • POIS! says:

        Sim, maio, mas há também quem…

        Seja um permanente dissimulado. Por estes dias há um artista que me acusou aqui num comentário de ser homofóbico e, no seguinte, já me estava a mandar levar não sei onde, a título de insulto, insulto esse que não me atinge, obviamente, porque não tenho nada nem a exibir, nem a rejeitar.

        Mas vindo de um tipo que se gaba de humilhar alguém (quando não tem valor nem autoridade para tal e, se a tivesse, seria Homem e não o faria) tal não admira.

        • POIS! says:

          Desculpe, mas escrevi o nome com minúscula. Obviamente é Maio, já agora, João Maio.

          • João L Maio says:

            Para mais, agora com o maltrapilho do AO’90, Maio até se pode escrever maio, vá que desta vez passa!

        • João L Maio says:

          Caríssimo POIS!,

          Pois que eu tenho estado atento. Mas não se deixe afectar por tal, doentes mentais sem patologia há aos rodos… então com as ascensões dos Venturescos Le Penistas (este é um nome curioso), basta levantar uma pedrinha do chão e sai de lá um “troll”. O Aventar não é excepção, e temos de levar com esses bafientos do passado, no presente… a ver se, no futuro, lhes damos um chuto no cu. Eu comecei a adoptar a estratégia de usar a lógica deles… contra eles. E tem uma certa piada vê-los “aos papéis” depois disso.

          E não se preocupe com as maiúsculas, não me dou essa grandeza! Bem-haja.

          • Abstencionista says:

            Caro L Maio,

            Pedra de arremesso não sei se é…mas que o foi neste caso, foi.

            Pior ainda, foi pedra de arremesso e agora, cobardemente, tenta esconder a mão.

            Quanto aos ciúmes meu caro amigo, respeito a sua homosexualidade tal como v/ deve respeitar a minha heterosexualidade.
            Mas se quer perder credibilidade continue no registo de “os ciúmes não são bonitos de se ver”, frase mais apropriado num azeiteiro.

            Quanto à minhoca deixe-se estar Pois escolheu ficar em “boa companhia”.

        • Abstencionista says:

          Sua minhoca,

          Perante um assassinato com estas conotações tu, miserável verme homofóbico, o que comentas?

          Nada!

          Limitas-te a fazer queixinhas ao educador do jardim de infância onde passas a tua miserável vida.
          (E o mais curioso é que o educador de infância dá-te troco!)

          Tu, sua minhoca roliça, tão lesto a comentar tudo e um par de botas, neste caso a morte de um ser humano por causa das suas preferências sexuais, só tens um comentário a fazer “Um menino chamou-me nomes mas vou fazer queixa ao meu pai que é polícia” !
          Ou seja…
          …”Por estes dias há um artista que me acusou aqui num comentário de ser homofóbico e, no seguinte, já me estava a mandar levar não sei onde….”

          Um ser desta espécie só pode ser um invertebrado egoista insensível a tudo o que se passa fora do seu miserável umbigo.
          É da massa de que és feito que se frabricam os bufos homofóbicos dissimulados que incitam à violência contra pessoas por causa da raça, preferências sexuais, religião…

          Quanto ao jovem assassinado, RIP, e que a sua morte sirva para mostrar que leis que ligam a homosexualidade à pedofilia, como aconteceu recentemente, têm consequências deste tipo.

          • POIS! says:

            Pois sim!

            O “artista” foi V. Exa?

            Pois não me diga!! Já são dois!

          • POIS! says:

            Tem duvidas sobre a minha condenação do ato? A que título??

            Já me viu, algum dia, incitar alguém a tal ato? Quando? Onde?

          • João L Maio says:

            Abstencionista,

            Se quer visar o POIS!, que o vise. Mas deixe-me de fora. Não sou e nem serei pedra de arremesso a quem quer que seja.

            E já aqui disse: os ciúmes não são bonitos de se ver.

          • João L Maio says:

            A sua heterossexualidade é respeitável. Acho que isso nunca esteve em causa.

            Talvez vá respeitando, cada vez menos, as suas opiniões, o seu palavreado e as suas danças de salão. Mas a verdade é que não temos todos de gostar uns dos outros. Quando muito, suporto-o e isso basta.

            Arrufem um com o outro, arreliem-se, insultem-se, comentem é o texto, que a mim deixa-me satisfeito. Quanto aos insultos, também é com cada qual; todos nós precisamos de algo em que descarregar… se a vida lá fora não corre bem, venha daí descarregar ao Aventar; também servimos de wc, como se vê nestas caixas.

  2. Filipe Bastos says:

    Realmente chocante este caso do Samuel Muñiz (ou Muñoz?). Haverá poucas coisas tão cobardes como um grupo a bater numa pessoa. Sempre pensei que quem dá pontapés a alguém no chão, sobretudo em grupo, não merece o ar que respira.

    A inversão do João Maio funciona só até certo ponto: a alguém ser ‘contra-natura’, não será o heterossexual. As excepções na natureza são raras. Creio que era Gore Vidal que dizia que todos somos bissexuais em algum grau, mas a norma é claramente hetero. Não é uma questão meramente cultural.

    Há também, como sugere o Fidalgo acima, uma representação desproporcional dos homossexuais nos media, nas ‘causas’, no úbiquo politicamente correcto. Casos como este mostram que não é tudo exagero: ainda há mesmo homofobia.

    O problema é que a atenção do público não é ilimitada. Só se ouve falar em gays, racismo, ‘islamofobia’, gays, racismo… a esquerda não pode resumir-se a isto. Sim, defender minorias, mas o enfoque deve ser a pobreza, a desigualdade, os mamões. Coisas que afectam gays, pretos, brancos, todos.

    • João L Maio says:

      É Muñiz.

    • Filipe Bastos says:

      https://pt.wikipedia.org/wiki/Assassinato_de_Samuel_Luiz

      Vi aqui o Muñoz. Deve ser erro, sim. Curiosamente, o artigo é mais extenso em português do que em espanhol.

      • João L Maio says:

        Muñiz… Muñoz… o que for. Morreu uma pessoa por conta do que é enquanto pessoa.

    • J. M. Freitas says:

      Filipe Bastos:
      Com esta concordo inteiramente:
      “O problema é que a atenção do público não é ilimitada. Só se ouve falar em gays, racismo, ‘islamofobia’, gays, racismo… a esquerda não pode resumir-se a isto. Sim, defender minorias, mas o enfoque deve ser a pobreza, a desigualdade, os mamões. Coisas que afectam gays, pretos, brancos, todos.”
      Penso que o que chama esquerda substituiu a luta de classes pela guerra dos Sexos (se calhar inspirada por uma telenovela brasileira de há uns anos).

      • João L Maio says:

        J.M. Freitas,

        A luta de classes estará sempre em primeiro lugar, porque a primeira condição definidora da vida do Ser Humano é a classe. Não tenha dúvidas disso.

        Não percebo o whataboutism, porque eu aqui tenho escrito sobre todos os géneros de discriminações: classe, sexo, género, etnia, etc.

    • Paulo Marques says:

      Pois, eu vejo-os em todo o lado; só os noticiários, é só comunistas islâmicos homosexuais negros, todos ao mesmo tempo. Ou ao contrário, não são nenhum, posso fazer confusão.
      Representação do quê, que não devem ser descriminados e agredidos? Ui, de facto, é melhor dar mais tempo de antena a quem diz que vem aí o fim do mundo se não se faz já cortes cegos em tudo o que mexe, isso é que é gente séria a pensar no país.

  3. Abstencionista says:

    L Maio,

    (A italia passou, não está mal!)

    “também servimos de wc…”

    Vá lá, vá dormir Pois hoje está a acertar pouco.

    Amanhã tem tempo para me pedir desculpa pelo desaforo.

  4. Abstencionista says:

    Poisinho,

    “Desculpe, mas escrevi o nome com minúscula. Obviamente é Maio, já agora, João Maio.”

    Espera aí que vou ao wc do Maio vomitar.

  5. Abstencionista says:

    Minhoca untuosa,

    “Tem duvidas sobre a minha condenação do ato?

    Não condenaste, aproveitaste um acto miserável para dares uma bufa, badalhôco.

    Agora vai queixar-te ao maio, desculpa, Maio, desculpa, já agora L. Maio.

    Lá vou eu outra vez ao wc mal cheiroso do maio para vomitar.

  6. J. M. Freitas says:

    Diz muitas coisas com que concordo. Até concordo com a ideia que subjaz.
    Mas esta: “que ficam a olhar para qualquer mulher na rua de forma tendencialmente sexual,” francamente! Há aqui muita confusão. Por exemplo “Heterossexual que bate em mulheres, já ouviram falar? ”
    Já ouvi. E também ouvi falar de homossexuais que batem em mulheres, em homens e até fazem assaltos á mão armada, ou não? Tudo muito confuso.
    Não me espanta que venha a ser proibido “olhar para qualquer mulher na rua de forma tendencialmente sexual,” E para um homem, pode-se? Quando eu era jovem era proibido, ou pelo menos era o que o Padre das aulas de moral nos ensinava: olhar para mulher dava passagem directa para as chamas do inferno. E pecar contra castidade por palavras, pensamentos ou obras? (coisa que fazíamos todos os dias), era condenação eterna pela certa. Deixemo-nos de Moral de sacristia, isso não é preciso para garantir os direitos dos homossexuais.

    • João L Maio says:

      Todo o texto é uma hipérbole, caríssimo.

      Nada do que aí está escrito é, para mim, literal. Saiba isso.

      • Abstencionista says:

        Caríssimo,

        Fala fala e pouco diz…desculpe mas isto é uma metáfora.
        Saiba disso e pode usar.

        • João L Maio says:

          É isso, um par de botas e um laço a enfeitar.

          A abstenção é, de facto, um problema, mas a culpa é dos Abstencionistas.

          • J. M. Freitas says:

            J. L. Maio:
            “Todo o texto é uma hipérbole, caríssimo.”
            Bem, a sua linguagem não é hiperbólica, é …. hiperbárica: da pesada. Nem um heterossexual (uns malandrões) se atreveria a ir tão longe.

        • POIS! says:

          Pois afinal…

          É aqui o wc a que V. Exa. se refere?

    • João L Maio says:

      Noto que, de facto, o texto o atingiu. A sua masculinidade não será, porventura, demasiado frágil?

      Objectivo alcançado.

  7. Abstencionista says:

    Minhoca,

    “Desculpe, mas escrevi o nome com minúscula. Obviamente é Maio, já agora, João Maio.”

    Como foi possível escreveres o nome com minúscula?

    Já estavas bêbado?

    Que nojo…lá vou eu outra vez vomitar no wc do maio.

    Vai dormir e não te olhes ao espelho Pois ficas com insónias de ver o reles ser humano que és.

    • POIS! says:

      Pois lá vai mais um “plágio”:

      “Mas vindo de um tipo que se gaba de humilhar alguém (quando não tem valor nem autoridade para tal e, se a tivesse, seria Homem e não o faria) tal não admira”.

      V. Exa. enfiou o barrete até aos artelhos! A velocidade a que afinou é bastante significativa!

    • POIS! says:

      Não, não estava bêbado.

      Já V. Exa. não sei. Passa a vida a ir ao gregório!

  8. JgMenos says:

    Eu não tenho nada contra pessoas homossexuais. Que eu saiba não tenho amigos que o sejam e convivo com eles.

    Só não gosto de homossexuais que dão muito nas vistas. Os chamados mariconços, que querem fazer-nos convencer que ser mariconço é do mais normal e sobretudo do mais recomendável, estão a ver?
    E quando armadas em bichas doidas se dizem cheios de orgulho, aí a coisa fica pior, entre o confrangedor e o ridículo!

  9. Luís Lavoura says:

    Em Espanha, onde os ataques homofóbicos têm sofrido uma escalada, Samuel Muñiz é a mais recente vítima.

    Mais recente vítima de quê? De um ataque homofóbico, presume-se desta frase. Porém, tal não é certo, segundo li numa notícia na internet: não se sabe se Muñiz foi assassinado por motivos homofóbicos ou outros.

  10. Marco Antunes says:

    “Aqueles heterossexuais demasiado espalhafatosos”, … enfim que dizer dos homosexuais?

    Quando é que é a discreta “parada” dos heterosexuais? Deve ser tão discreta que nunca dei por ela.

    • João L Maio says:

      Claro que nunca deu por ela, Marco.

      Já ouviu falar de algum heterossexual torturado e assassinado por ser heterossexual.

      O privilégio é real, e vocês são tão privilegiados que nem sequer conseguem reconhecê-lo. Enfim, fazes essas figuras de urso, que só vos humilha a vocês

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