Ignorante, cruel e elitista: eis o negacionismo de Maria Vieira

Na passada semana, no Canadá, as temperaturas atingiram valores próximos dos 50°. Na Columbia Britânica, foram reportadas 500 mortes súbitas, um aumento de cerca de 200% face ao período homólogo. Um incêndio na vila de Lytton, cujas causas estão ainda por apurar, levou à imediata evacuação de todos os suas habitantes e, pura e simplesmente, deixou de existir, devido a uma mistura explosiva de trovoada, ventos fortes e temperaturas elevadíssimas, nunca antes registadas.

A Amazónia, segundo um estudo recentemente mencionado pela revista Visão, já estará a emitir mais gases com efeito de estufa de que a absorver, em larga medida devido a combinação de acelerada desflorestação e expansão da agropecuária e da monocultura da soja. Em Madagáscar, a zona sul do país secou, e a fome instalou-se porque os solos deixaram de ser aráveis. Desesperadas, as populações alimentam-se de gafanhotos e cactos.

Estima-se que as vagas de refugiados ambientais que chegarão à Europa, vindas de África, farão as vagas decorrentes da guerra na Síria e de outros conflitos no norte do continente parecer uma brincadeira de crianças. E não deixa de haver uma certa ironia em tudo isto, ou não fosse a Europa uma das principais responsáveis pelo avanço das alterações climáticas, e África a sua principal vítima. O karma não dorme.

Entretanto, a elite protofascista que combate a evidência científica prospera. Na sua mansão elitista no Monte-Estoril, para cuja construção terão contribuído os milhares de euros que amealhou na estação pública de televisão, Maria Vieira dedica-se afincadamente ao negacionismo, demonstrando, como vem sendo habitual entre os da sua classe, não só uma profunda ignorância, mas que não só se está nas tintas para os milhões que sofrem na pele os efeitos do aquecimento global, no Canadá, Amazónia ou Madagáscar, como tem prazer em gozar com esse sofrimento. A elite é isto, mesmo quando se autoproclama antissistema: está-se marimbando para a populaça. A sua agenda é privilégio e poder. Doa a quem doer.

Comments

  1. Pela paz que nos recusam muito temos de lutar!

  2. Lucinha Pisarro says:

    Vá cuidar da sua “Amazônia” e deixe-nos com a nossa.
    Artigo tendencioso e que só engana os incautos.
    É essa coisa de Aquecimento Global sempre foi balela.
    O que há são variações climáticas, aliás é cíclica e sempre existiu.
    #Bolsonaro2022

    • Já apareceram chegaminions aqui ao Aventar, significa que está a ter impacto e o gado já vê este blog como inimigo. Força Aventar, que os dedos não doam, quando bolsominions e outra bicharada comentam é porque se sentem ameaçados, e com calma dessa, assim como a Maria Vieira, não há misericórdia, porrada primeiro e perguntas depois.

    • Carlos Almeida says:
    • POIS! says:

      Ora pois, nem mais!

      Como cantou o Flávio Bolsoneiro na última sessão de culto da Igreja do Santo Revólver:

      “O global aquecimento
      Não passa de um terror,
      O Paraíso é muito fresco,
      Só no Inferno há calor.

      Deus me deu muitos favores,
      E agora muitos mais.
      Bastaram cinco minutos,
      Choveram vinte mil reais.

      Quando pedi proteção,
      P’ra nossa bela vidinha,
      Logo Deus me enviou
      A sagrada Rachadinha”.

      • Abstencionista says:

        Poisinho rastejante,

        Desenrolei também um poema dedicado a ti.

        Todas as terras têm um bêbado de estimação.
        Outras um tolo.
        Outras ainda um pueta.
        Na tua terrinha são 3 em 1 reunidos na tua pessoa de bufo.

        Não rima porque é poesia “woke”.

        Bjs

        • POIS! says:

          Pois lá temos de lembrar o “Fado Abstencionista” que canta o povinho, lá na minha terrinha::

          VIOLA: Plim, plim, plim, plim…

          “Porque insiste o Abstencionista,
          No discurso badalhoco?
          Vale mais que se abstenha,
          Que daqui não leva troco!

          O “pueta” Abstencionista,
          A “puesia” descobriu,
          Só lhe falta mandar versos
          Prá “pueta” que o pariu!”

          CORO:
          “Só lhe falta mandar versos
          Prá “pueta” que o pariu!”

          VIOLA: Plim, plim!

          • Abstencionista says:

            Poisinho subserviente,

            Mais um plágio e ainda por cima de mau gosto.

            Aprende com esta poesia, woke-renascentista, que cai como uma luva à tua triste pessoa.

            “Canta o bufo no carvalho
            Cantam os bufos nos pinhais
            Ó Pois vai pró xaralho
            Ó bufo não cantes mais”

            Bjs

          • POIS! says:

            Pois temos de continuar o “fadinho”…

            VIOLA: Plim, plim, plim, plim…

            “Persiste o Abstencionista,
            No baixo discurso rasca.
            O que a ninguém admira,
            Pois passa o dia na tasca.

            Descobre milhares de “plágios”,
            Onde mais ninguém os viu.
            Só lhe falta conhecer,
            O plágio que o pariu”.

            CORO:
            “Só lhe falta conhecer,
            O plágio que o pariu!”

            VIOLA: Plim, Plim!

          • Abstencionista says:

            Xô, o queixinhas,

            Não sai nada dessa cabeça de javali, excepto copiar ordinarices como se fossem da tua autoria.

            Repara num poema que cortei e colei, de fino recorte artístico, que relata a declaração de amor de um bufo, homofóbico, cis, não binário.

            Título: “Desculpe pela minúscula”
            (som de violinos)

            “Desculpe,
            mas escrevi o nome com minúscula.
            Obviamente é Maio,
            já agora, João Maio.”

            (Autor: Verme em 06.07.2021)

          • POIS! says:

            E continua o fadinho Abstencionista:

            VIOLA: Plim, plim, plim, plim,

            GUITARRA: Pliiiiiiimmmmm!

            “Coitado do Abstencionista,
            Está desorientadinho.
            Enfiou um barretão,
            Da cachola ao cuzinho.

            E assim vai continuando,
            A parir paleio rasca.
            Mais uns copos emborcando,
            Não desampara da tasca!”

            CORO:
            “Mais uns copos emborcando,
            Não desampara da tasca!”

            VIOLA: Plim, plim!

        • POIS! says:

          Mais um fadinho Abstencionista (quadras inspiradas em afirmações do próprio):

          VIOLA: Plim, plim, plim, plim…

          “Todas as terrinhas têm,
          Um bêbado d’estimação,
          Lá na do Abstencionista
          É ele mesmo o borrachão.

          Umas adoram um tolo,
          E outras um vigarista,
          Reunidos na alforreca,
          Que se chama Abstencionista”.

          CORO:
          “Reunidos na alforreca,
          Que se chama Abstencionista”.

          VIOLA: Plim, plim…

    • Paulo Marques says:

      Pois, o problema é o ritmo, mas não se preocupe; quando o seu querido líder (bem, o seguinte, que esse vai dentro) nos vender a comida que ainda crescer por aí para meter ao bolso, a gente come a pensar em si.

  3. Já apareceram chegaminions aqui ao Aventar, significa que está a ter impacto e o gado já vê este blog como inimigo. Força Aventar, que os dedos não doam, quando bolsominions e outra bicharada comentam é porque se sentem ameaçados, e com calma dessa, assim como a Maria Vieira, não há misericórdia, porrada primeiro e perguntas depois.

  4. Gabriel says:

    Quando houver um incêndio florestal por aqueles lados, a ver se ela se mete na piscina a comemorar o aquecimento global.

    • estevesayres says:

      Gabriela, que eu saiba, por aqueles lados não existem florestas, só empreendimentos de grande luxo…Já na quinta das tiiaas, as coisas mudam de figura….

  5. Ana Moreno says:

    Que fazer à revolta que esta senhora provoca? Que fazer à vontade de a declarar animal selvagem, face à indiferença que mostra pelo sofrimento humano? Será meter tudo num saco e deitar à sua piscina, a ver se por algum fenómeno transcendental começa a ferver?

  6. Elvimonte says:

    Mais uma vez o JM faz uma demonstração de ignorância e de facciosismo, o que é habitual, papagueando uma cartilha com palas para burros.

    February 2021 was the coldest February on record since 1989 cnn › 2021/03/08 › weather › februar…
    Mar 8, 2021 — “During February, the average contiguous US temperature was 30.6°F, 3.2°F below the 20th-century average,” NOAA announced Monday. “This …

    Mid-February 2021 Record Cold – National Weather Service weather.gov › fsd › record cold-feb2021
    Feb 15, 2021 — Mid-February 2021 Record Cold … The coldest air began to spread into the region on Saturday, February 13th, resulting in a few record cold …

    “The February 2021 North American cold wave was an extreme weather event that brought record cold temperatures to a significant portion of Canada, the United States and parts of northern Mexico during the first half of February 2021
    Damage: ≥ $195.6 billion (2021 USD)
    Areas affected: Canada, Central United States, Eastern United States, Northern Mexico
    Casualties: At least 217”

    Satellite measures record-cold cloud temperature of minus washingtonpost.com › weather › 2021/04/06
    Weather satellite detects record-cold cloud temperature of minus-168 degrees … April 6, 2021 at 8:38 a.m. PDT. 26. On Dec. 29, 2018, a weather satellite …

    Boston hit a record-breaking low temperature for July 3 – The bostonglobe.com › 2021/07/02 › metro › rec…
    … Kovatch Globe Staff and Globe Correspondent,Updated July 3, 2021, 7:44 p.m. … Record cold temperatures are possible on Saturday, forecasters say, along …

    Unusually strong cold weather outbreak spreads from …
    severe-weather.eu › global-weather › south…
    4 days ago — Low-temperature records were broken, with snowfall returning to … also colder than normal, bringing down the 2021 global temperatures to the …

    • Anónimo says:

      Aceite que doi menos. As verdades doem aos apoiantes dos mal fachegas. A ciência não está do vosso lado. Como explica o facto das cegonhas já não migrarem no inverno?

      • Patolas says:

        Porque se Inscreveram no achega e são fãs da mentira vieira.

      • Elvimonte says:

        Mas aquecimento global relativamente a quê?

        Ao período há cerca de 5300 anos atrás, quando Ötzi, o Homem do Gelo, terá escalado os Alpes, numa época em que apenas os picos mais altos da cadeia montanhosa eram gelados? (vd. artigo científico publicado na Scientific Reports).

        Ao período quente romano?
        «The Roman Warm Period, or Roman Climatic Optimum, was a period of unusually warm weather in Europe and the North Atlantic that ran from approximately 250 BC to AD 400. … That and other literary fragments from the time confirm that the Greek climate then was basically the same as it was around AD 2000.»

        Ao período quente da Idade Média?
        «The Medieval Warm Period (MWP) also known as the Medieval Climate Optimum, or Medieval … The warm period became known as the Medieval Warm Period.»

        Ao período conhecido como Pequena Idade do Gelo?
        «The Little Ice Age is a period between about 1300 and 1870 during which Europe and North America were subjected to much colder winters than during the 20th century. The period can be divided in two phases, the first beginning around 1300 and continuing until the late 1400s.»

        • Paulo Marques says:

          Relativamente à 150 anos, como sabe. E o relevante é o ritmo e os efeitos de feedback, como sabe.

    • Carlos Almeida says:

      Sr Elvimonte

      “Mais uma vez o JM faz uma demonstração de ignorância e de facciosismo, o que é habitual, papagueando uma cartilha com palas para burros.”

      Curiosa argumentação.

      Os outros são todos ignorantes e burros, só “os eleitos ” é que juntam toda a inteligência e sabedoria.

      Para que leia bem pela terceira vez

      https://actualidad.rt.com/actualidad/397132-region-norte-laponia-finlandia-registra

      Mas deve ser mentira para “os eleitos”

      • Elvimonte says:

        Quando se registou a “explosão de vida” no período Câmbrico (541-485 M.a. atrás), a que se seguiu o Ordovício, qual era a concentração de CO2 atmosférico?
        A incerteza associada é muito grande, mas podemos apontar para cerca de 4000 ppm., um valor intermédio das estimativas.

        “On the contrary, during the long warm Cambric-Mid Ordovician period (540-455. Ma) it is estimated that the CO2 atmospheric concentrations were 14 times higher [than today].”
        (27701abf-fbba-4746-aa86-1e7160957113/O2_EduCO2cean-Magazine.-Volume-2.pdf)

        E a seguir, no Ordovício, com concentrações de CO2 semelhantes, ocorreu uma glaciação?
        É verdade. Não se sabe bem porquê, mas a teoria mais bem fundamentada assenta nos ciclos de Milankovitch – relativos à geometria da orbita, ao movimento de precessão dos equinócios e à inclinação do eixo de rotação da Terra – em conjunção com os ciclos de actividade solar de larga e pequena escala temporal. Só a variação da excentricidade da órbita é responsável por uma variação cerca de 27% na constante solar relativamente ao seu valor actual.

        “The Ordovician glaciation stands out from the crowd since
        it occurred under high CO2 values. Climate proxies (Yapp
        and Poths, 1992) and continental weathering models (Berner,
        2006; Nardin et al., 2011) indicate that the Ordovician CO2
        atmospheric partial pressure (pCO2) was equal to some 8–20
        times its preindustrial atmospheric level (1 PAL = 280 ppm).”
        (A. Pohl et al.: Effect of the Ordovician paleogeography on the (in)stability of the climate)

        • Oh pá que fantástico ó Elvimonte.
          Se voltamos aos níveis do Câmbrico a temperatura média da terra subirá uns 7 graus centigrados, o nível dos mares será superior em 90 metros.
          E tu meu felizardo poderás ter uma maravilhosa existência como invertebrado marinho ao largo das amenas praias dos Alpes.

          Já agora. Esses períodos geológicos transitaram num par de gerações ou demoraram um “pouquinho” mais tempo?

          • Elvimonte says:

            Camarada cassete EMS, não o conheço de lado nenhum. Vá tratar por tu a tribo de “invertebrados marinhos ao largo das amenas praias dos Alpes” da sua igualha.

            Razão tinha José Saramago quando dizia: “Antes gostávamos de dizer que a direita era estúpida, mas hoje em dia não conheço nada mais estúpido que a esquerda.”

          • POIS! says:

            Pois conheço uma versão diferente…

            Da frase do Saramago. As últimas duas palavras foram substituídas por “o Elvimonte”, em sentida homenagem a V. Exa.

            Bem merece! Está já em exposição, uma condecoração, um grande medalhão, à sua disposição, no “Mija Cão”!

        • Carlos Almeida says:

          Camarada CopyPast vulgo Exmº Sr Elvimonte ou será Exmº Sr Dr Elvimonte ?

          Queira V.Exª do cima da sua imensa sabedoria explicar a nós pobres ignorantes, o motivo destes fenómenos

          https://sicnoticias.pt/mundo/2021-07-09-Incendios-ja-consumiram-cerca-de-400-mil-hectares-na-Siberia-32686732

          Com os melhores cumprimentos e a Bem da Nação

          Carlos Almeida

  7. Abstencionista says:

    Não percebo de meteorologia mas lembro-me de haver 4 estações do ano bem vincadas.
    Frio de rachar no inverno, chuva aos potes na primavera, calor constante no verão e um outono ameno, bom para ir à caça.

    Mas onde noto que algo mudou, de facto, são as minhas grossas camisolas de lã que estão novas por falta de uso.

  8. Elvimonte says:

    Parece-me que o “camarada cassete” JM, à semelhança da generalidade das pessoas menos informadas, para ser simpático, quando escreve “aquecimento global” se refere ao período conhecido como Pequena Idade do Gelo, que terá terminado por volta de 1850, dada a conveniência de se colocar a origem do referencial nesta última época climática fria para sobrevalorizar o actual período em que nos encontramos.

    Omitindo assim galhardamente e com palas para burros a paleo-climatologia e toda a história de constantes alterações climáticas anteriores, ao mesmo tempo que se estabelece uma correlação entre aumento da temperatura média global e aumento da concentração de CO2, alegadamente consequência da revolução industrial.

    Acresce que correlação não é causalidade – repetir 100 vezes pela manhã – nunca podendo uma correlação estabelecer, por si só, uma relação de nexo causal.

    Um princípio científico elementar de que se vai abusando para gerar pânico e alarmismo, como se tem visto no decorrer da actual epidemia com os confinamentos e o uso de mácara, cuja eficácia a evidência empírica se tem encarregado de desmascarar sempre que existem “experiências naturais” com verdadeiros grupos de controlo (vd. “Lockdown Effects on Sars-CoV-2 Transmission – The evidence from Northern Jutland”).

    Mas voltando ao aquecimento global, veja-se aquilo que todos os paleo-registos mostram:

    “Our analyses of ice cores from the ice sheet in Antarctica shows that the concentration of CO2 in the atmosphere follows the rise in Antarctic temperatures very closely and is staggered by a few hundred years at most,”
    (Niels Bohr Institute,
    ….nbi.ku.dk/english/news/news12/rise_in_temperatures_and_co2/)

    Para quem não percebeu: a concentração atmosférica de CO2 sucede ao aumento da temperatura com um atraso de algumas centenas de anos, quando muito.

    A Química das Soluções e a Química-Física explicam porquê. Olhar para a curva de solubilidade do CO2 na água em função da temperatura é capaz de ajudar.

Discover more from Aventar

Subscribe now to keep reading and get access to the full archive.

Continue reading