Otelo – mais uma vaca no milho

Na minha terra natal de Vale de Cambra utiliza-se amiúde a expressão “mais uma vaca no milho” para definir algo que é rotineiro ou previsível. Para mim a morte de Otelo é apenas isso, mais uma vaca no milho. Qualquer pessoa sensata sabe do seu papel no 25 de Abril e nas FP-25 e seus crimes horrendos. Mas a morte de Otelo não me causou nem comoção nem alegria. É um simples rodapé.
Preocupante é este padrão e mais esta prova de que pouco se apurou naquele período revolucionário, poucos foram responsabilizados e que no fim se seguiu o caminho fácil deixando correr várias verdades e aplicando-se pouca justiça.

São muitas as mentiras e verdades truncadas do período revolucionário que fomos aceitando de forma mansinha.
Começa logo na mensagem que o “25 de Abril pôs fim a décadas de salazarismo e fascismo”.
Não pôs. E sabemos que não pôs. O Botas morreu de velho e no poder. Se tivesse durado mais 20 anos, teríamos levado com salazarismo até a década de 90.
Por outro lado, o que caiu em 1974 foi um regime pútrido, cercado e sem rumo para o país nem para os milhares de homens em África saturados, perdidos numa guerra estúpida e abandonados, como de costume, pelas elites da capital.
A coisa foi pacífica, dizem muitas pessoas. Outra peta, sabemos nós.
Podemos ter orgulho de vários factos ocorridos entre 25 de Abril de 74 a 25 de Novembro de 75 dado que todos conhecemos outras revoluções mais sangrentas, longas e que criaram marcas difíceis de ultrapassar. Viajo com alguma regularidade pela ex-Jugoslávia, pelo que também sei do que falo.
Mas por pouco que tenha sido o sangue e por muito eficaz que tenha sido o processo de transição, não consigo ignorar os que morreram antes de Abril, os que foram metralhados pela PIDE nesse dia, os inocentes que sofreram as mãos dos revoltosos, os que morreram em Novembro de 75 e os muitos que enterraram familiares, que ficaram traumatizados ou sofreram perdas patrimoniais.
Também não é lógico que se fale em processo pacífico quando sabemos que a Intentona do Spínola ou a Matança da Páscoa não são séries da Netflix e só não resultaram em mortandade por pouco. Não, não foi totalmente pacífico. E não foi só por causa do Otelo.
Este foi também o período do terrorismo da FLAMA madeirense que de volta e meia ainda insiste em ser notícia.
E foi o período da extrema-direita do MDLP/ELP que ceifou vidas, semeou a instabilidade e o terror, incendiou sedes de partidos de esquerda e fez de tudo para que Portugal regressasse a 24 de Abril. Felizmente também falharam. Infelizmente também se escaparam. Alguns sofreram menos que o Otelo.
Otelo ficará sempre marcado de forma imperdoável por tudo o que as FP-25 e gente daquela estirpe fez. Desde os 18 homicídios incluindo um bebé, até ao cerco do Palácio de Cristal no I congresso do CDS onde não faltou muito para acontecer ali o sonho molhado que o falecido tinha com o Campo Pequeno. Era gente reles, perigosa e que queria substituir uma ditadura por outra.
Tudo isto e muito mais permanece hoje em jeito de ferida aberta, na nebulosidade e impunidade. E porquê?
Muito por culpa de um conjunto de líderes, tradicionalmente capados e moralmente ocos, que preferiu correr para Bruxelas e levar o país “à Europa” sem antes arrumar e limpar o melhor possível o seu passado recente. Mas o que é que se há-de dizer agora?
O que dizer de lideranças de um país que em 1998 permitiu que Rosa Casaco viesse a Lisboa, dê-se uma entrevista, visitasse a família e regressasse ao seu faustoso exílio sem incómodo? Como é que se admite que esta sanguinária figura tenha regressado a Portugal como um qualquer anónimo emigrante e vivido descansadinho bem perto de Lisboa e até aos 91 anos? E em liberdade?

O que dizer de lideranças que nunca fizeram verdadeira justiça social para com os veteranos de guerra? Ou que atafulharam africanos em bairros sociais com os resultados que todos vimos e que ainda hoje ignorámos? Ou que se borrifaram para milhares de retornados?
Acima de tudo – e vergonha suprema – o que dizer de lideranças que tiveram tudo para apurar a verdade sobre Camarate mas que não se incomodaram com o facto de as mortes de um primeiro-ministro e ministro de Estado terem ficado por esclarecer?
Que regime é este que caga de alto para Camarate e deixa que se enterre no esquecimento?

É possível e tudo isto acontece, porque o padrão é sempre o mesmo, quase molde. E repete-se p.e. quando as lideranças actuais e recentes nos dizem, cheios de fofura, que a corrupção se combate apenas com uma “forte aposta na educação”, algo que como sabemos só dá resultados no longo prazo. O padrão (e intenção) está todo aqui: lavar as mãos do passado, gerir a vidinha no presente e borrifar-se para o futuro.

Portugal nunca teve lideranças capazes de enfrentar os acontecimentos de 25 de Abril a 25 de Novembro. Nunca se quis verdadeiramente relatar, registar e levar a justiça quem tinha que ir. Nunca se quis seguir um caminho que honrasse quem fez bem, perdoasse os que andaram entre o bem e o mal e atirasse para a jaula os criminosos.
Tirando meia-dúzia de operacionais mancebos e anónimos, ninguém pagou verdadeiramente.
Aqui chegados e com a morte do Otelo, o país volta a bater mais uma vez de frente com a realidade e a assistir aos resultados práticos de nunca se ter querido encarar o que fomos ontem nem planear de forma o mais abrangente possível o que queremos ser amanhã.
Entre tanta porcaria, temos que assistir mais uma vez ao enviesamento, a negação de factos e cada um na sua trincheira a escolher – covardemente – a parte da verdade que mais lhe convém.
Por que quando vemos seitas que confundem comunismo com as FP-25 ou conservadorismo com o MLDP/ELP então entendemos que o debate é impossível porque elas, as seitas, estarão sempre à vontade com a sua verdade.
Não valerá a pena explicar as seitas que na altura em que as FP-25 e o MDLP/ELP cometeram atentados e mataram gente o país já estava a implantar a democracia e qualquer movimento político podia fazer o seu caminho pelo voto. Nada disso conta para as seitas, por uma razão muito simples e que para elas representará sempre um triunfo histórico: nenhum dos seus assassinos foi condenado!
Otelo destaca-se dos demais porque foi mais polémico, mais presente e por razões quase sempre estúpidas, muito falado por demasiada gente que lhe foi dando um protagonismo que um escroque da sua estirpe não merecia.
Em suma, Otelo teve mais holofotes que outros. Mas não teve menos sangue nas mãos. Só isso.
Porque o sangue das vítimas das FP-25 não é mais lamentável que o das vítimas dos terroristas de extrema-direita ou dos PIDEs que depois do 25 de Abril seguiram com as suas vidinhas na paz do Senhor.
A morte de Otelo não me diz nada porque não traz justiça, não arruma a história nem encerra nenhum capítulo.
No fim, tudo isto é resultado de um Portugal que teve a sua liberdade construída por líderes capados e moralmente pútridos que deixaram muitas das bestas sanguinárias em liberdade e o sangue das vítimas por lavar.

E se não se lavou antes, também já não vai ser agora. Estão mortas e esquecidas. É o que é.

Comments

  1. antero seguro says:

    Para autor é afinal tudo igual. Se calhar é melhor irmos todos dormir e continuar a fingir que não é nada connosco ficando na expectativa de que apareça por aí um messias para resolver, já que a culpa é afinal dos políticos que como sabemos são de geração expontânea. Cada vez me convenço mais de que 25 de Abril foi uma verdadeira dádiva de pérolas infelizmente a porcos.

    • Paulo Franzini says:

      FP-25 e MDLP/ELP são, para mim, tudo igual. Aí concordo consigo. O resto não sei como é que entende que eu defendo que não se faça nada quando a minha principal crítica é por nada se ter feito. Mas tudo bem.

      • Filipe Bastos says:

        Não sei se será o caso do antero, mas por aqui esse tipo de comentário costuma significar:

        1) Não é tudo igual = querem que distinga (pela positiva) o PCP e o Berloque de Esquerda, por vezes até o Partido Sucateiro. São ‘melhores que a direita’, está a ver.

        2) A culpa não é só dos políticos = a classe pulhítica é que manda, nomeia, adjudica, chula, estoura, saqueia, pede emprestado e decide tudo sozinha, em total impunidade, mas… constatá-lo é ‘populismo’, está a ver.

        3) O 25 Abril foi pérolas a porcos = a Abrilada é sagrada; devemos eterna gratidão aos senhores capitães e aos bravos pulhíticos que nos ‘libertaram da longa noite fascista’. Tem sempre de cantar loas ao 25, está a ver.

        • Paulo Franzini says:

          Pois não sei se era esse ponto do Antero, mas já conheço (e ligo pouco) a essa cassete da pureza da esquerda contra a pérfida da direita. Acontece que:

          1 – Já disse, digo e mantenho: MLDP/ELP ou FP-25, só as moscas é que são diferem. O sangue é o mesmo.

          2 – É a tipica desculpabilização da classe política. Podem não fazer nada ou roubar muito que no fim a plebe deve-lhes imenso. A não ser quando o governo mudar para uma cor desagradável. Aí o disco vira.

          3 – O meu ponto não é sobre a noite de Abril mas a falta de apuramento, registo e julgamento de tudo o que se passou entre Abril de 74 e Novembro de 75. Portugal deve ser o único país da Europa que acha que se pode seguir em frente sem julgar o passado. Há décadas que se faz assim. Há décadas que não funciona. Mas o caminho é esse e não falta quem ache que está certo.

          • Paulo Marques says:

            Sobre 3, Espanha é aqui ao lado…
            Mas sobre Portugal, acho difícil julgar o passado sem conseguir julgar o presente face ao realismo das restrições e opções e não sobre as famílias políticas internacionais agarradas a um mundo que nunca existiu.

        • antero seguro says:

          O pessoal ficou inebriado com o 25 de Abril. Deu para comprar uma máquina de lavar, alcatifar a casa e melhorar substancialmente o salário (era tão baixo) e até pensar em comprar uma carro. Pensaram logo que passaram à condição de burgueses. A política que se lixe, era apenas preciso escolher alguém que pensasse e agisse por eles, não havia necessidade de se preocupar com nada para além de , 4 em 4 anos elegerem alternadamente uma caterva de vigaristas encartados que metodicamente os têm empurrado para o 24A. Quem mal a cama faz, mal nela se deita. Os tugas vão desopilando mandando uma bocas nas redes sociais mas, na altura das eleições lá estão na fila para votar alternadamente nos canalhas de sempre.

        • antero seguro says:

          Caro senhor Filipe não posso deixar de responder aos seus 3 quesitos que num verdadeiro processo de intenções me coloca numa posição que nunca foi a minha, mas aos quais não posso deixar de responder.

          PONTO 1 -Claro que NÃO É TUDO IGUAL, da direita só pode mesmo esperar miséria, exploração e mais do mesmo, claro que, tudo muito bem embrulhado numa pretensa social democracia cristã e cheia de liberdade, mas que na verdade vai paulatinamente asfixiando o estado social que timidamente avançou depois do 25A e do qual hoje parece cada vez mais existir apenas a sua memória e que tem transformado a vida dos portugueses num verdadeiro inferno. Para mim nunca existiram vacas sagradas. Claro que o PCP e o BE nunca serão os partidos perfeitos, mas como os outros partidos, devem ser tratados com dignidade, devem ser combatidos politicamente não devendo ser humilhados duma forma parola e troglodita como o senhor os trata brincado com coisas sérias. Atrevo-me a dizer que sem eles, apesar da sua impotência na AR estaríamos ainda bem pior. Torna-se claro que eles têm cometidos erros de percurso (quem os não cometeu que atire a primeira pedra). O PS que poderia ter sido a chave da solução e contribuir para transformar Portugal num país decente, optou por ser a chave do problema prostituindo-se sempre com os interesses do pior neoliberalismo bem representado pelo PSD/CDS sempre a mando dos poderosos, nacionais e internacionais.

          PONTO 2 – Claro que a culpa não é dos políticos – Para analisar as CONSEQUÊNCIAS que refere, tem que puxar o filme um bocado atrás e tentar ver as CAUSAS porque aí é que reside o problema. A tal classe política, um verdadeiro grupo de vigaristas encartados que tem dominado a AR e governado o país desde as primeiras eleições legislativas já lá vão quase 50 anos é constituída pelo bloco central de interesses cujos comissários estão espalhados irmãmente pelos partidos do denominado arco do Poder sempre acolitados por uma imprensa serventuária que os ajuda a perpetuar-se no Poder mas essa perpetuação só existe porque sendo as eleições (até ao momento) livres e democráticas são subvertidas por um eleitorado manso e tanso que anda desde sempre a votar alternadamente nos seus algozes (PS/PSD/CDS) dando-lhes confortáveis maiorias para eles se alavancarem no Poder. Logo a culpa, sem qualquer populismo, é antes dos eleitores e não dos políticos até porque estes não enganam ninguém, têm demonstrando, ao longo dos anos, ao que andam e ao que vêm.

          PONTO 3 Até percebo que a tal “abrilada” tirou o sono e sobretudo o descanso ao grupo de pastores que tinham o país sob controlo ao longo duma longa noite fascista que tinha transformado o país num pântano que julgavam de pedra e cal, mas que começaram a sair da toca e andam agora por aí. Assim um grupo de impreparados politicamente jovens militares em poucas horas e sem disparar um tiro, puseram em debandada a horda fascista dando alguma parecença com as rábulas telefónicas do saudoso Raul Solnado. De tal forma que até os jovens militares a quem o Poder caiu no colo, ficaram surpreendidos perante o poder do povo nas ruas tiveram que ir à pressa buscar os recauchutados generais que se recusaram antes a participar no movimento. Foi a partir daí que a tal “abrilada” que refere começou a andar para trás. Nessa exata medida para mim o 25A foi uma ténue tentativa de dar pérolas a porcos.

  2. JgMenos says:

    Uma confusa notícia sobre a confusão, que bem a confirma.
    Não há história do 25A que possa deixar de destacar dois factos:
    – O imenso ridículo revolucionário
    – O crime de abandonar África à guerra e à miséria.

    Nesses dois factos se alicerça a realidade de hoje:
    – A politiquice mais choldrosa da Europa
    – A irresponsabilidade como princípio fundador da acção política.

    • Paulo Marques says:

      Eu gosto como a retórica nunca muda; a revolução era ao mesmo tempo fraca, e suficientemente forte para deitar abaixo o mais maior grande regime.

    • Paulo Franzini says:

      África só pertence aos seus e não aos europeus. O único erro em África foi adiar o inevitável e acabar a fugir a sete pés.
      Mesmo do ponto de vista militar, da política interna e da geopolítica manter presença em África para além de criminoso seria impossível.

      • JgMenos says:

        O minha besta racista!
        E a Europa não pertence aos europeus e andas a ir buscar os africanos ao mar e a dizer que têm não sei que direitos?

        • Paulo Marques says:

          Tirá-los do país deles para irem de cruzeiro ainda vá, agora ao mar? Porra, pá.

      • POIS! says:

        Não era nada impossível!

        O JgMenos combateu duramente, escondido na selva, durante mais de 20 anos! É a prova de que não há impossíveis.

        Só abandonou a luta quando lhe disseram que, afinal, a “Cuca” não tinha acabado em 1975. Aí não aguentou mais!

  3. Paulo Marques says:

    «A coisa foi pacífica, dizem muitas pessoas. Outra peta, sabemos nós.»

    O texto é uma visão válida que não vou discutir. Mas há um contexto de onde surge esta ideia, que são as guerras civis ou as baratas continuarem todas no mesmo sítio. Nós sempre limpamos alguma casa sem descambar.
    Que seja usado para dizer que foi tudo perfeito é normal, quem ganha é quem escreve a história; em nós como em países que nos são chegados, onde diria que correu pior. Só a história poderá avaliar, com a noção de quais eram os soldados e as armas disponíveis, literais e figurativas, e o que era possível e não o ideal.
    Não sei se a trincheira é um exagero; pode-os pôr nos livros com o contexto contraditório e sem estátuas nenhumas e duvido que haja grandes queixas.

    • Paulo Franzini says:

      sem dúvida que jorrou pouco sangue que jorrou no 25 de Abril. Mas as rajadas dos PIDEs mataram gente e até ao 25 de Novembro morreram mais uns quantos O
      meu foco é que não deveremos usar a ideia de que foi só paz e harmonia porque mesmo sem querer, podemos estar a esquecer algumas vítimas.
      Mas tivemos uma revolução que não se pode comparar as tragédias vividas noutros países europeus. Portugal pode-se orgulhar disso e muito por causa do sangue frio de homens como o Salgueiro Maia ou o cabo José Alves Costa, entre outros.

  4. Fernando Manuel Rodrigues says:

    É curioso… Onde anda a trupe extremo-esquerdista? Estava à espera de vê-los aqui a malhar forte e feio no autor.

    Já não se fazem agit-props como antigamente.

    • POIS! says:

      Pois o equívoco de V. Exa…

      É o de reduzir tudo a uma tal “extrema esquerda” e pensar que toda essa “extrema-esquerda” alinhou com as FP-25 em objetivos e métodos.

      Ao contrário do que propalam os agit-props da (extrema)-direita, está muito enganadinho.

    • estevesayres says:

      (…)”Só quem esteve “distraído” não compreendeu, com o desenrolar dos acontecimentos, que nunca foi intenção dos “militares de Abril” derrubar o poder, mas sim “reformá-lo. Basta ver o papel que atribuíram, logo naquela noite ao fascista Spínola. Basta perceber que não estava nas mentes dos militares do golpe, quer a libertação dos presos políticos quer a decapitação da odiada polícia política do sistema fascista, a PIDE”! Retirado do texto https://queonossosilencionaomateinocentes.blogspot. com/2021/07/otelo-e-os-tira-nodoas-da-contra.html?spref=fb&fbclid=IwAR1prQGrA2Nl3w6cls6AHFE4rW9OANRfu4MT7c8T9wbjSYk6yJUy6MmR7XI

    • Paulo Marques says:

      Aprenda a ler, sei lá. Ou tenha aulas de cidadania.

  5. estevesayres says:

    (…)”Só quem esteve “distraído” não compreendeu, com o desenrolar dos acontecimentos, que nunca foi intenção dos “militares de Abril” derrubar o poder, mas sim “reformá-lo. Basta ver o papel que atribuíram, logo naquela noite ao fascista Spínola. Basta perceber que não estava nas mentes dos militares do golpe, quer a libertação dos presos políticos quer a decapitação da odiada polícia política do sistema fascista, a PIDE”! Retirado do texto https://queonossosilencionaomateinocentes.blogspot. com/2021/07/otelo-e-os-tira-nodoas-da-contra.html?spref=fb&fbclid=IwAR1prQGrA2Nl3w6cls6AHFE4rW9OANRfu4MT7c8T9wbjSYk6yJUy6MmR7XI

  6. Jaime Neves says:

    Cada vez que morrer um dos Capitães de Abril vamos ter postas de pescada destas. Porque na realidade o que se pretende atingir não são os seus erros e crimes, mas o seu acerto: o 25 de Abril.

    • Carlos Almeida says:

      Obviamente

    • estevesayres says:

      Olhe que não…

    • Paulo Franzini says:

      falo do MLDP, dos que foram metralhados pela PIDE (peço desculpa por insistir neste pormenor). Acima de tudo, relembro o final do Rosa Casaco, coisa que – modéstia a parte – poucos fazem. A mim incomoda e muito que o Rosa Casaco tenha tido o percurso que teve depois de 74. Mas se isto me torna um saudosista, isso é lá consigo.

  7. Carlos Almeida says:

    Para a canalhada que nos anos 60 e 70 ainda não existia e do 25 de Abril só sabe o que ouviu contar, esta entrevista de Ramalho Eanes, sobre Otelo Saraiva de Carvalho, é para ouvir e reflectir.

    A gente sabe que a treta que para aqui alguns costumam debitar vai continuar e vai ser mais do mesmo, mas pensem um bocadinho sobre as palavras de Eanes, que foi adversário politico de Otelo, que não doí nada.

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