Sindicalizei-me

Mais lágrima de crocodilo, menos lágrima de crocodilo, o choradinho é quase sempre o mesmo e já lá vão quase dois séculos de choradeira. E a cada luta, a cada conquista, a ladainha do apocalipse economico-empresarial nunca se consuma. Nunca. E é também por isso que os trabalhadores nunca podem baixar a guarda. Porque no dia que o fizerem, no dia em que se desmobilizarem e permitirem que o movimento sindical comece a desvanecer, a choradeira levará a melhor. Vai daí, decidi fazer a minha parte e sindicalizar-me. Uma decisão que peca por tardia, muito tardia, mas que vem sempre a tempo. Nunca é tarde para lutar por direitos laborais e dignidade no trabalho.

Comments

  1. Tal & Qual says:

    Não diga uma coisa dessas ao Menos, ao Elvimonte e ao B

  2. Paulo Marques says:

    Mais um a lutar pelo privilégio. Não sabe que tem é que ficar quietinho e comer e calar até beneficiarmos todos? Devia era precarizar-se mais, para saber o que é a vida!

  3. Filipe Bastos says:

    Bom cartoon, Mendes, mas atenção ao puderem.

    Os sindicatos foram essenciais ao progresso social e civilizacional dos últimos 200 anos; sem eles estaríamos muito pior.

    Hoje muitos sindicatos não são bem assim, pelo menos em Portugal. Após a III Rev. Industrial e várias décadas de esmolas europeias, as justíssimas reivindicações de outrora tornaram-se, em muitos casos, clubes de privilegiados à cata de mais privilégios.

    Incontáveis trabalhadores continuam a ser explorados e abusados; mas têm sempre muito menos poder e voz do que algumas classes que passam a vida em greves e berros, representadas por parasitas profissionais como o Mário Nogueira.

    A legislação nem distingue entre grandes mamões e pequenas ou micro-empresas; os mamões continuam na prática a fazer o que querem, os pequenos são entalados por leis que protegem sempre o trabalhador, mesmo quando este tem a faca e o queijo.

  4. JgMenos says:

    Rebéu, béu…os trabalhadores e o movimento sindical.

    Fale-se ao indigente movimento sindical dos indigentes trabalhadores nacionais nos sistemas existentes na Alemanha e todos se arrepiarão.
    Era o que mais faltava, saírem da sua atitude de tadinhos.

    O patrões existem para assegurar o direito ao trabalho!
    Os senhorios existem para assegurar o direito da habitação!

    Pelo menos até chegar o socialismo, que é logo a seguir às próximas jornadas de uma qualquer esquerdalhada geringonçosa….se entretanto não acabarem as esmolas europeias e isto acabar tudo à porrada!

    • Paulo Marques says:

      Espero por si na campanha para comissões de trabalhadores nas administrações de toda as empresas nacionais.
      É que, para quem assegura tanto, a classe a que lambes as botas dizem não muitas vezes, dava jeito mantê-los honestos.

  5. antero seguro says:

    Os trabalhadores não passam de uma caterva de comunistas que que só pensam em roubar os patrões. Felizmente temos um CES dirigido agora pelo apóstolo Francisco de Assis, comandado pelo patronato, pelo PS, pela UGT e outros aldrabões, para salvar o país.

    • Paulo Marques says:

      Ufa, alguém tinha que parar a espiral de aumento de salários e preços!

  6. A atitude do João até poderia fazer sentido, mas isso depende muito do sindicato onde ele entrou. Se for uma daqueles que não passa de apêndice de partido político, então fez muito mal. Se aderiu a um, como o STOP, que veio para fazer o que ainda não foi feito e que os outros recusam fazer, então as minhas maiores saudações.

    • Paulo Marques says:

      Se fosse simples, éramos todos da IWW, mas faz-se o que se pode.

  7. luis barreiro says:

    Portugal é dos países da ocde com as leis mais rígidas e protetoras dos direitos dos trabalhadores, coitados dos países nórdicos e restante europa que têm leis bem liberais, mas para os comunas o caminho é a parede.

    • luis barreiro says:

      Algo está a mudar nenhuma escumalha esquerdista disse que era mentira o que escrevi, há uns anos isto era impossível.

      • POIS! says:

        Ai sim? Resta saber os motivos:

        Primeiro: não há dicionário barreiro-português e os tradutores não abundam;

        Segundo: não há nenhuma escumalha esquerdista;

        Terceiro: não há pachorra para Venturosos Parvecos;

    • Paulo Marques says:

      Um país onde se despedem grávidas, se contracta à jorna, e o assédio moral é normal, sim, muito difícil. E resulta bem, a emigração é um bom produto e somos cada vez mais inovadores.

  8. JgMenos says:

    A política da carneirada é a dominante do sindicalismo indígena.
    Das comissões de trabalhadores só lhes interessam as que ‘nomeiam’ e que zelem, não pelo sucesso da empresa e justa retribuição do trabalho, pelo destino que é proposto aos trabalhadores: porem no poder do Estado novos patrões, nova classe de coirões a olhar pela família e quem mais lhes sustente os tachos.

Discover more from Aventar

Subscribe now to keep reading and get access to the full archive.

Continue reading