Refugiados, neofascistas e o triunfo de Vladimir Putin

Que insistimos em nada aprender com a história, já todos sabemos. Que países como a Polónia queiram construir muros para não deixar passar os refugiados que chegam à sua fronteira provenientes do Afeganistão, depois das atrocidades de que foram alvo antes e durante a Segunda Guerra Mundial, quando milhões de polacos fugiam aos nazis e aos soviéticos e eram eles os refugiados a bater à porta das democracias europeias, é só a prova de que a ânsia de alargar a União Europeia até aos limites fronteiriços da Federação Russa, em cima do joelho e sem salvaguardas que garantissem o total respeito pela democracia, pela liberdade e pelos direitos humanos, foi um erro tremendo. Tanto trabalho para encurralar Putin para agora termos um exército de pequenos Vladimires instalados na União Europeia, não só Leste mas também a Ocidente. Que digam Le Pen e Salvini, um dos heróis do fachito que temos por cá, a quem só falta andar com uma t-shirt de Putin.

Oh, wait…

Comments

  1. JgMenos says:

    A defesa da democracia é simples: ‘acorram à Europa desgraçados de todo o mundo’, aqui têm um povo generoso sempre pronto a partilhar o que têm, indiferentes a que sigam o Corão ou a Bíblia, que sejam polígamos ou monogâmicos, grunhos ou instruídos, onde o multiculturalismo é visto como uma bênção.

    Seguem-se os esquerdalhos a argumentar que os USA e a Nato é que lhes deram a provar as liberdades democráticas e que por isso, menos do que terem que lutar por elas na sua terra ganharam o direito a virem usufruí-las no Ocidente.

    • POIS! says:

      Pois já era esperado!

      Pelo Menos, mais um comentário filho d’a Putin!

    • Paulo Marques says:

      Não, não, a defesa da democracia é simples: quem não concorda, leva com uma bomba em cima até aceitar, nem mas nem meio mas – principalmente se for para se queixar de já ter levado com várias.

  2. Filipe Bastos says:

    Estranho apelo este dos ‘líderes fortes’.

    Herança das cavernas, sem dúvida, que persistiu pela Antiguidade, pelo feudalismo e pelas ditaduras do Séc. XX, mas porque parece alastrar em vez de lentamente desaparecer?

    E não só na Rússia ou na China – desde sempre terras de carneiros, de submissão e de miséria – mas também no Ocidente ‘democrático’ do capitalismo e do individualismo?

    Será o declínio da religião, cujo deus é substituído pelo ‘líder’? A vida é demasiado assustadora sem um paizinho que tudo decide?

    Será a falência da partidocracia, e a carneirada – como se vê aqui no Aventar – é incapaz de conceber uma democracia mais directa, logo só resta um chuleco Ventura ou um mafioso Putin?

    O que leva tanta gente a ajoelhar perante alguém?

    • Paulo Marques says:

      É quase como se fosse esse o plano de andar a credibilizar realidades alternativas no ocidente para criar o caos por Bannon e cia através de dinheiro russo, como grita a tshirt.
      Mas não pode ser, são todos iguais.

  3. JgMenos says:

    O Putin é um esclarecedor exemplo:
    Quando sabe como nasceu e ao que serve a treta esquerdalha que os soviéticos impingiram ao Ocidente, ainda acaba como reduto de defesa de valores ocidentais.

    O multiculturalismo na Europa – que sempre é colonialismo se exportado – continua a ser prato essencial à ralé esquerdalha.
    O multiculturalismo é o melhor disfarce para cultura nenhuma.
    O intelectual multicultural nada tem a provar, basta-lhe o linguajar do corretês.

    • Filipe Bastos says:

      Ainda que fosse como v. diz, e o que v. diz é a cartilha direitalha que chama “treta” a qualquer tentativa de maior equidade e que de bom grado ainda teria escravatura ou trabalho infantil, isso não explica a submissão voluntária de milhões a um ‘líder’.

      Tais carneiros não têm amor-próprio? A obediência cega não os vexa nem deprime? Tamanha desigualdade, não só de dinheiro como de poder, não os faz revoltar? São assim tão tapados?

      Insisto, o que leva tanta gente a ajoelhar perante alguém? Como pode alguém contentar-se com ser súbdito ou vassalo?

      • JgMenos says:

        ‘valores ocidentais’ incluem que haja governo e governados.

        Outra matéria é saber que liberdades e que voz para os governados, e aí o Putin quer-se herdeiro da tradição que de czar passa por chefe do Politburo a uma democracia coxa.

        • POIS! says:

          Pois cá está!

          Só um enorme génio da moderna Ciência Política seria capaz de interpretar a realidade através de inovadoras ferramentas conceptuais.

          Pois todos sabemos que, lá para os Orientes não há nada de parecido com governados e governados. A coisa só aparece dos Urais para cá.

          Há até uma linha traçada azul, inaugurada por Putin, onde tabuletas avisam: se quer ser governado é favor passar esta linha. Mas não diga que a gente não avisou!

          Para os outros o aviso é: se está farto de ser governado, venha experimentar! Vai ficar de olhos em bico!

          Outro grande grande e inovador conceito é o de “democracia coxa”, assim chamada para se distinguir da “democracia paralítica” em tempos inventada por um Ocidental de nome António de Oliveira.

          Outra das caraterísticas das democracias coxas é serem chefiadas por mentirosos, para defesa do sistema. Porque mais depressa se apanha o chefe que o regime.

        • Filipe Bastos says:

          ‘valores ocidentais’ incluem que haja governo e governados.

          O POIS já ‘debunkou’ essa dos valores ocidentais, mas era mesmo à mentalidade que divide o mundo entre governo e governados que me referia.

          V. é monárquico? Sente-se súbdito de alguém, inferior a alguém? Acredita que nasceu para obedecer ou lamber o rabo a alguém? Sente-se feliz por haver quem mande em si, quem pense e decida por si?

          Não consigo entender quem assim se limita e contenta. É-me tão estranho, tão absurdo, que é como se fossem extraterrestres. O problema é serem tantos.

          • JgMenos says:

            Fico sem saber o que anda a fazer por aqui.
            Na Amazónia e noutros lugares ainda há espaço para quem não queira depender senão de si.

          • POIS! says:

            Pois responda-se a JgMenos:

            Fico sem saber o que anda a fazer por aqui.

            Na Amazónia e noutros lugares ainda há espaço para quem não queira depender senão de si (Nota 1).

            Nota 1 – evitando cruzar-se com esquerdeiros. Só lá há araras e são de direita. E piranhas salazarescas.

          • Paulo Marques says:

            Pois há, Menos, lá não tinha o povo todo a falhá-lo e a retrair o seu mérito. Pense nisso.

    • POIS! says:

      Pois estou com os olhos…

      Marejados de lágrimas!

      O arrependimento de um alto quadro do KGB, e a sua rendição aos valores direitalhos deixa-nos a todos bastante compungidos.

    • Paulo Marques says:

      Quem sabe como nasceu? Ó Menos… Tanto trabalho para eleger o fantoche bêbado para acabar com a história que deixou um vácuo gigantesco de poder ao KGB e exército, e ainda pergunta?
      Depois não admira que ainda andem aí a tentar construir nações, não aprendem nada.

  4. estevesayres says:

    Por cá temos os neofascista do “Chega”, com o apoio da maioria da comunicação social, e não só!!!

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