Nos vinte anos do 11 de Setembro, a Frontline apresenta mais um excelente documentário. O “America after 9/11” atravessa as duas décadas entre a queda das torres e a saída do Afeganistão.
Aqui podemos constatar ou relembrar como a administração W Bush, Cheney e Rumsfeld conseguiu que os EUA perdessem a solidariedade global através da sede de guerra, erros militares primários, Guantánamo e mentiras criminosas como as WMDs de Saddam. Seguiu-se Obama e uma esperança efémera após este quebrar promessas eleitorais e dar luz verde ao uso descontrolado de drones ou a trágica saída do Iraque com regresso imediato mas já sem conseguir travar o avanço do ISIS.
Outro ponto fulcral assinalado – mas sempre ignorado por vários analistas – passou pela perda de confiança na imprensa, co-responsabilizada p.e. pelas mentiras das armas de destruição maciça de Saddam.
Noutros documentários podemos também constatar as irresponsabilidades, mentiras e crimes cometidos antes, durante e depois da crise financeira que se seguiu a falência da Lehman Brothers em 2008. Uma crise que se juntou a de 2001 e que envolveu quase os mesmos responsáveis e atingiu praticamente as mesmas pessoas.
“It´s convenient to say that Donald Trum broke America. No, America was broken and so, Donald Trump became president”.
É desta forma que um dos entrevistados se refere a ascensão de Trump. A explosão de ódio nas ruas e o divisionismo é também aqui retratada da mesma forma, sem deixar de vincar as responsabilidades, mentiras e o jogo duplo de Trump em relação ao Afeganistão.
O “America after 9/11” (legendas em inglês) dura duas horas e meia e sintetiza algumas das causas que levaram ao actual estado em que se encontra aquela que foi considerada na década de noventa como “a nação indespensável”.
um outro documentário que também recomendo é este no link abaixo, da Deutsche Welle e que conta com revelações interessantes de diplomatas franceses então presentes no Afeganistão bem como a forma como os EUA ignoraram o líder da Northern Alliance. Também a ver.
https://beta.dw.com/en/9-11-the-unheeded-warning/video-59123997
Em versão mais curta, parece-me sem confirmar o longo original do post, uma visão pessoal de quem foi na cantiga, até não ir
https://edwardsnowden.substack.com/p/9-12
É verdade, mas é facto que a queda da torre 7, um edifício não atingido pelos aviões, nunca foi analisada. Porque será?
Está a dar precisamente neste momento na RTP3 (e deve estar na RTP Play).
Ainda não os vi, parecem competentes q.b., mas este tipo de documentários costuma ter dois problemas:
1) Pouco ou nada questionam da versão oficial do dia 11/9. Ou seja, perpetuam a absurda ideia de que uma dúzia de maltrapilhos com uns x-actos e umas breves aulas fizeram tudo sozinhos, para não falar em tudo de estranho ou mal explicado – implosões, aviões sem asas, os restos das torres despachados à pressa, etc.
Era porreiro sabermos antes do ano 2100 o que o governo sabia; o quanto ajudou os terroristas; e já agora se estes sequer… existiam.
2) Focam-se ou dão quase sempre importância desproporcional ao custo americano, ao sofrimento americano, à política americana, à opinião pública americana… é como ver um documentário da II Guerra só pelos olhos da Alemanha nazi.
“Invasão da Polónia e da França, tudo bem. Mas na Rússia houve muitas baixas… uma chatice. Hitler cometeu certos erros. O povo sofreu. Ah, também morreram uns quantos russos.”
Que implosões? Que falta de asas? Quer a explicação física, leia os engenheiros… surpreendem-lhe problemas de construção por não ser na província?
https://www.nist.gov/world-trade-center-investigation/study-faqs/wtc-towers-investigation
Já a política…err, a CIA, etc não é conhecida pela competência, quanto mais este século. Quando muito há o projecto do Novo Século Americano dos conservadores para uma crise que lhes desse mais poder, mas tendo em conta o quanto se tornaram irrelevantes no próprio partido nos 20 anos seguintes, mais uma vez, seria atribuir competência a mais a quem não a tem. Fora isso, o apoio inquestionável à Arábia Saudita, independentemente do que façam com o dinheiro.
Ou em versão parvoeira, https://www.youtube.com/watch?v=f7Qop_64qqk
Fará a cortesia de aceitar que já li os seus ‘engenheiros’ e outros links que o deslumbram; li tantos e há tempo que já não me lembrarei de metade deles.
O tema não é, nunca foi tão unânime como o pinta. Milhares de técnicos questionam as conclusões oficiais: há uma célebre ‘Architects & Engineers for 9/11 Truth’, muitos outros já falaram e hoje calam-se, porque ninguém quer passar por ‘conspiracy theorist’. A malta tem de comer.
Já tinha reparado que lhe agrada o negacionismo, no sentido de etiqueta pronta a colar em quem não diz exactamente o que lhe agrada. É algo estranho que a use para defender a canalha americana, sobretudo os DDT do petróleo e do armamento, mas suponho que seja a sua tara PC a falar.