Pepe Guardiola, Shakira, Rafaelle Amato (histórico padrinho da Camorra), Tony Blair, Andrej Babis (PM checo) e Abdullah II, rei da Jordânia. O que une todas estas figuras, milionárias e multimilionárias, do futebol à política, republicanos e monárquicos, músicos e barões da máfia? Neste caso é a ganância e a determinação de querer e conseguir fugir aos impostos, usando para tal esquemas rebuscados desenhados por vigaristas financeiros, com recurso a paraísos fiscais e lavagem de dinheiro.
Depois do Panamá, Bermudas, Malta e Luanda, o mais recente sucesso de bilheteira do ICIJ chega-nos de várias localizações em simultâneo, como as incorruptíveis Ilhas Virgens Britânicas e as igualmente impolutas Bahamas. Sim, as elites mundiais não se contentam com os luxos que os seus talentos, heranças ou assaltos lhes permitem usufruir. Não chega. É preciso fugir aos impostos, lavar dinheiro e aldrabar a populaça. E Portugal, como sempre, tem uma representação de peso: Manuel Pinho, icónico ex-ministro socrático, Morais Sarmento, ex-ministro de Durão e actual vice de Rui Rio, e Vitalino Canas, ex-secretário de Estado de Guterres, são os primeiros nomes a surgir em mais um escândalo internacional de trafulhice financeira.
E sim, meus amigos, isto é um subproduto do modelo económico vigente, de seu nome capitalismo. Porque o capitalismo, como outros modelos económicos, tem as suas virtudes, mas também os seus defeitos. E um deles são os paraísos fiscais e a engenharia financeira que permite vigarices como a fraude e a evasão fiscal. Que são matéria-prima da melhor qualidade para crises financeiras, para descredibilizar ainda mais a classe política, para dar gás a agenda populista da extrema-direita, e, claro, para reforçar a percepção de que elites e populaça vivem em planos distintos que não se misturam, o que não está nada longe da realidade. O que vale é que não falta malta da extrema-direita apanhada nestas tropelias, para não falar num certo escritório, para o qual trabalhou um certo político, bastante activo em esquemas relacionados com os Panama Papers. Não vou dizer o nome do político, mas posso dizer-vos que começa por “André” e termina em “Ventura”. Mas era, seguramente, evasão fiscal do bem.
A autodefesa da extorsão fiscal é um dos mais legítimos direitos do homem.
Pois é!
Mas só se for seguida da autodefesa contra a ação do Instituto Português de Oncologia e do resto do SNS em caso de cancro.
Por exemplo.
Mais um evadido. Bandido!
Pois claro, principalmente quando se é pago para isso, né contabilista Cruz? Parasitas são os outros
Tudo confiscado. Muitos não concordarão ou nunca terão pensado nisso, mas nada é mais importante. Nada.
Esta é a questão que resolve todas, ou quase todas as outras. É a que muda tudo. É a que permite criar uma verdadeira democracia, ou pelo menos uma bem melhor, mudar a política, a economia, a organização da sociedade e tudo mais que vem atrás.
Limitar a riqueza. Sim, limitar também o poder, mas as duas coisas estão sempre relacionadas. Sem limitar a riqueza será sempre impossível limitar o poder desmedido de uma minoria.
Com a possível excepção da religião, nada corrói tanto o mundo como a desigualdade. Somos doutrinados a aceitá-la; a chamar ‘inveja’ ou ‘ciúmes’ a qualquer constatação da falta de justiça ou razoabilidade de quem tanto a mais. E é tão fácil limitá-la: basta utilizar o rendimento médio, a riqueza média.
Ninguém deve ter mais do que cinco, dez, vinte vezes essa média. Ninguém é vinte vezes mais esperto, mais forte, mais rápido ou mais trabalhador que todos os outros. Tudo que é humano tem limites. Falta a riqueza. Ontem já era tarde.
E quando a riqueza está toda na mão do Estado, quem limita os fdp que tomam conta do Estado?
Não tens memória?
“Não tens memória?”
Estás a esquecer o tempo do Estado Novo
Não tens memória, nem vergonha; Salazarista
És uma besta!
Sabes nada do Estado Novo.
Toda a bandalheira começa a 25A e hoje o país está próximo de uma confederação de associações de malfeitores.
Pois não me diga!
O Venturoso Enviado vai fundar uma confederação? Será para dar resposta áquilo do Constitucional? Não será um passo muito arriscado?
Que arrojo, meu deus!
JgMenos Salazarista
“Sabes nada do Estado Novo.”
Engana-se sr Menos. Eu sei e o sr JgMenos também sabe, muito bem.
O Sr Cruz era Pide ou Legionario ?
Diz o caro Salazarista militante
“Toda a bandalheira começa a 25A ”
Claro para um adepto da ditadura, tudo o que não seja lamber as botas do “botas”, é tudo bandalheira
E em que é que os Rendeiros, Bavas, Mexias, e Salgados, outrora ídolos de Cotrins e Cruzes, limitam o poder do estado que não seja no seu próprio interesse, que inclui limitar os limites que outros queiram?
Isso e a riqueza está sempre do lado de quem a cria; se o criador da moeda, que, como sabes, não é nada pouca, foi objecto de outsourcing, é fazer as contas.
Podes ganir mas os factos mostram que os ídolos deles deles era mais o 44 e o sóares.
Pois, e V: Exa,
Pode, barreirar, urrar, bramir ou até cagar um pé todo que não consegue apagar a ternura dessa gente pelos Super Laranjões, comandados por gajos mais ou menos Durões, acompanhados ou não por azulonas aventesmas.
Como diz o Pois, são mais os Barrosos e Blairs, facilitadores para toda a obra que metem ao bolso de forma legal a contar larachas ao Zé, e a passar por toda a merda e destruição que deixaram sem serem afectados.
Agora em português por favor