“Até lá não me doa a mim a cabeça”

É trágico que perante resultados claramente insuficientes da COP26, ministros do Ambiente sejam os primeiros a dizer que enfim, está tudo nos conformes…easy going.

Já cá não estarão, quando for tarde demais…

Comments

  1. Esqueçam as metas de Paris. Mesmo que se conseguisse alcançá-las (o que estamos longe de conseguir), tal não seria nem perto do suficiente.
    Como já alguém disse, no longo prazo, a nossa esperança de vida tende para zero.

    • Paulo Marques says:

      Bem, já não há nada a fazer, mais vale comer e beber enquanto se pode. Só não se percebe é porque é que alguém há-de respeitar as regras até lá, já que nada é relevante.

      • Filipe Bastos says:

        Só não se percebe é porque é que alguém há-de respeitar as regras até lá, já que nada é relevante.

        Nada é ou jamais foi relevante; basta ver o nosso lugar no ínfimo universo conhecido para perceber isso.

        Respeitamos as regras porque não vemos alternativa, tal como as formigas fazem as suas vidinhas. É o que sabem fazer.

        Mais prosaicamente, as pessoas respeitam as regras porque o fim apocalíptico garantido pelos ambientalistas não é ainda certo. Mesmo a sê-lo, pode levar muito tempo.

        Se fosse um asteróide com data certa, como nos filmes, lá se iam as regras: revoltas, saque, lei marcial, etc. Sem isso, somos a proverbial rã dentro da água a ferver. Venha mais um shot, mais uma série no netflix, mais uma ida ao ginásio, mais uma queca, mais um filho. No fim morre-se na mesma.

        • Paulo Marques says:

          Pois, era essa a dúvida. Primeiro rejeita-se, depois o mercado resolve, depois não há nada a fazer; a resposta é sempre nunca fazer nada.
          Agora, “fim”, não é. A humanidade dificilmente não continuará, para nem falar do planeta. Se haverá condições para civilização é que é menos certo, mas, pronto, deixava de haver PS e milhares de milhões de sacrifícios valeriam a pena.

  2. luis barreiro says:

    Há pessoas que se vendem facilmente aos grandes capitalistas e aos ricos senhores do monopólio, pois os ganhos deles são bem maiores nas energias renováveis do que nas energias fosseis.

    • POIS! says:

      Pois!

      Mas veja lá que até há gajos, lá na minha terrinha, que preferem comer bacalhau a beber arsénico. Apesar de o bacalhau dar muito maiores ganhos aos grandes capitalistas!

      Não dá que pensar?

      Pois, mas lá diz o povinho: “a pensar morreu um barreiro!”.

      Diz o povinho. Lá na minha terrinha.

    • Paulo Marques says:

      What? Nas energias fósseis nem têm que gastar nada em inovação, só fazer o mesmo dos últimos 100 anos, nem que seja preciso exterminar vários países.

  3. Possivelmente nem Freud conseguiria explicar isto, mas quando vejo o ministro do ambiente penso em capachos…

  4. Elvimonte says:

    Comparando os fiéis seguidores “how dare you” com o facto dos alemães terem votado em Hitler e depois se terem maioritariamente transformado em nazis convictos, o paralelismo sociológico é evidente. Ignorantes e filhos da propaganda – uma nova conotação para f. da p. – que os leva a acreditar em mentiras, não tenho a menor dúvida que a generalidade desses fiéis, nesses tempos de escuridão, fossem nazis convictos, membros da juventude hitleriana – que usava a imagem duma adolescente loura e de tranças a fazer lembrar a Greta – carniceiros das SS e torturadores da Gestapo.

    As figuras públicas, onde incluo a camarada autora do post, até podiam ter sido Ministros da Propaganda do regime nazi, não desfazendo da arte do “grande mestre” J. Goebbels – caso não o soubéssemos terá sido graças a ele que ficámos a saber que uma mentira repetida 100 vezes se transforma em verdade. Fazem uso das mesmas técnicas e proclamam fervorosamente a mesma veracidade de todas as mentiras que publicitam.

    O documentário “Planet of the Humans” do seu ex-camarada Michael Moore, agora caído em desgraça porque deixou de
    recitar a cartilha, revela alguns pormenores (talvez ainda disponível no YT…).

    Para além dos interesses económicos envolvidos, que são muitos, poderosos e financiam a pseudo-ciência, as razões
    disto tudo continuam a ser o medo e a superioridade moral de que alguns se acham possuidores, acompanhada da culpa
    que atribuem a terceiros – precisamente os mesmos ingredientes que motivaram e ainda motivam a campanha de
    propaganda, censura e diabolização de tudo o que é dissidente durante a pandemia.

    Durante o nazismo era a superiodade moral relativamente aos judeus, esses grandes culpados de todos os males da
    Alemanha de então. Nos dias de hoje é a superiodade moral relativamente aos apodados genericamente de negacionistas, os grandes culpados dos tempos modernos, esses hereges e infiéis doutros tempos. As redes sociais, esse cancro da liberdade de pensamento cuja única virtude é terem vindo dar voz aos imbecis, secundam-nos e censuram tudo o que estiver em desacordo com o Ministério da Verdade orweliano. E o Trusted News Initiative (TNI) é hoje o Ministério da Verdade, tendo como associados as ditas redes sociais e os seus tentáculos, as maiores cadeias informativas e, qual cereja no topo do bolo, organizações ditas de verificação de factos que trabalham para as anteriores e são financiadas confirmadamente por elas e pelos interesses que as dominam.

    Ciência (de que nada sabem), realidade (que só vêem com as palas daquilo que lhes mostram), evidência empírica (que
    desconhecem), nada os demove. Nunca na vida leram um artigo científico, mas viram na televisão o pseudo-cientista rendido ao protagonismo de ocasião e vendido ao financiamento, leram nas notícias, ouviram o Manel dizer o que lhe tinha dito a Maria, que tinha ouvido o primo do cunhado da irmã da tia dizer e é tudo quanto lhes basta. Repetem à exaustão e mesmo quando colocados perante factos não acreditam e negam-nos, dando primazia à convicção.

    E, quando não os negam, acham normal que a origem do referencial das actuais alterações climáticas e do período
    quente que (ainda) atravessamos tenha sido colocada no final da Pequena Idade do Gelo, cerca de 1850, quando se
    registaram as temperaturas mais baixas dos últimos 8000 anos, em vez de ter sido colocada no Período Quente Romano
    ou no Período Quente Medieval, de cuja existência não fazem a mínima ideia.

    O poder da propaganda é enorme e é essa a razão da existência da publicidade, que de outra forma não existiria.

    PS – Camarada catequista, veja lá se o CO2 aquece:
    http://prntscr.com/12dlhbr – anomalia de temperatura medida por satélite (RSS e UAH) 1993-2016 em função da concentração de CO2

    PPS – Sobre a vaga de calor que assolou no último Verão Canadá e EUA não vou discorrer sobre ventos adiabáticos – seria uma perda de tempo. Mas no vale do Ahr, em Junho/Julho ocorreram cheias semelhantes às deste ano em 1804 e 1910, pelo menos, e deixo-lhe link de resenha histórica:
    https://www.kreis-ahrweiler.de/kvar/VT/hjb1983/hjb1983.25.htm

    PPPS – Bónus:
    http://prntscr.com/wg63ma – gráfico de temperaturas do período inter-glacial do Holoceno
    http://prntscr.com/12dlq37 – Pacific Decadal Oscilation (PDO)
    http://prntscr.com/12dlue4 – PDO correlacionada com temperatura global
    http://prntscr.com/12djmjv – irradiação solar 1500-2000, mínimos de Sporer, Maunder e Dalton
    http://prntscr.com/12dl3pj – Correlation of 14 C with Oort, Wolf, Spörer, Maunder, Dalton, and 1880-1915 Solar Minimums. Each minimum was a period of high 14 C production and each corresponded to a cold climate.
    http://prntscr.com/12djssz – actividade solar 1600-2000, 400 anos de observação de manchas solares
    http://prntscr.com/12djz3b – idem, + futuro, de acordo com modelo (Zharkova) verificado 97% correcto contra dados
    históricos

    (meu comentário originalmente publicado em https://aventar.eu/2021/08/01/o-novo-normal/#comments; adaptado)

    • POIS! says:

      Pois li com muita atenção.

      E tenho um importante, embora modesto, contributo para a confirmação das teses de V. Exa.

      Trata-se de uma afirmação do professor Rox Planker, do Blue Sky Institute da Universidade de Dexter, revelada pela cientista Cristola Reinett, investigadora na universidade filandesa de Tranglesnesegattotur segundo a qual, num encontro entre ambos, ele lhe terá dito: “Ó Cristola, feche aí essa janela que está aqui uma corrente de ar insuportável”.

      Ao que ela terá respondido: “lá na minha terra, este ano, as abetardas comeram as cerejas todas”.

      O que é que isto tem a ver com o tema? Tudo! Aposto que V. Exa. já está a acabar as citações todas e estas podem dar jeito para próximos trabalhos.

      • Paulo Marques says:

        Quer acabar com as correntes de ar? Nós, na Suécia, queremos acabar com os pobres.

        • POIS! says:

          Sim, mas enquanto não se consegue acabar com eles…

          Os pobres constipam-se. Bem, pode ser uma boa maneira de acabar com parte deles!

  5. Júlio Rolo Santos says:

    São todos uns bons pafifes porque o resultado das alterações climáticas não lhes interessa porque eles estão protegidos por um escudo invisivel, São os dólares, senhores, são os dólares a falarem-lhes aos ouvidos e irem-lhes diretamente para os bolsos.

Discover more from Aventar

Subscribe now to keep reading and get access to the full archive.

Continue reading