Revolução no mundo do futebol

Acho que estou a sonhar. No mundo alienado do futebol aconteceu ontem algo que parece inédito e fantástico:  A assembleia geral anual do poderoso FC Bayern München acabou num tumulto porque os adeptos se insurgiram contra o contrato de patrocínio com a companhia aérea do Qatar e cortaram a palavra aos dirigentes do Bayern. E porquê? Pelas violações dos direitos humanos no Qatar e pelas sérias acusações de corrupção no desporto.

Uau!!!

P.S. O vídeo pode ser visto aqui

 

Comments

  1. Paulo Marques says:

    Entretanto, em Portugal, uma equipa decide ir a jogo com 9 contra algo que não é o polvo.
    Um canto da andorinha não faz a primavera.

    • Paulo Marques says:

      Bom, deixe-me corrigir um bocado os dedos. Pensei, e tenho que lhe pedir desculpa por só me sair sarcasmo nos seus posts. Garanto-lhe que é só falta de esperança, porque aprecio o ponto de vista, e quando discordo, não é da substância.

      • Ana Moreno says:

        Viva Paulo, devo dizer que muitas vezes nem sequer o percebo :-), mas acho que já percebi que não andaremos longe; Para já partilhamos a falta de esperança; mas eu mesmo sem esperança, insisto.

  2. JgMenos says:

    A democracia activista tem larga tradição.

    Peões espalhados na sala, corais afinados, maiorias em casa…e o discurso produzido pelo ‘grupo de trabalho’.

    Quando descerem dois lugares na tabela, a maioria dar-se-á ao incómodo..

    • CHEGA, Menos! says:

      Como costuma ser normal, para ti vale tudo, até arrancar olhos.

    • POIS! says:

      Pois talvez não.

      Bem descreve V. Exa. as táticas usadas pela saudosa Legião Portuguesa nas saudosas sessões de propaganda da União Nacional.

      Que, aliás, foram amplamente replicadas no congresso da Venturosa Agremiação, este fim de semana em Viseu, mas aí com fogo de artifício (e mesmo foguetes, por parte de congressistas que abusaram da feijoada).

      Mas nem sempre tal acontece.

      Tá bem. Quando a Venturosa Agremiação descer dois lugares na tabela verificaremos a profecia.

    • Paulo Marques says:

      Activismo? Dos… sócios, que é quem manda? Ou não devia contar porque não nasceram na família certa? Ou só conta quando é a favor dos DDT?

  3. Filipe Bastos says:

    É melhor que nada, Ana, mas não nos iludamos: a carneirada da bola, em Munique e em todo o lado, continua a tolerar abusos, oligarcas, corrupção e hipocrisia a rodos.

    Basta dar-lhes uns ‘craques’, i.e. uns broncos mamões tatuados, umas vitórias e umas taças: tudo esquecido, tudo feliz, tudo bem. Isto deve ter acontecido no Bayern por ganharem tanto: já se dão ao luxo de uma partícula de consciência.

    Mas quantos países acha que vão boicotar, e quantos carneiros futeboleiros deixarão de ver, o mundial do Qatar?

    • Ana Moreno says:

      Olá Filipe, não tenho ilusões sobre isso, mas estou habituada a alegrar-me com pequenas coisas, para não ver só o buraco negro. Nunca me passou pela cabeça que isto seria possível (futebol…) e alegro-me pelo facto em si, é tudo.

      • POIS! says:

        Realmente, as claques e outras organizações de adeptos são muitas vezes instrumentalizadas por nazis e outros matizes da extrema-direita, com a conivência e apoio ativo de muitas das direções dos clubes, Mas há exeções.

        E uma das mais honrosas é o St Pauli, clube da cidade de Hamburgo, atualmente na “Bundesliga 2”, que se tornou até num fenómeno de culto, com extensão em várias partes do Mundo.

        Cito um artigo de Miguel Batista que pode ser encontrado aqui:

        https://www.tsf.pt/desporto/fc-st-pauli-um-modo-de-vida-11497622.html

        “Por exemplo, em Atenas os membros do grupo de adeptos vêem os jogos em conjunto, contudo o objetivo principal é financiar projetos sociais e apoiar pessoas em dificuldades, tais como os refugiados. Já em Glasgow, o grupo de adeptos do St. Pauli estima ter angariado mais de 10 mil libras para organizações que cuidam de crianças vulneráveis, refugiados, sem-abrigo e vítimas de violência doméstica”.

        A sede e adeptos já foram, inclusivamente, atacadas e vandalizadas por grupos de extrema-direiita.

        Isto não evitou que o St Pauli fosse apontado pelas autoridades britânicas como “extremista” por causa de umas bandeiras negras com caveiras, tipo as dos “piratas”, usadas pelos adeptos…

        Aqui ao lado, em Espanha, também há, mas mais ligadas ás causas autonomistas e independentistas.

        • Filipe Bastos says:

          Pois o St. Pauli será a excepção que confirma a regra.

          Uma regra sempre seguida em Portugal; basta ver as claques do Benfica, Porto ou Sporting. E também nisto o Porto consegue ser – cortesia do ‘macaco’ – o maior cagalhão de um penico cheio até à borda.

          Por falar nisso, já leu os posts no Aventar sobre as buscas ao Pintinho Mafioso? Ou já reparou quão frequentemente aqui se fala dele? Zero hipocrisia, né? Pode confirmar com o seu compincha / alter ego / esquerdista trufa / poeta autista Marques.

          Sobre o St. Pauli: podem ter causas meritórias, mas não parecem rejeitar a grotesca desigualdade do mundo da bola. Por esse lado também não fazem falta.

          • POIS! says:

            Tá bem.

            Boa tarde.

          • POIS! says:

            Você, ó Bastos…

            Fica sempre muito incomodado com as exceções.

            Estragam sempre uma bela narrativa que dá um trabalhão a construir. Que inconvenientes, meu deus!

          • Paulo Marques says:

            Lol.
            Nunca faltaram portistas a criticar o PdC… Já o Vieira, era Deus até a PJ descobrir o Rui Pinto.
            Ter prazer na ignorância deve ser uma droga do caralho, mas há que treinar o maoísmo.

          • Tuga says:

            Filipe Bostas

            São todos uma porcaria.

            Só eu o Bostas, é que sou bom. Diria mesmo, muito bom,

  4. luis barreiro says:

    Tanta xenofobia neste post perante os muçulmanos. racismo nunca mais.

    • POIS! says:

      Pois não acredito!

      Ó p’ró barreiro a ser irónico!!! Ei! Malta! Venham todos ver a fina ironia barreiresca!

      Ah! Ah! Ahhhhhh! Ahhhhhhh! Ai que o barreiro irónico é tão cómico! Ai que nem posso!! Ahhhhh!

  5. Luís Lavoura says:

    Mas a companhia aérea do Qatar viola os direitos humanos?

    Vejamos, o contrato de patrocínio era com a companhia aérea do Qatar e não com o Estado do Qatar. São coisas diferentes.

    O facto de no Qatar se violar os direitos humanos não significa que na companhia aérea isso também seja feito.

    Eu diria que na companhia aérea do Qatar não se pratica trabalho escravo e as condições de segurança no trabalho não devem ser muito diferentes das que há noutras companhias aéreas.

    • Paulo Marques says:

      Coisas tão diferentes, que um não é dono do outro.

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