Serviço do certificado digital covid em baixo


O acesso ao certificado digital covid através da app SNS24 não funciona há mais de 4 horas (última tentativa às 14h). Como diria Marta Temido,  precisa-se de serviços mais resilientes, especialmente quando são transformados em peças críticas da sociedade.

Adenda: situação também relatada pelo JN. Aparentemente, os problemas de acesso ocorreram também em Julho, quando o serviço foi lançado. Repetição, portanto, do cenário de amadorismo tecnológico – lembremo-nos de episódios tais como o acesso ao número de eleitor, citius e demais serviços que rebentam perante um pico de utilização.

Comments

  1. Tuga says:
  2. balio says:

    Não é amadorismo tecnológico. Nenhum sistema resiste a um pico inusitado de utilização. O problema não é um suposto amadorismo tecnológico, o problema é a mania dos portugueses de deixarem tudo para a última hora.
    Eu fui vacinado há uns meses e tirei o meu certificado sem o menor problema há três dias. Sabendo que poderia ir precisar dele, tirei-o a tempo e horas, não esperando para a última hora.

  3. Para cada erro crasso, há uma desculpa medíocre.

  4. Filipe Bastos says:

    Nisto o Marques já disse o essencial: o Estado depende de privados para coisas que deviam ser do Estado.

    O J. Cordeiro fala de AWS e Azure. Bons exemplos de mega-mamões que já mamam e têm muito mais poder do que deviam. Os lucros obscenos vão para os offshores do costume.

    São eles que o J. Cordeiro quer encher ainda mais, enquanto lhes dá acesso de mão beijada a dados pessoais, de saúde, etc. de milhões de cidadãos? É um bom caminho, e nem é novo: o Google já acede aos dados do NHS britânico… de forma certamente desinteressada, como tudo que estes mamões fazem.

    O outro lado da moeda, e deste o Marques não fala: o problema do Estado vai além das decisões pulhíticas e da falta de investimento; é também quem lá trabalha. O que o Estado faz, faz geralmente mal. Basta ver o inenarrável portal da chula DGCI.

    • j. manuel cordeiro says:

      Ignoro se o Filipe Bastos tem conhecimento técnico sobre o tema. Pelo que escreve, suspeito que não.

      “O J. Cordeiro fala de AWS e Azure. Bons exemplos de mega-mamões que já mamam e têm muito mais poder do que deviam. Os lucros obscenos vão para os offshores do costume.”

      Como todas as grandes empresas da actualidade. Abaixo BMW, Continente, EDP e todo o resto. Parece-me bem que se controle o fluxo financeiro das grandes empresas. Agora trazer esse argumento para aqui como forma de pretender que é melhor ter soluções caseiras e mal desenhadas… está bem, está. Note bem, é possível ter uma solução escalável e bem feita sem recurso à cloud. Porém é preciso saber fazê-lo e as empresas que ganham estes contratos de digitalização dos serviços deixam muito a desejar. Já para não falar que o custo da solução privada vs. cloud em nada se compara.

      “São eles que o J. Cordeiro quer encher ainda mais, enquanto lhes dá acesso de mão beijada a dados pessoais, de saúde, etc. de milhões de cidadãos? ”

      Já ouviu falar encriptação de dados ao nível do armazenamento?
      https://docs.aws.amazon.com/whitepapers/latest/introduction-aws-security/data-encryption.html

      “É um bom caminho, e nem é novo: o Google já acede aos dados do NHS britânico… de forma certamente desinteressada, como tudo que estes mamões fazem.”

      Novamente, uma coisa é ir a uma app da google (incluindo o serviço covid) ou ao google search. Outra coisa é uma app tipo SNS24, que implementa a sua política de privacidade, com encriptação end-to-end e encriptação de armazenamento.

      “O que o Estado faz, faz geralmente mal.”

      Faz mal por incompetência, a vários níveis – planeamento, cadernos de encargos, validação do trabalho prestado, etc.

      “o Estado depende de privados para coisas que deviam ser do Estado.”

      O que o Estado deveria fazer e bem é especificar correctamente o que quer. Quem implementa é secundário e não tem que ser o Estado (nem deveria ser, já agora). Apesar das soluções técnicas implementadas pelo privado, que deixam a desejar tecnicamente, o facto é que estas empresas cumprem o caderno de encargos que recebem.

      Acontece que, como referi acima, o Estado, ou seja, quem encomenda o serviço, é composto por pessoas e estas pessoas que chegam às chefias da administração pública, onde se fazem e aprovam os cadernos de encargos, vão parar a estas posições por nomeação políticas etc. Explica muita coisa. Mas não explica tudo. Porque outro facto é que na administração pública ganha-se mal, por comparação com o privado, a carreira é merdosa (é-se promovido o lambe-botas), etc. Os melhores vão para outros lados. Tudo junto, é isto. Amadorismo tecnológico, tal como escrevi no post.

      • Filipe Bastos says:

        Como todas as grandes empresas da actualidade.

        Sim, todos os mamões têm a massa em offshores. Mas muito poucos têm o poder do Google, Amazon, Facebook e afins. Esta canalha pode e manda mais que países, democracias e governos. Afectam eleições, dirigem a carneirada, compram leis e pulhíticos… se quiserem o mundo quase pára.

        A cloud não é mais que servidores e datacenters. Há anos a Seg. Social tinha um piso ali na Telvent; se quisesse podia ter Telvents inteiras. O governo chula-nos o bastante para isso.

        A encriptação poderia evitar que os mamões metessem as patas nos dados sensíveis, sim… se os pulhíticos não lhos dessem. O mais certo era a ‘segurança’ ser fornecida pelo próprio mamão, com as backdoors já preparadinhas para sacarem o que quisessem. V. fala isto fosse gente séria.

        Do Google e do NHS, creio que não entendeu: foi o próprio NHS que facultou os dados. A ideia era analisar os dados de pacientes usando “AI” para melhorar diagnósticos clínicos. É sem dúvida o futuro… mas não nas patas dos mamões.

        • POIS! says:

          Pois é!

          O pior é que tudo foi inventado por carneiros ao serviço dos mamões. Carneiros esses que, por também mamarem o que podiam, se tornaram mamões. E isso foi porque os pais também eram mamões e puseram os filhos na universidade e pagaram-lhes as pesadas propinas com dinheiro que obtiveram da mama com um só objetivo:

          que os filhos viessem a trabalhar para mamões e ganhassem uma parte da mama e que se tornassem carneiros que mantivessem os mamões.

          O que inventaram é uma maravilha seria o futuro. Só que se tornou um futuro carneiro e mamão.

          Não há maneira de parar isto que não seja:

          malhar nos mamões, nos carneiros que trabalham para os mamões, malhar nos apartamentos que compram os mamões, malhar nas Silicones Valleys que só produzem mamões, nsos gajos que deixam as backdoors mamonas para mamões e malhar nos carneiros a trabalhar para os mamões em que temos de malhar.

          Malhar! Malhar! Malhar! Ó terim tim tim malhar nos mamões!

          PS – (“post scriptum, nada de confusões) É claro que você arrisca bastante os costados, devido a uns Bastos mais zelosos e menos seletivos, mas é por uma boia causa. Tenha calma.

        • Paulo Marques says:

          A decisão do NHS foi uma decisão política de um ministro que faz o Cabrita, ou até Sócrates, parecer um menino de coro. Não confunda a árvore com a floresta.

    • j. manuel cordeiro says:

      Mais uma dica quanto à privacidade e segurança dos dados na cloud. Já ouviu falar de TISAX? Procure no Google. Azure e AWS obtiveram certificação nível 3, o mais alto.

      https://azure.microsoft.com/en-us/blog/azure-obtains-automotive-industry-s-tisax-compliance/

      https://aws.amazon.com/compliance/tisax/

    • Paulo Marques says:

      A UE tem legislação forte; se ficassem com os dados, estavam os orçamentos dos próximos anos pagos.
      Quanto ao estado funcionar mal, paguem-lhes mais (neste caso, competitivo) e contractem mais. O resto é blá blá.

      • j. manuel cordeiro says:

        Certo. E diminuir a nomeação política para assuntos técnicos também ajudaria.

      • Filipe Bastos says:

        Blá blá, como a sua conversa?

        Não contente com branquear pulhas e sucateiros, passa a vida a tocar a cassete dos funcionários públicos: são sempre, sempre poucos e mal pagos. Era contratar mais um milhão de FP, com bons salários, horário de 30 horas, 60 dias de férias e reforma aos 45 anos… acha suficiente?

        Outra: os mamões tecnológicos fazem o que querem. As multas são meras cócegas para manter aparências. Julgava que toda a gente em TI sabia disto. Pelo visto não.

        • Paulo Marques says:

          Então continue a incentivar os melhores a sair. Há-de melhorar, um dia, depois de décadas a piorar, quando já não houver mais fundo. Aí, acertará o Filipe, bem acompanhado por Passos, MST, JMT, Crato, Macedo e demais visionários.
          4% máximo do rendimento mundial não são cócegas, e multas menores têm doído. A alternativa era um departamento do estado, mas, enfim.
          Ou, claro, nada fazer, deixar de precisar de políticos, gestores, médicos, professores, computadores e por aí adiante na utopia.

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