Há purgas e purgas. E se foram por demais evidentes os ajustes de contas no aftermath das internas, reflectidos na construção das listas do partido à Assembleia da República, nem todos os opositores, desertores e/ou traidores foram tratados da mesma maneira por Rui Rio. Veja-se o exemplo de Morais Sarmento. Integrou a actual direcção desde o início, abandonou o barco após Rangel ter desafiado Rio para o duelo eleitoral, mostrou-se indisponível para voltar a integrar a direcção, recusou-se a apoiar o líder posto em xeque, colocando-o no mesmo patamar do “oportunista” que desestabilizou o partido na antecâmara das Legislativas, e agora, consumada nova vitória de Rio, não foi acossado ou alvo da vendeta do incumbente. Antes, foi premiado com a presidência do Conselho de Jurisdição Nacional do PSD.
E porquê?
Porque, como em tudo na vida, nem todos os barões são iguais. Alguns são mais iguais que outros. E porque o spin, neste caso o do Robin Hood laranja, que tira aos notáveis para dar às bases, não passa disso mesmo: propaganda.
Ressentimento por pouca grunharia representada?
Pois, por V. Exa.
Faz lá muita falta. Tem de passar a dar mais nas vistas. Se é que querem maior representação.
Nuno Morais Sarmento é um comentador habitual das Televisões. Move-se muito bem, até nos offshores.
“Não é um gajo qualquer!”
Tudo o resto que Rui Rio escreva ou diga sobre este assunto, é conversa para encher pneus.
Dos pópós? Confere!
É falso que tenha havido uma purga no PSD. Isso foi uma acusação posta a circular por alguns partidários de Rangel, mas que não tem fundamento. Naturalmente que houve muitos adeptos de Rangel que foram afastados, mas nem de longe foram todos; não houve nenhuma purga sistemática e completa.
apenas um reparo: “rescaldo” em vez do termo inglês…
Só mesmo a um básico lhe passa pela cabeça dar lugares de responsabilidade a básicos.
Montenegro nada tem de básico, sabe muito bem como usar os serviços do camarada para colocar dinheiro no Panamá.