Pedro Arroja, mandatário nacional e candidato a deputado pelo Chega, ficou famoso por insultar deputadas do Bloco de Esquerda, há uns anos, mas o episódio está longe de ser sequer a ponta do icebergue misógino deste machista assumido que se bate por uma sociedade autoritária e retrógrada, ancorada numa versão extremista do neoliberalismo, que se pode resumir da seguinte forma: privatize-se tudo e salve-se quem puder. Quem não puder que se foda.
Perante um mandatário desta envergadura moral, a juntar a todo um programa que é uma passadeira vermelha estendida à imunidade do elitismo mais radical de que há memória, estamos naquele ponto em que só um atraso cognitivo consegue justificar a crença de alguns na natureza anti-sistema do Chega. O partido de André Ventura tem tanto de anti-sistema como o PCP tem de capitalista.
A escolha de Arroja para mandatário e futuro deputado, contudo, é um acto de honestidade do Chega: a extrema-direita 2.0 faz-se de homens, preferencialmente machistas e misóginos, defende um capitalismo selvagem e predador e os interesses da elite económica, e luta por preservar o legado autocrata de figuras sinistras como Salazar, Franco ou Pinochet. É fascismo, claro está, mas o politicamente correcto impõe-nos o termo “iliberal”. Seja como for, Arroja encaixa de forma perfeita no projecto neosalazarista de André Ventura.
Quanto às mulheres, Arroja não podia ser mais claro: não devem estar nas direcções partidárias, algo que Arroja considera um “sinal de degenerescência”, até porque a “a função prioritária da mulher é cuidar dos filhos” e “só ocasionalmente trabalha fora de casa”, porque “compete ao homem auferir o rendimento que permita sustentar a família”. Em suma, a relação de sonho do homem fascista: uma mulher que é na verdade uma empregada, submissa, inferior e obediente, que fica em casa a mudar fraldas e a fazer o jantar. Sem opinião e, se possível, ignorante e analfabeta. O ideal é mesmo não abrir a boca, a menos que o homem autorize. E o mais incrível é haver mulheres a votar nisto.
«É fascismo, claro está, mas o politicamente correcto impõe-nos o termo “iliberal”. »
Fascismo é tudo o que à comunada convenha que seja, excepto o que de facto é. uma forma mais inteligente do totalitarismo que tanto encanta e mobiliza a esquerdalhada!
Pois será mesmo…
Uma “forma mais inteligente de totalitarismo”? Existirá “totalitarismo inteligente”?
Não creio.
Ma sim, será uma forma, pelo Menos, Menos burra. E ainda muito Menos salazaresca, convenhamos.
“a misoginia é uma atitude cultural de ódio às mulheres porque elas são femininas.”
O corretês esquerdalho na sua heróica luta pela igualdade de género, nada mais faz do que ignorar a feminilidade das mulheres, atribuindo-lhe o direito/ dever de se equipararem a machos.
Sempre assim fazem com tudo o que se aparente com a ‘liberdade de ser’ – logo lhe definem um cardápio de regras!
E da idiotia derivam uma qualquer ‘superioridade moral’…
Pois, mas não “espante a caça” ó Jg! Vosselência estraga tudo!
Pelo Menos a atitude típica da esquerdaria tem uma grande vantagem: o fim da reprodução entre esquerdeiros.
É verdade! Essa malta deixou de ter filhos!(*) A malta esquerdeira tornou-se toda LGBT, embora alguns nem por isso.
Quando acabarem os que agora existem, não há mais e a direitrolhada vai governar para sempre! Para sempre!!!
Deixe-os andar ou os gajos ainda mudam de ideias! Francamente, ó Menos! Julgavamos todos que V. Exa. fosse mais esperto ou, pelo Menos, Menos burro!
(*) A não ser meia-dúzia de caviares endinheirados, e por fertilização “in vitro”.
O filho, Ricardo Arroja, é dirigente da IL.
Só se estraga uma casa.
Ricardo Arroja, é dirigente da IL
Que eu saiba, não é. Não pertence nem à Comissão Executiva nem ao Conselho Nacional da IL.
Não sei se ele é membro da IL, mas tenho quase a certeza de que não é dirigente.
https://www.facebook.com/1989920374407828/posts/3723579004375281/?d=n
Não sou eu que o digo, é o CH. Mas, de facto, salvaguarda-se a hipótese de, como sempre, estarem a mentir.
Os dirigentes da Iniciativa Liberal estão aqui, com fotografia e profissão:
https://iniciativaliberal.pt/dirigentes/
Faz-me lembrar o CDS do irrevogável Portas. Era um partido de quadros, com uma militância pequenina, urbana, apesar de alguma juventude, muita dela da católica. Tudo à procura de mama. Não desmerecem os papás do PSD, CDS e até do PS.
Partidos como a IL nascem e morrem na praia. São de vida curta. O seu destino a médio prazo será a trotinete, isto se alguma vez encherem um TAXI.
uma militância pequenina, urbana
Talvez. Mas nas últimas eleições autárquicas a maior percentagem de votos da IL numa freguesia foi obtida em Longueira, no concelho de Odemira, que creio ser uma freguesia bem rural. E a maior percentagem de votos num concelho foi obtida em São Vicente, na costa Norte da ilha da Madeira, que também é, creio, assaz rural. Quem diria, hem?
uma militância pequenina, urbana
Essa faz-me lembrar uma tirada de Eduardo Pitta (um pró-PS) que, após as eleições legislativas de 2019, classificou a IL como “um partido do Norte (eixo Porto-Braga)”. Isto no preciso momento em que a IL tinha acabado de receber as suas melhores votações em Lisboa e concelhos limítrofes, com votações duas vezes superiores, em percentagem, às que obteve nos concelhos do Porto e de Braga.
Há gente que olha para o seu umbigo em vez de olhar para os números…
Pois estive lá e assisti a alguns episódios desta primeira temporada. Sempre sai mais barato que o Netflix.
Entra o gestor, fala com o consultor, que telefona ao advogado, que vem de um almoço com o professor universitário, que vinha acompanhado de um consultor e um “marketeer”, que andava com uma “banking specialist” que era casada com um consultor de RH, que também era professor universitário de Gestão e dava aulas de mestrado a especialistas em empreendedorismo para se tornarem consultores.
Alto! Entrou um “projetos de investimento”! E acompanhado de um “produção agropecuária”! E vinham todos de casa de de um “perito avaliador imobiliário”. Que mais irá acontecer???
Bem, chegaram a um bar onde foram abordados por um consultor, acompanhado de uma advogada e de um “gestor de costumer service center”. Juntaram-se então dois médicos, três gestores, duas consultoras e uma jurista e entraram todos para um quarto.
Que mais irá acontecer????
Bem, saíram passados cinco minutos e juntaram-se a um gestor, duas consultoras, três professores universitários e quatro gestoras de RH. e voltaram todos para o quarto.
Que mais irá acontecer??? Será que uma gestora de marketing vai ficar grávida de um “operational controller”?
Vejam vocês, que eu não aguentro mais! Fico muito nervoso com tanta ação!
De qualquer forma, Ricardo Arroja já foi candidato a euro-deputado pela IL.
Pois foi mas, se bem se lembra – e eu julgo lembrar-me – foi-o como independente. Ou seja, ele nessa época (atualmente não sei) nem sequer membro da IL era.
Critique-se o burgesso do Arroja por muitas e variadas razões, agora se há coisa que o homem é, é “anti-sistema” (como atesta a porrada de processos judiciais que já levou do “sistema”). Ele não é é “anti-sistema” no sentido em que o autor do post gostava que ele fosse, o que é diferente.
“Anti-sistema”? Será que queria dizer “antissemita”?
Sim, para os liberais o sistema do século XIX é que era.
Vá lá, não disse anti-corrupção:
«Mas é precisamente a pensar nos pobres que eu punha a questão da transacção do voto. Se uma pessoa tem direito a um voto mas não quer usá-lo, tem de o deitar fora. Noutro sistema, poderá vendê-lo a alguém que queira votar várias vezes. Já viu quantos pobrezinhos ficavam beneficiados?»
Os neoliberais com tiques fascistas nunca sair de cá…
Pelo menos é o homem certo no partido certo… assim juntam-se todos os grunhos misóginos num só partido.
Após ler o post do POIS, lá fui ver o link do balio:
https://iniciativaliberal.pt/dirigentes/
Porra. É o estereótipo chapado do clube neoliberoca: gestores, consultores, empreeendedores, advogados, marketeers, ‘business intelligence managers’, ‘strategy managers’, ‘banking specialists’.
Pelo meio alguns professores (universitários, claro), médicos e engenheiros: é a máxima concessão à classe ‘operária’.
Gosto especialmente das poses de braços cruzados, assim meio de lado, mesmo à profissional-de-sucesso do Linkedin. Por outro lado, lá arranjaram umas mulheres, mas esqueceram-se do obrigatório negro a provar que nós-não-somos-racistas.
Cá voltamos à questão de fundo: a vida corre bem a esta gente, ou pelo menos eles esforçam-se para mostrar que sim. Então dizem: “sejam como nós!”, como se isso fosse possível – como se fosse possível um país inteiro de ‘gestores’, consultores e chulecos.
Sabem quem encaixava nesta malta? O Fernando Moreira de Sá.
Mas…
Será que se descobre finalmente que a “strategy manager” e o “banking specialist” são gémeos autênticos, separados á nascença?
E que o “specialist compliance oficer” e a “gestora TI” fizeram um menino que saiu tão inteligente que, aos dois anos, já recita “O Caminho Para a Servidão” de cor e é CEO de uma “start up” que desenvolve biberões “high tech”?
Estas coisas deixam-me tão nervoso! Por favor conte-me o que se passa. Tenho medo de lá voltar porque arrisco a ficar viciado.
Porque se Arroja o Pedro? Na RTP a cantilena salazarista é um nojo. Querem ditadores? Isso foi chão que deu uvas. O Liberalismo está falido.
Esta malta está a entrar em desespero.
O Chega prepara-se para conseguir cerca de 15 deputados, o que quer dizer que uma boa dúzia de inúteis do BE e PCP vão borda fora e esperemos também do PS. Os pobres em Portugal ficarão assim sem uma dúzia de patronos que tudo fazem para criar mais pobres para terem quem vote neles. Somos o pais mais atrasado da Europa, exceptuando talvez a Roménia ( por enquanto). Ou seja o chega ao começar a aniquilar estes deputados comunas , está a criar as condições para Portugal comece a desenvolver-se como todos os outros países europeus.
Bendito seja o Chega que vai iniciar a erradicação da pobreza no pais.
Joana Quelhas
Sem dúvida, Joana: os 15 deputedos do Chega farão de Portugal a nova Noruega. Ou Lituânia. Ou Uganda. Algo assim.
E a culpa do atraso não é do Centrão, que governa há 40 e tal anos e onde o seu Ventura quer mamar; claro que não. A culpa é toda dos comunas que jamais governaram.
O melhor ainda é a “erradicação da pobreza”… vinda de um chuleco que vive de bitaites futeboleiros e de ajudar mamões a fugir aos impostos. Erradicar pobreza é com ele.
A dúvida é se vão aparecer no parlamento, se vão a comissões de inquérito, se vão acertar nas mudanças de voto à última hora, ou se é desta que conseguem fazer alguma coisa e, ao menos, aprovar uma lei.
Que votarão contra qualquer lei a favor de quem trabalha, e que nada farão para a corrupção já é óbvio; basta ver quem lhes paga.
O Aventar está bem servido, é só gente a refogar com molho de tomate. Quando um dia descobrirem que estão a trabalhar para os comunistas suicidam-se de desespero. Para muitos já está a acontecer, até a rede taxis de Londres e o aeroporto Heathrow. Esta gente não sabe que a luta continua e que são as condições materiais de existência que geram a consciência e não a religião católica e as Universidades bem perfumadas. Agora vive-se bem na Europa porque a Alemanha paga bem às classes médias para prestarem serviços inúteis. Assim preparam a guerra que já vai bastante avançada, só que a infra estrutura vacila cada vez mais e a qualquer momento deixa de lhes obedecer.