Tavares VS Ventura: atropelamento sem fuga

A forma como Rui Tavares destruiu André Ventura no debate de ontem foi épica. Acusou-o, com substância, de ser do sistema que diz combater, expôs o vazio que é o programa do CH, esfregou-lhe Luís Filipe Vieira na cara a propósito do RSI, enumerou os financiadores e membros do CH ligados à banca, à evasão fiscal e a outros esquemas do verdadeiro sistema, e ainda puxou de Calouste Gulbenkian, a propósito dos passaportes humanitários. E tudo isto com serenidade e segurança, sem nunca se deixar irritar pela lama que o pequeno Ventura lhe tentava arremessar. Uma tareão à moda antiga. E Ventura, nervoso é visivelmente irritado, nunca se levantou. Não recebeu réplica às provocações demagógicas, soltou uns Sócrates e Salgados desesperados e de nada lhe valeram as interrupções constantes. Foi dizimado. E foi bonito de ser ver.

Comments

  1. JgMenos says:

    «Acusou-o, com substância, de ser do sistema que diz combater…»

    Era o que faltava que não fosse do sistema, que é capitalista e em que a liberdade individual está na lei.

    Era o que faltava que não combatesse a esquerdalhada que está a parasitar o sistema e a querer destruí-lo, porque se dizem igualitários (carneirada comuna) e só falam em direitos e não em deveres (chulice esquerdalha).

    Uma boa análise desse comuna meio envergonhado de nome Tavares,

    • Tuga says:

      Contabilista Menor

      “comuna meio envergonhado”

      Já tu, és um Salazarento desavergonhado

    • Melga says:

      .l.

    • Paulo Marques says:

      Isso, Menos, isso. Vá repetindo muitas vezes até as pessoas perceberem: a única alternativa ao capitalismo como vê o Coisinho é o comunismo.

      • JgMenos says:

        Se o comunismo tivesse valores éticos, ambientais e de liberdades, e não é essa treta igualitária para embalar imbecis, com uma estrutura visceral de pastores e rebanho, até que não me incomodaria tanto a ideia.

        • Paulo Marques says:

          Devias pegar num livro; Marx pode não ter definido o modelo comunista, mas exaltou que tudo isso era importante. Bem como a igualdade de oportunidades, não de resultados – o “Contribuirá de acordo com as suas possibilidades e receberá de acordo com as suas necessidades” não quer dizer o que te vendem e que os bolcheviques deturparam.

          • Filipe Bastos says:

            Certo, desde que a diferença de resultados não seja excessiva. É pegar na média e definir limites.

          • JgMenos says:

            “Contribuirá de acordo com as suas possibilidades e receberá de acordo com as suas necessidades”

            E quem define as necessidades?
            E onde a relação dar/ receber?
            Treta que, mais que tudo, serve para atrair quem se desobriga de dar e sempre quer receber…
            No final, é o que se viu, vê e sempre verá com ideologias para ‘homem novo’.

            E quanto a possibilidades?
            Quem as avalia e como é que isso casa com a igualdade de oportunidades?
            Treta para que se promova a mediocridade.

          • POIS! says:

            Pois pois, ó Menos!

            A resposta é simples: não sabemos, mas damos o benefício da dúvida.

            Ou isso só vale para o Venturoso enviado e respetiva Agremiação?

          • Paulo Marques says:

            Definido por todos, Menos, por todos, no dia a dia.
            Mediocridade é aceitar que há pessoas que sabem melhor, ou até alguma coisa, por causa do nome de família. Ou que as pessoas não se cheguem à frente porque não o têm.

        • POIS! says:

          Pois pois!

          Até porque assim Vosselência teria finalmente acesso a um pastor.

          Está-lhe a fazer muita falta. Isto de fazer o almoço dá muito trabalho e o microondas está todo rebentado.

  2. JgMenos says:

    Ó Marques vê se tratas desse teu problema que leva a refugiares-te num ‘todo’ quando sabes que sempre estás só no mundo.
    Não há todo que te valha.

    • POIS! says:

      Pois é! Já a V. Exa…

      Só lhe vale mesmo um todo! Não faz por Menos!

    • Paulo Marques says:

      Manda-me o número do lobotomista que te cortou a empatia e penso nisso.

  3. Filipe Bastos says:

    Perante tanto entusiasmo do Mendes, até fui ver o raio do debate.

    O Tavares disse umas verdades ao pulha Ventura; mas nada que lhe fizesse muita mossa. É demasiado delicodoce e, pior, tem o rabo preso: é um chuleco que mama na teta da pulhítica e pactua com o Partido Sucateiro. O Ventura constatou isso; é um alvo fácil.

    Precisamos de alternativas reais, não de pulhas e chulecos. Alguém que chame os bois pelo nome, como o Paulo Morais, que vá mais longe: que deixe cadeiras vazias no Paralamento, que malhe na canalha, que imponha uma democracia mais directa.

  4. O que interessa é que o Rui desfez o desventuras em toda a linha, coisa que o palerma do Rio tb poderia ter feito, se não se deixasse ir atrás da estratégia da cassette cheganças. Não é difícil, basta estar focado e não dar abébias à desgraça. E se o Menos é assim tão liberalóide como proclama, pode emigrar para os States onde a saúde é privatizada, a educação idem em grande parte, e os fabricantes de armas as vendem aos putos para vincar a liberdade de negócio.

    • JgMenos says:

      E o Tavares explicou porquè, com tanto e tão bom serviço público de educação os jovens não encontram emprego, nem casa, nem família própria.

      • POIS! says:

        Pois é!

        Ao contrário dos saudosos anos 60 em que tínhamos uma educação tão boa, tão boa, tão boa que garantia a todos os varões portugueses quatro aninhos de trabalho a orientar safaris lá nas áfricas, enquanto as damas ficavam por cá a divertir-se a amadrinhar.

        Depois do regresso as oportunidades eram tantas, tantas, tantas, que muitos resolviam primeiro ir dar umas voltas pela Europa em turismo, a ver a torre Eiffel e tal.

        Por serem muito mal agradecidos, a maioria costumava até ficar por lá!

        Que saudades, meu deus!

        “Minhas Botas velhas, cardadas
        Palmilhando léguas sem fim.
        Quanto mais velhinhasistragadas,
        Tanto mais vigor sinto em mim!”

      • Paulo Marques says:

        Não, mas explicou a direita toda: o capital é muito inseguro, e ainda não se sente confiante nas suas poupanças em offshores para criar mais emprego para preguiçosos.
        Como é que os preguiçosos emigram e são elogiados é coisa que não explicam, ou onde andam os clientes para tão pouco valor acrescentado, mas qualquer dia.

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