Pequeno resumo da repetição das eleições no círculo da Europa

O PS tem mais do dobro dos votos do PSD.

  • O PS tem mais do dobro dos votos do PSD e fica com os dois deputados;
  • O PSD está mais próximo do CH que do PS e perde o deputado que tinha.
  • O CH, que não gosta de emigrantes é o que mais cresce entre os emigrantes;
  • O BE regista um desastre em linha com o desastre a nível nacional;
  • PAN completa o pódio dos desastres
  • IL ganha mais ou menos os mesmo que o PCP perde, revelando uma notória transição do comunismo para o neoliberalismo;
  • O Livre cresce poucochinho;
  • O CDS ficou fora do ecrã, o que diz tudo o que precisamos de saber sobre o resultado;
  • O MRPP tem 522 votos! São 522 emigrantes prontos para matar os traidores. Nem o CH tem tantos.

Comments

  1. Seguindo o mesmo raciocínio abjecto, os cheganços têm 7.000 emigrantes prontos para matar os traidores, mas claro que isso nada incomoda o João. porque será????

  2. Rui Naldinho says:

    Só merecem este regulado, depois da chicana política que fizeram com os emigrantes.
    Os 7000 eleitores do Chega, quase tudo gente vinda do PSD e CDS, são um conjunto significativo de idiotas, a maioria delas pessoas pobres, sem grande escolaridade, outros frustrados com a vida, cá há muitos mais dispostos a acreditar que o Chega é um partido diferente dos restantes. Mas o pior é acreditarem que com eles num governo, a sua vida vai melhorar.
    Quanto mais o Chega cresce, mais o PSD desce.
    Mas vai ser esse mesmo crescimento que acabará por os tornar um monumental embuste, quando as múltiplas contradições vierem só de cima.
    Já o PSD caminha para se tornar uma formação política irrelevante. É que se não tiver um peso político acima dos 30%, a ter que fazer uma coligação com o Chega, tendo este partido 15% dos votos, os sociais democratas ficam reféns em definitivo da agenda do partido de Ventura

    • Paulo Marques says:

      Merece o PSD, e merecia o PS, por terem deixado andar a reforma do voto no estrangeiro.
      Já quanto ao primeiro, tem boa solução, como se vê pela Europa fora. Boa solução para eles, bem entendido; também se vê pela Europa, e não só, que não soluciona coisa nenhuma.

  3. Não é tudo mau: concordando que os “7000 eleitores do Chega” “são um conjunto significativo de idiotas, a maioria delas pessoas pobres, sem grande escolaridade, outros frustrados com a vida […] dispostos a acreditar que o Chega é um partido diferente dos restantes [e] acreditarem que com eles num governo, a sua vida vai melhorar”, registo que, ao menos, são mais que os 5500 eleitores do PCP, BE e Livre, outro “conjunto significativo de idiotas, a maioria delas pessoas pobres, sem grande escolaridade, outros frustrados com a vida […] dispostos a acreditar que [votam num] partido diferente dos restantes [e] acreditarem que com eles num governo, a sua vida vai melhorar”

    • Rui Naldinho says:

      O que eu escrevi foi isto:
      “Os 7000 eleitores do Chega, quase tudo gente vinda do PSD e CDS, são um conjunto significativo de idiotas, a maioria delas pessoas pobres, sem grande escolaridade, outros frustrados com a vida, cá há muitos mais dispostos a acreditar que o Chega é um partido diferente dos restantes.”
      Você truncou o meu texto, e escreveu o que lhe apeteceu. É livre de o fazer. Escusava é ter omitido a sigla PSD e o CDS, que já estava escrito, como se sentisse alguma dor afectiva.
      De qualquer forma, comparar o PCP, quanto mais não seja pela a sua luta contra o fascismo, com um Chega, só mesmo para um néscio.
      Mas você é livre para continuar a debitar disparates.

      • Paulo Marques says:

        E não esquecer a completa falsidade de, pelo menos, a maioria dos eleitores do BE serem pobres e sem grande escolaridade, quando o problema do partido é precisamente o contrário.
        Todo um tratado ideológico naquele ressabiamento.

        • Rui Naldinho says:

          Estes gajos andam ressabiados desde 2015.
          Agora com as eleições legislativas, com uma maioria absoluta do PS, cujo corolário foi esta repetição da ida às urnas pela 2ª vez, no círculo da Europa, com o PS a ganhar 2 deputados e o PSD a perder o único que tinha ganho anteriormente, devem ter ficado algo incomodados.
          Encheram-se de razões, fizeram campanha, convencidos que os emigrantes lhes retribuiriam com o voto.
          O resultado está à vista.

        • Há aí um equívoco. Os eleitores do BE e do Livre (e os seus quadros, com raras e ilustres excepções) não têm grande escolaridade, têm MUITA escolaridade, no sentido em que passaram muito tempo na escola, e muitos deles por lá acampam, sem ter mais nada que fazer, senão dar graxa ao coordenador e produzir “papers” que nem para o nobre propósito do papel Renova servem, enquanto vivem à custa do pais (ou do país, ou de ambos). Não é GRANDE escolaridade, porque, se tivessem estudado a valer e lido livros a sério (para lá de não serem do BE e do Livre), não tinham ido para cursos com média de entrada de 9,5, e cuja únicas perspectivas de futuro são a teta do Estado, ou na falta disso, o call center e o tuk-tuk (porque para dar ao pedal estão cá os imigrantes). Já os emigrantes fizeram muitíssimo bem: votaram em quem já tinha ganho. Há lá coisa mais portuguesa do que isso?

          • Rui Naldinho says:

            “Já os emigrantes fizeram muitíssimo bem: votaram em quem já tinha ganho. Há lá coisa mais portuguesa do que isso?”

            Você podia ser mais original, nesse precioso raciocínio. Já ouvi isso à Isabel Meireles.
            “Os portugueses é que se enganaram!”

          • Paulo Marques says:

            Mais valia dizer que são todos burros incapazes de aprender economês, direito ou, se tiver mesmo que ser, Javascript, as únicas coisas coisas relevantes para o mundo, e toda a gente percebia a burrice.
            Errada na mesma, claro.

  4. Rui Naldinho says:

    Resultado e não regulado, como por lapso foi escrito.

  5. Teresa Palmira Hoffbauer says:

    Quase ri do meu voto ao ler a análise do João Mendes.

    Sou uma mulher muitíssimo calma, todavia, não perdoo a “chicana política que fizeram com os emigrantes”, sejam eles “pobres, sem grande escolaridade, frustrados com a vida”.
    Não somos portugueses de segunda classe e pagamos os nossos impostos como qualquer outro português.

    Não votei, nem no PS, nem no PSD — e claro está que NUNCA votaria no Chega.

    • Rui Naldinho says:

      O voto de qualquer cidadão, mesmo o de um toxicodependente que viva do RSI, é tão legítimo como o de um político, um cientista ou um empresário. Mesmo não pagando impostos, mesmo vivendo dos recursos disponibilizadas pelos impostos dos outros, não conheço em democracia outra forma de cidadania. Cada personalidade um voto, pessoal e intransmissível.
      Agora fazer analogias entre um partido com cinco anos de vida, que não é mais do que uma excrescência do PSD, com um partido, mesmo que a definhar, com mais de 100 anos de vida, parece-me quase patético.
      Podemos criticar o PCP por muitas das posições que toma, até por um certo dogmatismo, mas ainda assim os comunistas lutaram contra o fascismo. Têm uma história de vida para apresentar.

      • Teresa Palmira Hoffbauer says:

        Um amigo virtual disse-me que não concorda que os emigrantes votem, a não ser que paguem impostos em Portugal 🇵🇹 Concordo absolutamente com o Rui quando escreve que todos os votos são legítimos. Como também concordo com a sua posição quanto às analogias sem qualquer fundamento. Afastei-me do Partido Comunista Português, embora na minha juventude o meu ídolo tenha sido o Álvaro Cunhal.

        • Se for pelo imposto de mais-valias, então deviam ter direito a voto duplo. As mais-valias dos residentes (que
          o fisco exige de oligarcas como eu, que vendem o T1 de solteiro por mais do que pagaram por ele há 15 anos) são calculadas sobre 50% da diferença; as dos não-residentes (incluindo os emigrantes) são tributadas sobre a totalidade (os tribunais já disseram que isso é ilegal, mas o fisco está tão ralado com a lei como aqueles deputados que decidiram contar os votos sem cartão de cidadão).

        • Paulo Marques says:

          São 4 deputados, acho que o país aguenta com tal representatividade.

  6. estevesayres says:

    “O MRPP tem 522 votos! São 522 emigrantes prontos para matar os traidores. Nem o CH tem tantos”. Respondendo a esta provocação, somos poucos mas bom!!!

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