“Vladimir Putin terá de ser julgado por crimes de guerra, é inequívoco. Mas se quisermos fazer uma análise independente, realmente independente, então teremos de dizer que também George W. Bush terá de ser julgado por crimes de guerra, Tony Blair, etc, por causa da guerra no Iraque… e até em Portugal haverá quem possa ser julgado, por colaboração com os EUA.”
Anabela Alves, especialista em Direito Internacional, foi a primeira advogada a participar em julgamentos de crime de guerra no TPI, em entrevista ao Jornal de Notícias.
Pois é… O Diabo está nos detalhes.
Vou gostar de ver o Putin sentado ao lado do Bush e do Blair 😉
Sem esquecer o Cherne, que tem andado a “botar faladura” acerca deste assunto ultimamente…
Sou neutral como a Suíça 🇨🇭 todavia concordo absolutamente com a análise política do João L. Maio, assim como os comentários do Fernando Manuel Rodrigues,
A ideia peregrina de que alguns destes ilustres sacanas, antigos chefes de estado ou primeiros ministros, de países que fazem parte do Conselho de Segurança da ONU, membros permanentes, ou se quiserem, as grandes potências, alguma vez sentarão o cu no banco dos réus, faz parte do domínio da ficção científica. Ou então, a acontecer esse desfecho, estaríamos, aí sim, perante o “fim da História”. Se é que essa abordagem faz algum sentido. Estaríamos à posteriori sob o domínio inequívoco do direito internacional, coisa essa criada só e apenas para regular a conduta dos mais fracos. Os mais fortes estão acima da lei. Uma espécie de divindades.
Se olharmos bem para a geo política, no caso da guerra da Ucrânia, ambas as partes neste conflito militar têm partidários, cada um esgrimindo argumentos vários para defenderem a sua narrativa, não se inibindo de recorrer à manipulação, encenação e reiteradas mentiras. Vale tudo.
Por cá, na política interna também temos o mesmo padrão de comportamento. PS e PSD já governam Portugal há quase meio século. Têm ambos um histórico de corrupção na gestão da coisa pública, compadrio, tráfico de influências, …
A preocupação de cada um deles como instituição político partidária, bem como a dos aficionados arregimentados para cada um dos lados, é julgarem os crimes do adversário, ocultando ou branqueando os seus. Ou seja, a boa ou má corrupção, como se isto existisse, tal como nas guerras, a boa ou má conduta militar no combate, depende sempre da posição afectiva do avaliador, na contenda.
Entretanto, penso que o Rui Naldinho é também neutral como a Suíça 🇨🇭 ou pelo menos, as suas conclusões políticas não pragmáticas sem sombras de ideologias turbas.
„são“ em vez de „não „
Teresa, neutral como a Suíça nunca serei.
Aliás aquilo que explica a minha posição contra esta guerra é a imensa hipocrisia que gravita à volta dela.