A escolha fácil entre Macron e Marine Le Putin

A vitória de Macron era expectável, mas não estávamos livres de uma desagradável surpresa. Felizmente, a extrema-direita fez aquilo que sabe fazer melhor: não passar. E não passou.

Se Macron seria o meu candidato, fosse eu francês? Seguramente que não.
Se eu votaria nele na segunda volta?
Sem pestanejar.
Quando as escolhas são todas más, opta-se sempre pelo mal menor. E Macron, na pior das hipóteses, era o mal menor. Infinitamente menor que a emissária de Putin no centro da Europa.

No Kremlin, as garrafas de champanhe voltaram para o frigorífico. Havia esperança, proporcional ao medo do lado de cá, mas Putin acabou por ser o grande derrotado da noite. Putin, Salvini, Orbán, Farage, Gauland, Wilders, Abascal, o coiso e todos os novos fascistas que sonham com uma Europa dividida, à mercê do Kremlin. Como diria o grande Diego Armando Maradona, “que la chupen y sigan chupando”.

P.S: Para aqueles que continuam a normalizar o CH, a começar pelo PSD de Rui Rio, notem que Ventura e Putin estiveram no mesmo coro de apoio a Le Pen. Porque, no fundo, jogam todos na mesma equipa, diga o CH o que disser no Parlamento. Querem sentir o pulso à extrema-direita portuguesa? Ide ler a carta de amor de Maria Vieira ao regime russo.

Comments

  1. Rui Naldinho says:

    Como sempre afirmei aqui no Aventar, a maioria das vezes que votamos, não o fazemos por convicção nas ideias e princípios de alguém que nos merece absoluta confiança, mas sim por rejeição de um outro alguém que achamos perigoso e/ou medíocre, tanto nas ideias como na prática.
    Também eu votaria em Macron sem pestanejar. Apesar de eu o achar um político mediano, para ser simpático. Eu até arriscaria dizer que a um flop chamado Hollande, trocá-mo-lo por outro flop chamado Macron.

    • Foi como pediu o Cunhal para votarem no Soares e evitar que o Freitas fosse eleito: tapa-se a cara com a mão esquerda e vota-se nele com a direita.

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