Álvaro Covões cospe no prato onde come

Isto é extraordinário. Um empresário que tem nos festivais de Verão a sua maior fonte de rendimento, a afirmar que “ninguém quer turismo de mochila”, é anedótico. Isso e a total falta de noção sobre o que é o turismo, como se o turista de mochila fosse necessariamente pobre. Como se o miúdo que juntou uns trocos para vir a Portugal fazer uma road trip com passagem no NOS Alive não fosse o adulto que no futuro poderá cá voltar com mais recursos. Álvaro Covões acha que o país deve ter uma estratégia, mas, a julgar pela eloquência, deve ser de curto prazo. Haja coragem, porque noção não tem nenhuma.

Comments

  1. Joana Quelhas says:

    O empresário tem todo o direito a querer qualquer tipo de turismo que lhe agrade mais.
    O que me preocupa é que ele diga ou fale por “nós”, como se ele representasse alguém mais que ele próprio.
    Isto não seria grave mas é a mesma ladainha com contornos diferentes com que o BE e capangas tentam acabar com o AL e o AirBnB.
    Ou seja arranja-se uma estória qualquer que meta pobrezinhos, impostos, gentrificação e consegue-se o que os grandes empresários hoteleiros pretendem, escassez de oferta para praticarem preços proibitivos ás classes mais baixas. Mas claro isso é bom para o Planeta , temos que poluir pouco e esse pouco está reservado para a aristocracia moderna…bla bla bla…

    Joana Quelhas

    • Paulo Marques says:

      Portanto, com AL em cada casa acaba-se a escassez de habitação. Uh huh.

    • POIS! says:

      Pois não poderia estar mais de acordo, ó Quwelasss!

      Mas não com tudo. Na realidade, só com as últimas três palavras.

      E com as reticências.

      Reticências antes e depois! Colossal! Que génio genial!

      Agora pode voltar para a banca, que já chegaram dois cabazes de sardos! Há muita tripa para amanhar!

      A lota continua!

  2. Paulo Marques says:

    Calma, é só para o que conta, levar o carrinho à porta da loja. Com os AirBNB ou os pastéis de sardinha ou as peregrinações ou as bugigangas de cortiça já não há problema nenhum.
    Nunca fui, mas Amesterdão deve estar vazia.

  3. João L Maio says:

    Para provar que o Álvaro Covões está errado, hoje vou à Louis Vuitton de metro. Ele não disse que tínhamos de comprar alguma coisa, por isso vou só passear.

  4. luis barreiro says:

    fosga-se já é o 2 artigo em 15 dias do JM que concordo, é o fim do mundo próximo.

    • João Mendes says:

      eu, no seu lugar, marcava já uma consulta no médico. pode ser grave!

    • POIS! says:

      Pois o fim do mundo…

      Não direi. Mas o fim do barreiro…do barreiro próximo, é capaz de estar próximo (perdoe-me o pleonastico pleonasmo).

      E cá para mim não se perdia nada. Era da maneira que a Baixa da Banheira ficava cheia e a Arrentela passava a ter praia na frente e nas costas.

      Depois desse chegará a vez de Vosselência. É o próximo barreiro com fim do barreiro próximo.

      • luis barreiro says:

        Ó poio passas mais tempo no aventar do que com a tua mulher, ganha vida em vez de excrescências temporais.

        • POIS! says:

          Pois, ó cavalgadura…

          Vai lá ter com o teu barrasco e não te metas na vida dos outros.

          O gajo anda triste desde que o trocaste por um fuzileiro tetcheno. Foi uma traição inqualificável!

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