Continua a porcaria do experimentalismo

O que se tem feito na Educação desde que começou o experimentalismo anual nos tempos da PGA é deveras execrável.

São mais de 30 anos sem rumo, pois é disso que trata quando as mudanças são anuais, ou quase, e sempre realizadas de um momento para o outro, quantas vezes até no próprio ano lectivo.

Esta é apenas mais uma, saída da cabeça de alguma luminária que acabou de descobrir a pólvora.

O rei morreu. Viva o rei.

Comments

  1. Paulo Marques says:

    Vamos criar unicórnios nem que seja à força, caralho!

  2. JgMenos says:

    A boyada atrás de secretárias e sem ter nada que fazer… se não inventa nem se dá por eles, o que só serve a alguns.

  3. Fazendo de advogado do diabo, eu concordo que os miúdos aprendam programação. Ajuda a pensar nos problemas, a obter informação para resolver o problema, a definir uma estratégia e a implementa-la num programa, e a testar a estratégia desenvolvida e corrigir os erros que eventualmente foram cometidos. Acreditem, parece chato e choné, mas desenvolve capacidades fundamentais. Contribui também para aumentar a literacia em tecnologias da informação em Portugal que está em níveis merdosos, e que passo a vida ouvir serem fundamentais para o futuro, mas depois fazem estes posts, este país além de probrezinho e honaradinho é bipolar! 1000 % a favor

    • Paulo Marques says:

      Não o conseguem fazer com a matemática em si, muito mais simples para cumprir esses objectivos, e acha que é com abstracções ainda maiores (pelo menos para fazer algo de útil), e com mais entraves, que se vai lá?
      Boa sorte com isso.

      • j. manuel cordeiro says:

        O cavalheiro preocupado não deve ter reparado que já há uma coisa chamada TIC onde supostamente se aprendem essas coisas. Mas agora é para aprender nas aulas de matemática. Deve ser porque a miudagem já é tão boa a matemática que dispensa umas aulas para outras coisas. Ou então é porque vão aprender matemática nas aulas de desporto. Afinal de contas, talvez até já estejam habituados a fazer contas quando se fala de bola, especialmente olhando para as contas que a selecção nacional faz quando chega aos apuramentos.

        • POIS! says:

          Uma correção: a disciplina TIC, pelo menos no Secundário, já não existe há muito nos cursos regulares.

          Só nos cursos profissionais. talvez porque se esqueceram deles. Não há alterações, nem curriculares, nem de programas (salvo raras exceções), há séculos.

          • j. manuel cordeiro says:

            Não sabia que TIC tinha acabado. Faz sentido, mete-se na matemática.

            Eu escrevi experimentalismo, não me referindo apenas aos programas. Veja a saga dos exames e as brincadeiras de municipalizações.

          • POIS! says:

            Sim, e estou de acordo em relação aos experimentalismos.

            TIC acabou, na minha opinião, por duas razões: a falta de equipamentos em condições para todos e como medida para não aumentar o número de professores, cuja formação, aliás, estava a ser muito lenta.

            Aliás, as grandes medidas curriculares que se têm sucedido desde a reforma atual (a de 2004) consistem essencialmente em…cortar disciplinas e horas de aulas. Note-se que, a brincar a brincar, a atual reforma curricular é que tem maior longevidade desde o 25 de abril…

            É assim que chegamos a um 12º ano em que poderia haver apenas três dias de aulas por semana…É único na Europa!

            Uma disciplina introduzida com pompa e circunstância em 2004 foi a de “Aplicações Informáticas B”. Desenvolvia-se em dois anos letivos, seria comum a várias áreas de estudos e teria exame nacional.

            Na primeira oportunidade – salvo erro, no tempo da Maria de Lurdes e seu comparsa Walter Lemos foi extinta. Porquê?

            Ora, porque o exame nacional foi em “papel e lápis” e acabou muito contestado. Dada a dificuldade de implementar uma prova prática, extinguiu-se a disciplina e está resolvido!

            Um dos exames desse tempo pode ser consultado aqui:

            https://iave.pt/wp-content/uploads/2020/04/aplic_inforB703_pef1_07.pdf

            (Note-se que continua a existir uma disciplina com o mesmo nome, mas é uma opção do 12º ano, sem exame e oferecida apenas a alguns alunos de algumas escolas. Não me refiro a essa).

      • Matemática e programação são coisas diferentes, mesmo muito diferentes, a minha experiência como programador mostra-me isso. Se é para meter programação na disciplina de matemática, não vai funcionar bem. Quem pensa que programar e matemática são a mesma coisa está brutalmente errado.

        • Paulo Marques says:

          Ambos “ajuda[m] a pensar nos problemas, a obter informação para resolver o problema, a definir uma estratégia e a implementa-la”.
          Agora, é a mesma coisa? Não. Era mau alguma formação, nem que seja para saber usar melhor o Excel? Também não.
          Mas o que o ministério propôs, e que é “1000 % a favor”, não era a parte em que concordamos; embora não lhe saiba dizer se a 1000% ou não, depende.

  4. JgMenos says:

    Como tudo na abrilada, faz-se e depois logo se vê!
    Como todo o activismo, fazer-se notar é prioridade; resultados e análises, levam demasiado tempo e têm poucos interessados!

    • POIS! says:

      Ora pois!

      Que saudades da salazarescada em que não se fazia e nada se via!

      E da caminha de rede atada aos coqueiros lá nas áfricas, a contemplar as nativas de trouxa ás costas.

      O paraíso perdido!

    • Paulo Marques says:

      Ao completo contrário de… encher o ensino de exames que não servem para nada, e outras cratices?

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