A culpa é do socialismo

Mimimi impostos!
Mimimi socialismo!
Mimimi Venezuela!
Mimimimimimimimi…

Os moços de recados deste late stage capitalism, selvagem e canalha, são como aqueles cães raivosos que estão à porta das casas, presos por uma corrente e sem ponta de mimo, e ainda assim a ladrar a quem passa, determinados em proteger os donos até à asfixia. Mas ficarão para sempre na casota, presos, mal tratados e com carraças, sem nunca pôr uma pata na casa grande. A diferença é que os cães são irracionais. Se não fossem, certamente não seriam tão palermas.

Comments

  1. Luís Lavoura says:

    A culpa é dos mercados.
    Se os produtos refinados aumentam de preço (por, por exemplo, haver umas tantas refinarias, algures no mundo, que estão paradas e portanto não produzem, dessa forma provocando escassez de produtos refinados no mercado internacional), então automaticamente o lucro que a GALP faz ao vender os seus produtos refinados aumenta. É a isso que se chama “margem de refinação” (penso eu).
    Não tem nada a ver com socialismo nem tem nada a ver com impostos. Tem a ver com as condições do mercado internacional de petróleo e de produtos refinados.
    Custa muito compreender isto?

    • Pimba! says:

      Custa muito compreender ironia?
      Custa muito compreender sarcasmo?

  2. Luís Lavoura says:

    A GALP é uma empresa que refina petróleo em Portugal (em Sines) e está cotada na bolsa de Lisboa. Se essa empresa tem maior margem de refinação, isso significa que é uma empresa competitiva, que tem grande lucro e exporta muito. Isso é bom tanto para os trabalhadores da GALP (que potencialmente podem pedir aumento de salário) como para os acionistas da GALP (que potencialmente receberão dividendos maiores). Ou seja, é bom para portugueses.
    Mas, aparentemente, o João Mendes não está satisfeito. Ele gostaria que a GALP não fosse competitiva, não exportasse, não tivesse lucro.

    • Paulo Marques says:

      É bom para Portugal que a GALP decida ter maior margem de lucro à custa de todas as empresas e trabalhadores.
      É uma opinião.

      • Luís Lavoura says:

        A GALP não decide.
        A GALP vende os seus produtos refinados ao mesmo preço que qualquer outra refinadora. O preço é determinado pelo mercado.
        Se a GALP decidisse vender os seus produtos refinados mais baratos do que uma outra empresa qualquer, os estrangeiros viriam cá comprá-los. Obvaimente.
        O mercado de produtos refinados é um mercado internacional.

        • Paulo Marques says:

          E… errr… o preço do mercado baixava, ou afinal, não funciona?

  3. Anonimo says:

    Principal é os portugueses deixarem de ser piegas.
    Queixam-se médicos, enfermeiros, utentes sns, professores, alunos, utilizadores de transportes públicos, agricultores, empresários, funcionários públicos, funcionários do privado. Dos maus serviços, do empobrecimento, do custo de vida.
    Afinal, e tomando como verdadeiro o que a maioria governativa ontem disse, está tudo bem. Tudo funciona, o país cresce, as pessoas têm cada vez mais rendimento disponível.
    E o pessoal queixa-se… deixem de ser piegas!

    • Paulo Marques says:

      Não, principal era que quem tem sede de poder para aumentar as causas dos problemas com mais convicção fosse adulta e assumisse isso.

      • Anonimo says:

        Tem razão. Assumissem-se os psd e as Iniciativas como chupistas ao serviço do grande capital, ficava tudo resolvido e aí sim a Esquerda podia governar livremente. Bem parecia que os entraves ao desenvolvimento do país eram estes.
        O Paulo Marques conseguiu ver o Estado da Nação em silêncio ou juntava-se cada vez que a bancada ps aplaudia em delírio? Eu só não acendi uma velinha po dr Costa por causa dos incêndios.

        • Paulo Marques says:

          O PS também podia assumir e deixar de mentir descaradamente sobre coisas que não duram dois meses de governo. Ou um. Mas, ao menos, é capaz de ser convencido quanto tem mesmo que ser. E tem que se começar pelo pior.
          Não tenho paciência para o Sr. Costa desde o golpe de teatro, mas podia ser muito pior. É só isso. E é o que está na mesa, que a esquerda não vai lá.

          • Anonimo says:

            A esquerda não vai, a esquerda está lá.
            E tem governado. Bem sei que a memória histórica da esquerda só chega ao 1o dia do Coelhismo (como se viu no debate do EdN), mas houve governos antes desse. De esquerda. Com muitas caras que hoje governam. Que acabou como acabou.

          • Paulo Marques says:

            Os golpes de estado costumam ter esse efeito.

          • Anonimo says:

            O Sócrates sofreu um golpe de estado?
            Espero quectenha feito queixa ao Tribunal Internacional

          • Paulo Marques says:

            O Anonimo disse de esquerda, não disse de centro eurocorno. Mas entre Sócrates ou Costa e Durão, Passos, nem sequer é escolha, a clientela é muito mais poderosa e muito mais subtil.

  4. POIS! says:

    “Mimimi”…

    Ainda ontem ouvi aquele verdadeiro balão inflado que dá pelo nome de Guimarães Pinto.

    Tanto “mimimi” já mete “dódódó”!

  5. JgMenos says:

    Quando o mercado contrai as margens, é ver a cambada a lamentar a Galp, chorosos e solidários….

    • Paulo Marques says:

      Não vivemos no universo paralelo do Menos, em que o neoliberalismo funciona e faz falta. É mesmo no universo onde a Alemanha andou a viver acima das suas possibilidades.

    • POIS! says:

      Ora pois!

      Ver Vosselência assim exposto, a lamentar convulsivamente, é coisa que não se faz! Que falta de sensibilidade, meu deus!

      É claro que a malta ri-se prazenteira, mas eu não alinho!

  6. POIS! says:

    Isto do preço dos combustíveis tem alguma coisa a ver com a inflação?

    Mentiraaaaaaa!

    Oiçam o Camilo Lourenço. Ele é que sabe. A causa é “demasiado dinheiro em circulação”. E o BCE, quando deu pela coisa (porque nestas coisas de dinheiro andam distraídos), subiu as taxas de juro.

    Foi o que o Camilo aprendeu na escola e acabou de sentenciar na CMTV. A chamar-nos a todos camelos lourinços!

    • Paulo Marques says:

      Os neoliberais gostam muito de falar na teoria quantitativa; esquecem-se é que “em circulação” não é o mesmo que parado num qualquer offshore.
      Ou que dinheiro em forma de bond não tem propriedades mágicas que as notas não têm, mas isso é muita areia.

    • Anonimo says:

      O grande problema português (para além de haver Direita) sempre foi o excesso de dinheiro. Depois a malta estoura tudo em vinho e mulheres. E estudos. Há que diminuir o dinheiro em circulação, guardar tudo no Panamá, e só ir tirando à medida que se vão comprando os cabazes.

      • POIS! says:

        Tem toda a razão!

        Eu, por caso sou exceção mas, os meus vizinhos, todos investiram em avantajadas adegas. E quando me convidam, pululam por lá tipas () em “topless”, ou ainda menos, a servir copos de vinho ().

        E sou exceção porque pus tudo no Panamá. Só vou tirando pelo Natal, para dar as prendas. Aos vizinhos dou umas pipas bem cheias, copos e cuecas de biquini. Nestas coisas há que ser grato.

        (*) Também se veem por lá bandos de consultores em poses semelhantes. Ou ainda menores.

        • POIS! says:

          Não sei como, mas apareceu por aqui um itálico suspeito.

          Deve ser obra de alguma florzinha país-baixista ou coisa que o valha.

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