Indigentes mentais

Fotografia: Leonel de Castro/Global Images

Com o frio que se faz sentir já há vários dias, a maioria dos municípios, sobretudo os do Norte do país, decidiram activar o plano de contingência.

A excepção? O Porto dos marialvas do Porto, o Nosso Movimento. Estes monárquico-liberais de cabelo à foda-se, de cuzinho “alapado” nas suas casas da Foz, sempre tão lestos a cumprir as ordens quando é necessário entrar Pasteleira adentro para criminalizar a pobreza ou a sugerir o retrocesso na lei da descriminalização do consumo de droga, escondem-se quando os portuenses realmente precisam de amparo, especialmente se esses portuenses não pertencerem aos saraus nobres como pertencem os caga-tacos imperiais que mandam no Porto.

As temperaturas têm chegado aos zero graus. Repito: zero graus.

Ao senhor presidente da Câmara Municipal do Porto, o famigerado Selminho, deixo a nota: o Porto não é só prémios para inglês ver. Pode ficar muito bonito no seu mural esse ar de british da Foz armado ao pingarelho, mas fica-lhe muito feia essa indiferença por quem sofre (que só destapa o véu que mostra a vossa indigência mental).

Comments

  1. JgMenos says:

    Estás com uma dor de corno fortíssima.
    A Selminho foi um flop de acusação e ‘retrocesso na lei da descriminalização do consumo de droga’ só visava o chuto na veia ao virar da esquina, treteiro!
    E só no frio te lembras dos sem-abrigo?
    Por mim criminalizava o dormir na rua e obrigava-os a recolher aos muitos prédios abandonados que um esrtado de cretinos e morcões têm fechados ou mal-ocupados.

    • Paulo Marques says:

      Se tem um problema com o consumo público, tem uma boa solução provada daqui ao Canadá.
      E, não, não me parece que o Maio se tenha lembrado agora de ocupar a habitação desocupada, os teus camaradas é que defendem que é o mercado a funcionar.

      • JgMenos says:

        Logo te ocorre lixar os privados; vai por esses edifícios do Estado desocupados há dezenas de anos e sem que ninguém lhes dê destino, de quarteis a tribunais e repartições de todo o tipo.

        • Paulo Marques says:

          Então há propriedade muito sagrada, e pouco sagrada. Curioso, para o botas era tudo indigente na mesma.

    • POIS! says:

      Pois!

      Já Vosselência aparenta estar com um prazer de corno bastante robusto.

      Tudo o que é privado é sagrado. Privados cretinos e morcões que abusam do direito de propriedade? Isso não existe, claro!

  2. João Mendes says:

    Qual foi a justificação oficial? Se é que houve uma..

  3. Luís Lavoura says:

    Pergunta: mas será que a Câmara do Porto dispõe de edifícios aquecidos que possam servir para albergar os sem-abrigo, sem receio de que eles causem estragos?

    Em Lisboa utiliza-se as estações (subterrâneas) de metropolitano. Mas isso não existe no Porto.

    • Ernesto says:

      “Em Lisboa utiliza-se as estações (subterrâneas) de metropolitano. Mas isso não existe no Porto.”
      Em primeiro lugar, é mentira. Existem estações subterrâneas no Porto. De qualquer forma fiquei na dúvida de como fazem em Viseu ou em Amesterdão, uma vez que não há metro subterrâneo.. Enfim, mais uma Lavourada!

      • Luís Lavoura says:

        é mentira. Existem estações subterrâneas no Porto

        Pode ser falso, mas não é mentira (propositada). Não conheço bem o metro do Porto. Mas, daquilo que conheço, ele não tem estações subterrâneas aquecidas. Se tiver, diga-me por favor quais são.

        como fazem em Viseu ou em Amesterdão

        Em Viseu o número de sem-abrigo deve ser residual.

        Em Amesterdão, não faço ideia.

        Mas a minha pergunta mantem-se, e essa é que importa: que instalações aquecidas tem a Câmara do Porto que pudesse utilizar para albergar os sem-abrigo, sem receio que eles causassem estragos?

    • João L Maio says:

      Assim de cabeça, estações subterrâneas do Metro do Porto:

      Casa da Música, Carolina Michaelis, Trindade, Bolhão, Campo 24 de Agosto, Estádio do Dragão, São Bento, Aliados, Faria Guimarães, Marquês, Combatentes, Salgueiros, Pólo Universitário…

      Para além disto, não faltam pavilhões.

      • Luís Lavoura says:

        OK, pergunta respondida. Obrigado.

        • Ernesto says:

          “Em Lisboa utiliza-se as estações (subterrâneas) de metropolitano. Mas isso não existe no Porto”

          Tudo muito bonito e tal, mas o Dr. Lavoura não perguntou. Afirmou e agora está a virar o bico ao prego!

Discover more from Aventar

Subscribe now to keep reading and get access to the full archive.

Continue reading