MEntiroso: A mentira consciente e a pocilga a que isto chegou

Não é preciso escrever muito sobre o tema.

O governo montou um spin e a comunicação social regurgitou sem digerir.

Público: PGR põe em causa legalidade da greve dos professores convocada pelo Stop

DN: PGR diz que greve convocada pelo S.T.O.P viola a lei

Expresso: Greve “self-service” dos professores convocada pelo STOP é ilegal, diz a PGR

Etc: Ver no Google os resultados da pesquisa “pgr greve professores ilegal” com a data de hoje.

E porque é que é mentira? O Parecer Da PGR Não É O Que O ME Quer Fazer Parecer. É só ler (e saber ler).

Imagem: O meu quintal, de Paulo Guinote

Comments

  1. TRAULITEIROS PIDESCOS DO PS
    Este Governo/PS não é um democrático, disse.
    São contra a greve.
    Agora sim, mais greves a caminho, dia inteiro, até às próximas eleições.

  2. João Paz says:

    O Governo de A Costa reprimiu de forma fascizante e até mesmo fascista (vidé motoristas) TODAS as greves importantes com que se deparou. Naturalmente em relação à greve dos professores nada mais seria de esperar que não fosse a repressão anticontitucional contra este direito. Está-lhe na massa do sangue, segue as pisadas do SPD alemão nas atitudes que levaram Hitler ao poder.

  3. Ana Gualberto says:

    Isto também mostra a péssima qualidade da nossa imprensa. Nem se deram ao trabalho de ler o parecer da PGR, comeram às colheradas a interpretação semi digerida (fortemente temperada de mentira pura e dura) que o ME lhes deu. Que miséria de jornalismo! Ler dá trabalho e eles devem ter passado as aulas de Português a jogar Tetris no telemóvel…

    • Luís Lavoura says:

      Não toda a imprensa. Eu ouvi esta manhã as notícias na Rádio Observador, e eles pareceram-me rigorosos. Disseram que o parecer da PGR afirma, não que a greve é ilegal, mas sim que os esclarecimentos que o sindicato STOP presta aos professores sobre a forma como podem fazer greve são enganadores. Se os professores seguirem esses pareceres poderão, eles sim, realizar uma greve ilegal.
      Ou seja, o sindicato STOP está a prestar um mau serviço aos professores, ao convidá-los a realizar uma greve ilegal, pela qual poderão ser punidos disciplinarmente e em termos de salário.

      • j. manuel cordeiro says:

        O post é sobre a realidade de ontem e esta foi clara: toda a comunicação social, jornais, rádio, televisões, usaram o spin do ME sem fazerem I seu trabalho a que alguns chamam de jornalismo.

        Entretanto, ainda ontem, começaram-se a ouvir vozes não alinhadas a chamar à atenção para a mentira. Pelo que é normal que hoje algo tenha mudado. Vai ser giro ver o contorcionismo que alguns vão fazer.

        O que o ME fez não é coisa de um governo mas sim de um bando de malfeitores. Fizeram algo verdadeiramente nojento.

      • british says:

        ” Rádio Observador, e eles pareceram-me rigorosos”

        What ?

  4. Luís Lavoura says:

    De facto, o parecer da PGR não diz que haja greve abusiva, porque esse parecer não verificou de que forma é que cada trabalhador está a fazer greve. Só verificando essa forma é que se poderia asseverar se
    esse trabalhador em particular está a levar a cabo uma greve abusiva, ou não.
    Aquilo que a PGR avaliou foram os esclarecimentos que o sindicato STOP forneceu aos trabalhadores. O parecer chegou à conclusão de que esses esclarecimentos era falsos, ou enganadores, ao fornecerem uma interpretação errada daquilo que é o direito à greve.
    Portanto, de acordo com o parecer da PGR, se os trabalhadores seguirem as sugestões do sindicato STOP, poderão cometer uma greve abusiva.
    Ou seja, o sindicato está a enganar os seus associados com uma interepretação errada do direito que eles (não) têm de fazer greve de determinada forma.

  5. JgMenos says:

    Agir contra a greve faz-se com leis.
    Ser contra uma qualquer determinada greve é o papel de quem é empregador, patrão, ou ‘já agora havia de satisfazer-se tudo ao que os tadinhos lhes passa pela cabeça’?.

    Se eu ,mandasse fazia duas leis:
    Greves parciais só ao princípio e fim de dia de trabalho ou de uma hora, ou de meio-tempo-dia.
    Greves sectoriais, ao patrão decidir se fecha toda a empresa declarando todo o pessoal em greve (acabar com a cena do ‘ora vais tu, ora vou eu’), tipo CP.

    • POIS! says:

      Pois é! É como aquela canção:

      “Se eu mandasse neles
      Os teus trabalhadores seriam uns amores
      Greves era só das seis e meia às sete
      Em frente a um cassetete.”

      Será que o autor a escreveu em homenagem a Vosselência? É, pelo Menos, uma hipótese!

    • Paulo Marques says:

      Gosto muito que agora defenda o governo.

    • tuga says:

      “Se eu ,mandasse fazia duas leis:”

      Conforme a constituição de 1933 ?

  6. Anonimo says:

    Ouvi ontem e hoje o Forum popular na rádio ****. Temas, habitação e ensino (professores, mais concretamente)
    Resumo: políticos a debitarem clichés, entre pacotes de ajuda e propostas vazias; cidadãos a queixarem-se e a acusarem o outro (senhorio/inquilino/professor) de serem uns nababos exploradores.
    Siga.

  7. Figueiredo says:

    «…Há muita gente que não tem qualidades nem capacidades de ensino, não devia estar a ensinar, não por razões morais mas por razões técnicas, profissionais, porque não sabem para elas quanto mais para os outros…» – Joaquim Letria

    • Ana Gualberto says:

      Sim, toda a gente sabe imenso de educação porque andou na escola.

    • Anonimo says:

      Gosto sempre das teorias de que há empregos ou ocupações que exigem uma personalidade especial, quase que é preciso ser um predestinado.
      (essa frase do Letria aplica-se a qualquer trabalho)

    • Paulo Marques says:

      Mas não se pense muito nas razões estruturais porque isso acontece, é o comodismo individual e mais nada.

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