Seca extrema e severa no sul leva Governo a impor já restrições no uso da água
Anda uma pessoa há anos de coração apertado e a mente revoltada a ver o aumento desnaturado do regadio no Algarve e Alentejo e pensa que estes governantes querem estoirar o país e pronto.
Isso será secundário para eles, mas parece que não dá mesmo para continuarem a fechar os olhos para a realidade. A ver, a ver, se de facto proíbem novas monoculturas e estufas. E depois falta suspender os resorts de luxo por todo o lado (Comportas, etc.)., os campos de golf e por aí fora. E vão para o caraças com as vossas dessalinizadoras que vamos nós pagar primeiro e depois no preço da água, para não falar no impacto das salmouras (para cada litro de água potável produzido, gera-se em torno de 1,5 litro de líquidos poluídos com cloro e cobre) e no elevado consumo de energia.
Poupar, tratar, reutilizar, há muitas coisas a fazer. Mas chega de nos iludirem, a parte de leão é da agricultura, bem mais de 70% e nem sabem quantos furos há que não entram nas vossas contas. Escusam de falar em gota a gota, o problema é a quantidade desmesurada.
Não faço ideia como conseguem dormir em paz, com tanta destruição que andam a provocar.
Preferia que percebessem antes de ser obrigados, que as previsões não são nada boas depois do esvaziamento do ano passado.
A realidade tem muita força.
E eu então, Paulo Marques???
Pois pois tudo tem limites mas se acabarem com as estufas e culturas de regadio o que irão então comer?
Isto é lindo mas quando a fome lhes bater á porta até choram.
Falar é muito fácil para quem não sabe o que é fazer culturas sem água.
Não venham com tretas que eu não tenho agricultura nem nada sou meramente um pobre alentejano que conhece esta realidade.
Há muita gente que não sabe de onde aparecem aquilo que todos os dias comem.
“nem nada sou meramente um pobre alentejano que conhece esta realidade.” Pois se conhece a realidade, deve saber que as monoculturas de regadio no Alentejo são essencialmente de produtos para exportação e aí começa o problema. É o amor ao PIB, pois claro.
Comida sem água, de facto, não conheço, mas vamos todos a caminho de descobrir a possibilidade, com sorte já este ano.
A comida que se produz ali não serve para matar a fome. Mirtilos, morangos e coisas que tais são deliciosos, mas não alimentam quase nada.
É isso, balio, ou seja, andamos a exportar água em forma de fruta, proveniente de uma região ameaçada e já a viver escassez hídrica. Perfeito, não é?
Esta conversa e mesmo de não conhecer a realidade das coisas.
Na zona do Alentejo produz-se melão melancia tomate pimentão alhos cebolas e até brócolos caso não saibam.
Se isto não é para comer o que será?
De facto, estamos a falar de realidades diferentes.
É importante saber se a ausência de chuvas e elevadas temperaturas neste mês de Abril, se deve à Natureza ou se está a ser provocado pelo Homem.
É uma conspiração Nato/Soros para que não chova com uso de tecnologia alienígena. Confia, mano.
Isso são teorias da conspiração, o importante aqui é saber se a ausência de chuvas e elevadas temperaturas neste mês de Abril, se deve à Natureza ou se está a ser provocado pelo Homem.
Em Abril? Quem sabe, isso vai bem além da precisão possível. Esta década, sem dúvida.
Poupar na água para culturas, para usar como água para os campos de golfe. Turismo de luxo “oblige”.