Marxismo liberal

Da exposição: os 50 anos do Partido Socialista.

O Partido Socialista (PS) foi marxista por um breve período da sua História.

O socialismo democrático ou, se quisermos simplificar, a social-democracia clássica morreu no PS no dia em que decidiram que, por puro tacticismo eleitoral, o melhor seria ceder à ideia de Bloco Central e se tornaram no extremo-centro que hoje representam (e ocupam).

Da social-democracia clássica ao social-liberalismo de hoje, impulsionado pela ideia de Terceira Via introduzida por Tony Blair (e que é um favor ao neo-liberalismo europeu – já o dizia Margaret Thatcher) foi um instante.

A Juventude Socialista ainda tenta, por breves momentos, ressuscitar o PS de esquerda da fundação, sobretudo como estratégia de captação de jovens para as suas fileiras, mas rapidamente se transformam em tecnocratas neo-liberais quando lhes cheira a poder (quem é que, no seu perfeito juízo, denominaria como “socialistas” políticos como António Costa, Sérgio Sousa Pinto, Fernando Medina, Francisco Assis ou António José Seguro?). É pena, perde a esquerda e perde o país, envolto neste engodo de socialistas que não o são.

Consequência de tudo isto, não é admirar que os programas políticos do Bloco de Esquerda ou do PCP – Partido Comunista Português sejam, hoje, de cariz essencialmente social-democrata, pois vieram, com o tempo, ocupar um espaço que estava desocupado com a viragem do PS à direita.

Comments

  1. antero seguro says:

    O PS só mesmo marxista, nos primeiros 5 minutos de existência. A partir daí transformou-se numa verdadeira FRAUDE.

    • Fraude como toda a esquerda, mamões dos impostos sobre a iniciativa privada!

      • POIS! says:

        Pois, pois…”iniciativa”…”privada”…

        A pior forma de mama que existe é a dos “iniciativistas”, que preferem os setores onde não há concorrência (e onde há alguma, acaba depressa!) para esmifrar até ao tutano quem vive do seu trabalho. Águas, energias, combustíveis, telecomunicações, todo o protegidíssimo setor mamão financeiro…até parques de estacionamento, imobiliário (com o seu cortejo de campos de golfe, urbanizações de superluxo para super-ricos que não pagam impostos em lado nenhum, etc.)…

        Ah! E todos os que vivem à sua sombra! Talvez o barrete assente a alguns dos que por aqui andam a “comentar”. Tipo aquela conhecida foto de Vosselência em que só se veem os sapatos (se descontarmos aberturas para os olhos, tipo “Klu Klux Klan”…)

        • O tadinho, a quem os ricos incomodam!

          • POIS! says:

            Afinou Vosselência? Mais uma direitinha na mouche!

            E está Vosselência enganado!

            Incomoda-me é enriquecerem à minha custa, como os banqueiros (e os pseudo-caçadores de “tadinhos” que vivem à sua sombra) e nos esmifram comissões e comissõezinhas a que não podemos fugir;

            Ou os que se divertem a distribuir dividendos de fabulosos lucros feitos à custa de quem precisa de aquecer-se no Inverno ou, simplesmente, de beber água ou lavar-se!

            Ou os que estabelecem para si mesmos ordenados 136 vezes superiores aos dos seus trabalhadores e que todos, sem exceção, acabamos por pagar porque dominam as cadeias de abastecimentos.

            Pois não, Herr Menos ! A mim incomodam-me são os pobres que esses ricos produzem! E que tanta admiração suscitam, pelo Menos, num basbaque salazaresco que eu cá sei!

          • Além de asneiras produzes alguma coisa mais?
            Quem produz pobres é a cambada esquerdalha que precisa deles para se manter a parasitar o orçamento a troco das tretas e imbecilidades que para aqui vais acarretando.!

          • POIS! says:

            Pois, afinou Vosselênciazinha salazarrasca outra vez? Boa!

            Vá! Vá pagando as suas comissõezinhas aos banqueirinhos da sua devoção. Vá lá, que eles gostam muito de si!

            Amanhã deve pagar a dobrar, porque, para Vosselência salazaresca, é dia de angústia por mais um aninho de regime democrático.

          • ‘regime democrático’
            Nunca a ralé definiu ou consubstanciou um regime democrático.
            A cambada que vem construindo um país indigente e esmoler, da liberdade busca a licença e pela democracia visa impor o discurso e prática da sua corrupção.
            Como seu emérito representante, a título desta tua época festiva, resolvi dar-te algum troco.
            Quanto ao salazarento, sempre o tomo por elogio.

          • POIS! says:

            Pois continue Vosselência…

            A polir cuidadosamente a sua imagenzinha do Oliveira da Cerejeira, a ver se sai o tarro, o verdete e a bosta que se foi colando ao longo dos anos e que Vosselência não se cansa de, delirantemente, branquear a toda a força.

            Não calcula Vosselência como me ri com aquela afirmação de que a censura “foi um erro” nunca devia ter existido, pois escondia os “agentes estrangeiros”..

            Citando, como exemplo, um censorzeco salazaresco, um tal Afonso do Paço:

            “Beijos de sofreguidão, preliminares do adultério e diálogo sobre as sensações da noite passada, serão para reduzir e eliminar no caso de aprovação do filme.
            (ANTT- Relatório de censura ao filme “Le diable au corps”).

            Ora lá está: as “sensações da noite passada” eram um verdadeiro problema. A malta esfalfava-se a trabalhar no duro, o Oliveira da Cerejeira a manter-se casto para dar o exemplo, e os “agentes estrangeiros” a divertirem-se à grande! Podia lá ser! Corta!

            E foi precisamente por Vosselência (sempre atento!) que todos ficámos a saber que o pipi da Romy Schneider era, afinal, um “agente de Moscovo”!

          • Pois não me rio de tanta balela e falsidade:
            a censura “foi um erro” porque impediu que gente honesta e patriótica se mobilizasse para combater os “agentes estrangeiros”.
            Que é o que ainda há que fazer agora perante tanta canalha imbecil e desonesta.

          • Paulo Marques says:

            Mas então para que andam a pedinchar os votinhos da ralé e a prometer-lhes que os seus desejos importam? Homem que é homem toma o poder que merece para si.
            Será que são ratos aldrabões?

          • POIS! says:

            Pois é, Herr Menos!

            A “gente honesta e patriótica” via a plebe amordaçada pela censura e perseguida pela PIDE e ficava descansadinha: dava grandes passeios ao domingo (depois da cerejesca missinha) rezava pelos soldadinhos e pela saúde do Professor Oliveira da Cerejeira, no verão ia até à praia…

            Era mesmo muito serena e comodista a “gente honesta e patriótica”. Só se agitava para ir a Fátima, um dia por outro ao futebol e pouco mais.

            Era uma tristeza, essa malta. Se existisse, precisava de ter levado um abanão.

      • Paulo Marques says:

        Curioso que usam todos a moeda criada pelos estados, que é da iniciativa?

  2. Luís Lavoura says:

    não é admirar que os programas políticos do Bloco de Esquerda ou do PCP – Partido Comunista Português sejam, hoje, de cariz essencialmente social-democrata

    O problema é que a social-democracia foi um sistema que vingou na Europa sob circunstâncias especialmente favoráveis, que atualmente já não existem.
    Circunstâncias como um forte progresso económico (fruto do atraso tecnológico e organizacional europeu relativamente aos EUA), uma demografia favorável, petróleo barato, exploração do Terceiro Mundo, barreiras ao movimento de capitais (por sua vez só possíveis quando o petróleo é barato), e ausência de imigração maciça.
    Atualmente, a social-democracia já é basicamente impossível.

    • Paulo Marques says:

      Parcialmente verdade (o atraso tecnológico e organizacional piorou ainda mais rápido, a imigração sempre nunca foi pequena), mas então resta a pergunta de porque é que o forte retrocesso económico é, então, um novo desígnio do sistema de regras – explicava muita coisa.

  3. Não sejas trengo!
    Isto já não vai só de treta.
    Qualquer jovem com alguma matéria cinzenta por trás dos olhos, olha para o país e pergunta-se:
    – Com tanta gente a dizer-se de esquerda onde estão as cooperativas que não para habitação com seus benefícios?
    – Onde uma qualquer UCP?
    – Onde uma empresa de Estado símbolo de empenho, de produtividade e exemplar gestão?

    Daí que quando muito decidam juntar-se ao saque do orçamento, a única coisa em que a esquerda dá sinais de excelência e empenho.

    • Paulo Marques says:

      É quase como se houvesse uma super-estrutura a tornar consistentemente qualquer alternativa inviável através de regulações e desregulações e falta de fiscalizações.
      Claro que não, subsidia aí mais umas empresas. Olha, a CP dá lucro, privatiza rápido!

  4. Figueiredo says:

    O Partido Socialista (PS) foi e é uma força política liberal/maçónica, assim como todos os outros partidos/movimentos políticos de centre-esquerda, esquerda, e extrema-esquerda.

    O curioso é que ninguém diz quem controlava e controla essas forças políticas.

    • POIS! says:

      Pois mas…

      Se V: Exa. sabe quem controla, por favor, diga! Estamos todos em pulgas!

      Realmente, V. Exa. parece ser um verdadeiro especialista em contróis.

      Não nos deixe na ignorância, ó Figueiredo! É muito triste viver-se assim!

    • Paulo Marques says:

      Sai um judeo-bolshevismo para o almoço!

    • Carlos Almeida says:

      “O curioso é que ninguém diz quem controlava e controla essas forças políticas.”

      Pergunte ao JgMenos. Ele deve saber.
      Pelo menos o Botas dizia que que estava por detrás de todos os males eram os Comunistas.

      O Menos sabe responder a essa pergunta

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