Do Galambagate ao Costagate

Costa segurou Galamba porque a grande ilegalidade da polémica, percebemos ontem pelo próprio Galamba, foi cometida por si, através do seu secretário de Estado adjunto, Mendonça Mendes. Colocar o SIS ao serviço do Governo, e não do Estado posto que o Estado não tinha nenhum interesse em risco, não é aceitável de nenhum ponto de vista e é um precedente grave, mais um, que um governo do PS abre e do qual todos seremos vítimas. Se o SIS está ao serviço do Governo e não do Estado deve mudar de nome para Direção-Geral de Segurança, a versão primaveril da Polícia Internacional e de Defesa do “Estado”.

Sobram outros ângulos graves nesta questão que faltam apurar: o que fez Galamba entre a informação recebida com a orientação de Costa e a chamada ao SIS; porque razão não é ele – mas a sua chefe de gabinete – que executa a ordem; porque é que a PSP deixa que Frederico Pinheiro saia das instalações, de bicicleta, e munido do suposto material roubado; porque é que a informação não circula entre o SIS e a PJ; houve ou não vidros partidos; quem ameaçou quem no telefonema da exoneração; o que levou Galamba ou Frederico a mentir de forma agravada; o que é que está no computador que tem tanto valor para toda esta polémica, se apenas o ficheiro original com os respetivos metadados que certificam a primeira versão das notas ou se outro tipo de informação ainda mais melindrante do que aquela que tem vindo a público e que dão conta de um ministro sem condições de ser ministro e de um governo sem condições para governar.

Comments

  1. Luís Lavoura says:

    o Estado não tinha nenhum interesse em risco

    Isto não é bem assim.

    O computador de Frederico Pinheiro contém, presumo eu, o plano de reestruturação (PR) da TAP.

    Ora, esse plano é um segredo muitíssimo bem guardado, a sete chaves, tanto pelo Governo português como, muito mais do que ele, pela Comissão Europeia (CE), que o aprovou. A CE tem repetidamente recusado revelar o PR da TAP.

    Imagine-se agora que Frederico Pinheiro resolvia copiar o PR da TAP para um computador seu e, mais tarde, revelá-lo publicamente. Isso poria em causa a honestidade da CE, e a relação do Governo português com a CE seria muito seriamente afetada. Todo o lindo dinheiro da bazuca poderia ir por água abaixo…

    Logo, de facto havia aqui um interesse de Estado em risco. E não somente do Estado português, mas também da União Europeia através da CE.

    • POIS! says:

      Pois é. Segundo Lavoura…

      Havia uma floresta de interesses, com diversas ramificações, ameaçada de extermínio por uma praga com raiz num Pinheiro.

      E, como dizem os lavradores lá na minha terrinha, “Se o verme bate no Pinheiro, vai a bazuca vai para o galheiro”.

      Dizem os lavradores. Lá na minha terrinha.

      • Tuga says:

        O tal pinheiro deve ser um infiltrado dos liberocas. O totó Costa é muito confiante nessa quadrilha que tem os jornais e TVs ao seu serviço

      • Abstencionista says:

        No contexto geral, o termo “chanfrado” pode ser referido a diferentes significados dependendo do contexto em que é usado. Aqui estão alguns dos significados mais comuns:
        1. Em matemática e geometria, um chanfro é uma forma de acabamento ou corte em um ângulo oblíquo em uma borda ou superfície. É comumente usado para suavizar as bordas afiadas de um objeto, criar uma emoção inclinada entre duas superfícies ou facilitar a inserção ou montagem de componentes.
        2 . No contexto vertente a matemática e a geometria não se aplicam, mas um internamento num hospício não é mal lembrado.

        (chatGPT)

        • POIS! says:

          Pois, pois!

          Ai o Chat GPT também já escreve sobre Vosselência Abstencioneira?

          E ainda chamam a essa coisa Inteligência Artificial?

          Ao quisto chegou!

    • Paulo Marques says:

      Sobre este ponto, não percebo nem a dúvida nem a confusão. Um documento classificado na posse de alguém que se acredita que não está credenciado é motivo suficiente para alertar a autoridade competente.
      Agora, se devia ser classificado, se os funcionários perceberam as implicações, se foi pedido o uso da força (que seria competência de outro ministério), se de facto estava exonerado, etc e tal são outras questões.
      Mas se os serviços secretos não são informados quando segredos de estado estão em parte incerta, servem para quê? Só para cumprir no papel as obrigações da NATO e não levar a sério?

      • juntaletras says:

        Isto …

      • JgMenos says:

        Um pingo de vergonha nas trombas ficava-te bem.

        • POIS! says:

          Pois não Menos, isso não vale!

          Vosselência a recomendar a outros aquilo que não possui?

          Francamente!

        • Tuga says:

          JgMenos

          Estou espantado. O menos solidário com os liberocas ?
          Se o Botas la em Santa Comba sabe desta solidariedade liberoca, ainda dá uma cambalhota no túmulo

        • Paulo Marques says:

          É tão óbvio quando não tens argumento, por muito mau, mal informado, e forçado, que vais logo para o insulto gratuito como o mais fraco dos fracos.
          É demais evidente que se o clube fosse outro, tanta gente estava do outro lado da barricada.

    • Pimba! says:

      Sustem Lavoura que uma potencial vicissitude poria em causa a honestidade da CE.
      Näo se preocupe, já ninguém acredita nessa honestidade, por aí näo havia preocupação.

      Sustem ainda Lavoura que conquantemente todo o lindo dinheiro da bazuca poderia ir por água abaixo.
      Não se preocupe, a desonesta CE já tinha fechado a torneira antes deste imbróglio, por aí näo havia preocupação.

  2. JgMenos says:

    Vêm a remoer vinganças desde Singapura.
    – Logo que se confirme termos o computador a salvo corro com o gajo.
    – Já está.
    – Rua!

    Ai, ai!!!!
    Acudam!

    • POIS! says:

      Pois aqui temos…

      O resultado da gloriosa incursão de JgMenos no argumento cinematográfico.

      Este filme, com o imaginoso título “A Vingança Não Tem Sexo e Vem Por Via Aérea” já está a dar muito que falar em Cannes, onde vai pela certa chegar ao palmarés, nem que se tenha de arranjar uma nova categoria que ninguém ainda arrisca dizer qual é.

      A apresentação deste fenomenal filme de ação, com a duração de 425 minutos, descontados os intervalos para ir ao WC onde se encontrava JgMenos a dar autógrafos, foi aplaudida de pé pelos cinco espetadores que aguentaram, dos quais quatro entravam no filme.

      O restante declarou aos jornalistas “fartei-me de rir! O Menos é mesmo muita, mas muita cómico! Já não me ria assim desde aquele filme de 1968 em que um tipo ia sentar-se numa cadeira de repouso e acabou com a moleira no cimento, mas esse era mudo. Este é melhor, é falado e a cores”.

  3. Júlio Santos says:

    Não passam de jogos políticos. Está na moda chafurdar na lama á procura de casos que ponham em cheque o governo e, com isso, esquecem as traduções que se passa com a casa do Sr.Montenegro. Resumindo: É tudo gente honesta.

    • Paulo Marques says:

      Os casos estão lá, não são é o mais importante (até agora). Como também não é a não declaração, a falta de qualquer tipo de proposta à espera que lhe caia no colo é um bocadinho mais grave.

  4. Júlio Santos says:

    Corrigir o termo “tradições “por “trafulhices,”.

  5. Salgueiros says:

    «Buscas? O FC Porto não faz coisas que não sejam legais»
    https://tvi.iol.pt/noticias/fc-porto/fernando-gomes/buscas-o-fc-porto-nao-faz-coisas-que-nao-sejam-legais

    Como dizia o outro : “Deixa-me rir….”

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