a selecção e a seleção. Efectivamente. Porque ‘selecção’ ≠ ‘seleção’.
Acabaram os Eders gordos!
Finalmente, acabou o tempo em que jogávamos à grande e à francesa e voltamos a jogar à “quase que era” e à portuguesa. Confesso, tinha saudades!
Ferro sonha com a selecção do Brasil
«Seleção é um sonho, mas quero consolidar-me no Benfica». Efectivamente, ‘selecção’ ≠ ‘seleção’.
A importância da vírgula e do cê
Efectivamente, da selecção
Exactamente, RTP. Da selecção.
Como sabemos, ‘selecção’ ≠ ‘seleção’.
E o Acordo Ortográfico (de 1990, no caso em apreço) serve para quê?
Serve para inglês ver.
Efectivamente. Viva a selecção.
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O capitão da selecção do Brasil farturou frente à Letónia?
Segundo A Bola (efectivamente: o resistente que se cala), o «capitão da Seleção […] fa[ɾ]tura frente à Letónia». Efectivamente: fartura e *seleção.
«Ronaldo atira micro da CMTV para um lago»
O Correio da Manhã, por qualquer razão que me escapa, refere-se a Cristiano Ronaldo como capitão da selecção brasileira: “capitão da seleção nacional“. Como sabemos, ‘selecção’ ≠ ‘seleção’.
A selecção do Brasil chegou a Saint-Étienne, depois da derrota com o Peru?
«Seleção é derrotada por 1 a 0» (13/06/2016 0:51). «Ambiente calmo em Saint-Étienne à espera da seleção» (13/06/2016 9:05). Seleção? Seleção?
Mãe de Cristiano Ronaldo em Fátima a rezar pela selecção brasileira
Segundo o Jornal de Notícias: «Mãe de Cristiano Ronaldo em Fátima a rezar pela seleção». Seleção? Efectivamente.
Pedro Abrunhosa lança cântico de apoio à selecção brasileira
Segundo a TSF. Efectivamente, como sabemos, ‘selecção’ ≠ ‘seleção’.
Curiosamente, o novo equipamento da selecção do Brasil
(«novo equipamento da seleção nacional») é muito parecido com o da selecção portuguesa. Efectivamente, como sabemos, ‘selecção’ ≠ ‘seleção’. Exactamente.
Selecção dominou, mas Seleção venceu
De facto, como podemos ler no Público de ontem: “Portugal dominou mas Brasil venceu nos penáltis por 1-3“. Por qualquer motivo, na redacção do jornal O Jogo há quem, apesar do título (Portugal eliminado pelo Brasil), creia que o Brasil perdeu: “A Seleção Nacional de Sub-20 perdeu“. Convém sempre recordar que ‘selecção’ ≠ ‘seleção’ — por exemplo, há pouco mais de um ano, a selecção jogou com os Camarões e a seleção jogou com a África do Sul.
Também convirá, durante a tal “discussão mais focada sobre as matérias mais controversas“, explicar que, em português europeu, Contact Mechanics and Lubrication não corresponde exactamente a Mecânica do Contato e Lubrificação. Exactamente: hoje, no sítio do costume.
Paulo Bento é o novo seleccionador do Brasil
“Ajude Paulo Bento a escolher os 23 jogadores da seleção nacional”. Seleção? Sim: seleção.
A diferença entre ‘selecção’ e ‘seleção’
Revelada a camisola oficial da selecção brasileira
O Record diz-nos que foi “revelada a camisola oficial da Seleção [sic] para o Mundial“. Aparentemente, os jogadores da selecção brasileira passarão a envergar uma camisola igualzinha à dos colegas que jogam na selecção portuguesa. Sim, porque ‘selecção’ ≠ ‘seleção’.
Selecção brasileira joga em Leiria
André Almeida e Cédric vão jogar na selecção brasileira
Segundo estes títulos do jornal A Bola, André Almeida e Cédric terão sido convocados para a ‘seleção’. Assim sendo, Felipão está de parabéns: trata-se de dois jovens muito promissores e que, obviamente, não podendo jogar na selecção, merecem uma oportunidade alhures.
Desconhece-se o que terá levado A Bola a abandonar a excelente prática de pôr entre aspas palavras criadas pelo AO90.
Aliás, para quem andar distraído, talvez valha a pena indicar que ‘dececionado’ não existe em português do Brasil.
Bem-vindos ao fabuloso mundo da “unidade essencial da língua portuguesa“.
Desejo-vos um óptimo fim-de-semana.
O L’Équipe é o melhor jornal desportivo português
Hoje, joga a Selecção.
Ao contrário daquilo que acontece noutros jornais (embora, lá no fundo…), no L’Équipe conhece-se a diferença entre Selecção e Seleção.
Sim, está bem, ‘ao’ em vez de ‘ão’: acontece aos melhores.
Post scriptum: O excelente título do Público daria para estarmos uma ou duas horas entretidos com jogos semelhantes a este — “seleção evitará recessão na receção?”, “a recessão da seleção na hora da receção?”, “mais vale uma receção sem recessão do que uma seleção a voar”… —, mas hoje é sexta-feira.
A TROIKA da Sporttv
Não há nada como o Estado para resolver o problema das empresas privadas.
Desporto em Portugal – finalmente!
Há duas vantagens na pontaria do Bruno Alves. Não, não estava a pensar nas questões traumáticas dos adversários.
A primeira vantagem é a possibilidade de ler o que se escreve no Record. A ser verdade, nem encontro palavras para descrever.
A segunda e verdadeiramente importante é a possibilidade, nova, do país se voltar para o que o Ministério da Educação se prepara para fazer com a Educação Física e com o Desporto Escolar. O Miguel explica.
Cristiano Ronaldo & Pepe
Não sou o fã número um da seleção. Mas já fui.
Estive nos cafés, no tempo da Escola Secundária, a ver Portugal ser campeão na Arábia Saudita. Andei também pelos estádios a ver Portugal ser Campeão do Mundo em 1991, no arranque da mais fabulosa geração de futebolistas que o nosso país teve.
Cresci com eles e maravilhei-me com os feitos deles nas grande competições, até … Mudar tudo.
Para mim a seleção não é um clube. Nunca sofri pela seleção como pelo BENFICA, nem pouco mais ou menos. É um defeito meu, eu sei. Quem não os tem?
Mas com o Scolari foi a ruptura porque nunca me identifiquei com a bandalheira que aquele tipo gerou à volta da equipa, ainda que, do ponto de vista dos resultados, tenha estado bem. [Read more…]
Os 23 escolhidos de Paulo Bento para a Seleção…
…eram previsíveis, exceptuando, talvez, os casos de Custódio e de Miguel Lopes.
Quim, Bosingwa, Hugo Viana, Nuno Gomes ou Ricardo Carvalho não fazem parte da convocatória. Nelson Oliveira, revelação desta época, integra o plantel como se adivinhava.
Eis a lista completa:
Guarda-redes
Rui Patrício
Eduardo
Beto [Read more…]
Elogio a Paulo Bento
Quando Paulo Bento veio substituir a nada saudosa personagem que anteriormente ocupava a cadeira de seleccionador nacional, torci o nariz. Confesso que, se dependesse de mim, Paulo Bento não seria o actual treinador da selecção.
Enganei-me. Estava demasiado habituado à figura de Paulo Bento treinador do Sporting, belicoso, excessivamente interventivo, semeador de discórdias. Mas Paulo Bento, seleccionador nacional, mostrou ser o homem certo para o lugar, distendido, arredado dos focos mediáticos, com uma panóplia de bons jogadores à sua disposição com quem não tem que lidar no dia-a-dia, sem medo de errar a cada passo e, por isso, proibir-se de ousar.
Paulo Bento pegou num lote de jogadores descrentes e derrotados, e levou-os ao primeiro lugar do seu grupo de apuramento. Devolveu-lhes alegria, criou uma equipa, livrou-se de jogadores de segunda linha, e, ao contrário da triste personagem precedente, pô-la a jogar de acordo com o talento prometido pela soma das partes.
Moral da história em véspera de eleições: uma boa vassourada é muitas vezes necessária. A Federação Portuguesa de Futebol teve, nesse cenário, muito mais sorte do que o povo português e podia escolher um entre dezenas de treinadores nacionais e estrangeiros. O povo português, pelo seu lado, só tem dois treinadores efectivamente candidatos a treinar o país. Se uma vassourada é bem-vinda, a possibilidade de escolha é demasiado curta. Por mim, o treinador que aí vem também não se sentaria na cadeirinha do poder. Desta vez temo não me enganar.
Portugal: golos e o regresso da seleção
Depois do interregno para aulinhas e preleções teóricas, passado o pesadelo do professor, eis-nos de regresso ao futebol como deve ser: selecionador em vez de professor, jogadores em vez de alunos. Agora o motor já tem turbo, não está afinado mas atinge rotações elevadas sem medo de tentar.
Não vou endeusar Paulo Bento – não seria a minha escolha para o cargo- mas vê-se que já existe mudança de atitude, vontade de jogar e, suponho, acabaram-se as desculpas esfarrapadas e as liçõezinhas de moral. Bem sei que não se deitam foguetes antes do apito final, que a bola é redonda e tudo pode acontecer. Escrevo este texto durante o intervalo, neste momento Portugal ganha por 2-0. Aconteça o que acontecer, ganhe ou perca, a seleção mudou, há velocidade, os jogadores ocupam as suas posições naturais, Carlos Martins e João Moutinho são finalmente titulares. Assim gosto mais, escusado era ter-se perdido o tempo que se passou em experiências pseudo-educativas.
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