O caso Relvas não é um problema de pressão de ministro sobre jornalista: isso é rotina.
O caso Relvas não passa pela correspondência com a maior anedota da espionagem portuguesa, a anedota tem barbas.
O caso Relvas resume-se a isto: na Assembleia da República um ministro, sob juramento, mentiu. Não vou dizer que é original, mas foi o primeiro a ser apanhado.
Secou, escusam de regar. Demora muito a demitir-se?
Fotografia Portocovense
Quando o Ministro Relvas se demitir, acordem-me, por favor. Devo ter dormido demasiado à sombra da bananeira neste país que as dá em grande quantidade, embora não contabilizadas para a exportação. As ( e os ) bananas ficam cá todas ( os ) a consumirem-se a elas ( eles ) próprias ( os ). Viver não custa, mas é preciso que estes pulhas nos deixem, o que não tem acontecido.
Resgatar a democracia.
Vendida, emprestada, rasgada, escondida, maquilhada, sem ninguém saltar da formatura.
Mais uma vez, conforme a cor com que se deixaram pintar, não há cão nem gato político que não venha a terreiro defender a sua dama obedecendo ao guião da confraria.
Neste caso Relvas, só de má fé para confundir ou baralhar se podem pretender colocar no mesmo plano competências, âmbitos e finalidades distintas.
Fazer o Parlamento esperar pela ERC seria inofensivo e humorístico se não fosse abusivo e ridículo.
Qualquer coincidência com a desfaçatez da anterior governação é exposta e esclarecedora semelhança.
Se a prática da nossa democracia e a obediência na representação se pauta cegamente pelo colante que nos cravam na lapela, de olhos vendados ao cheiro da barricada que nos tolhe, de democracia temos apenas máscaras e figurantes amestrados.
Em vez de apalpar pela relva é premente cavar a fundo até á raiz.
Pior ainda, O PSD diz depositar toda a confiança no ministro, parecendo que o que o País pensa não conta para nada.
Mas as agências contratadas estão a fazer o seu trabalho e vai passando:
– “Coitado do relvas, foi apanhado no meio de uma luta de tv’s”
Relvas ………… sêcas – e de misturas daninhas