Sobre os 4 mil imigrantes a sub-viver em três casas de Lisboa

Segundo notícias que surgiram em jornais como o Expresso e o Público, existem três casas numa rua de Lisboa onde vivem 4 mil migrantes.

Viver não será o termo correcto. Trata-se de uma prática de partilha de camas, o que mesmo assim parece de dificílima execução. Isto não é viver. É, quando muito, sub-viver. Não confundir com sobreviver. Há quem neste país sobreviva em muito melhores condições.

É aqui que as democracias abrem o flanco à extrema-direita. Ao não controlar o processo de entrada de imigrantes no país com mínimos de organização, decência ou dignidade, geram-se casos extremos que não são a regra, mas que acabam por ser amplificados e abafam os casos bem sucedidos de integração. [Read more…]

PS e IL juntos na cumplicidade pelo crime ambiental

Proteger os perpetradores de crimes ambientais e não os seus denunciadores encaixa às mil maravilhas na cultura de negociata, compadrio, corrupção, conivência e complacência com a destruição ambiental.

Aqui fica a mensagem da associação ProTEJO:

Na passada sexta-feira, dia 17/03/2023, foi rejeitado no parlamento o projeto de lei do Partido das Pessoas, dos Animais e da Natureza (PAN) que pretendia “Reforçar a proteção dos denunciantes de crimes ambientais”, após uma ronda de reuniões do proTEJO para sensibilização dos grupos parlamentares para acolherem a Iniciativa Legislativa de Cidadãos “Pela Proteção do Cidadão Denunciante” registada a 18/01/2023 e que se encontra atualmente à subscrição dos cidadãos através de registo junto da Assembleia da República sob a forma de alteração legislativa do “Regime Geral de Proteção de Denunciantes de Infrações” (Lei nº 93/2021).

Segundo a proTEJO, esta proposta de alteração legislativa surge em resposta à falta de um articulado que proteja globalmente os cidadãos que denunciam infrações, como é o caso dos ambientalistas e das suas organizações que denunciam atentados ao ambiente e, que por isso, têm vindo a ser alvo de autênticas ações judiciais estratégicas contra participação pública (SLAPP) sem fundamento, que apenas pretendem a sua desmotivação. [Read more…]

Residências com Pedigree

Moedas inaugurou uma residência de estudantes, cuja prestação mensal varia entre os 700 e os 1100 euros, e tem a distinta lata de dizer que com isto está a resolver o problema da habitação. Para os liberais de colarinho, para quem a assimetria social é um sinal de saúde, segue-se a inauguração de cantinas gourmet, com roteiros de degustação entre os 50 e os 150 euros, e vão garantir que com isso estão a resolver o problema da alimentação. Devia haver limites para a provocação social, mesmo para quem, do alto do seu privilégio, não faz a mais pequena ideia do custo de vida.

Entra para os anais do Twitter não só a falta de noção, como a notável escolha das fotografias.

Portugal é uma sitcom

Não se via nada assim desde o êxito que foram os submarinos de Paulo Portas.

Cavaco, o incrível

Cavaco Silva deu ontem o ar da sua imensa graça e saiu-se com esta:

Segundo estudos, a credibilidade leva muito tempo a recuperar.

Tem toda a razão, o político mais político da história da política portuguesa. Basta ver o seu caso. Nunca mais recuperou a sua e é pouco provável que recupere.

Cavaco bem.

Cecília Meireles: meltdown em directo na SIC

Cecília Meireles, como qualquer político profissional com uma longa carreira parlamentar, terá as suas clientelas. A grande distribuição, ao que tudo indica, será uma delas. Não vejo outra explicação para o meltdown a que se assistiu na SIC Notícias, em debate com Mariana Mortágua sobre a inflação artificial que alguns hipermercados estão a impor aos seus clientes.

No início desta montagem, temos uma Cecília Meireles cheia de certezas. E grita, como nunca a tinha visto, em defesa dos lucros da grande distribuição. Chega a ser comovente, tanta convicção, e uma pessoa até fica com a sensação de haver no horizonte um qualquer lugar num conselho de administração. [Read more…]

Açores, uma lição de estabilidade

A Geringonça durou quatro anos.

A versão açoriana de direita, com a extrema-direita na equação, durou dois e meio.

A piada não está na durabilidade de cada solução.

Nem no espantalho da instabilidade que se agitou todos os dias, entre Novembro de 2015 e Outubro de 2019.

Esta no facto de terem sido os partidos que não aguentaram o acordo do Açores até ao fim a agitá-lo.

Se não conseguem entender-se para governar uma região autónoma, como conseguirão fazê-lo para governar o país?

Karma is a what?

Montenegro refém do populismo

Luís Montenegro continua a ignorar o alerta de Marcelo. Ficará para a história como mais um líder falhado do PSD, que desistiu do eleitorado moderado ao centro para se dedicar ao populismo de direita e perder para André Ventura.

Melides, George Clooney, $600,000,000

A sacanagem de roubar o país aos cidadãos; a sacanagem de vender até a sua própria mãe; a sacanagem de fazer o ninho aos super-ricos. Só falta privatizarem a praia, mas o efeito é quase o mesmo, já bloquearam os acessos para salvaguardar a intimidade dos pertencentes ao 1% ou 2%.

Entretanto, por cá, a pobreza a aumentar dia a dia. A direita professa essa política, é natural que a pratique. Mas vós, que vos denominais socialistas, como podeis tão bem conviver com a desigualdade e a miséria???

Há quem tenha a coragem de se erguer contra o vosso desprezo pelos cidadãos e pela natureza. Mas só na história bíblica David vence Golias. Na realidade em que vivemos, sois vós o Golias vencedor, e nem a dignidade nos deixais.

O passado bolivariano de Aníbal Cavaco Silva

O ano é 1980.

Aníbal Cavaco Silva é o jovem Ministro das Finanças de Sá Carneiro.

Entre outras medidas, de um pacote destinado a combater a inflação, conta-se esta:

Fixação dos preços dos bens essenciais

O nosso Aníbal já era bolivariano ainda o Chávez era uma criança.

Já a direita chalupa está onde sempre esteve: a alucinar com comunismos que não existem. Fazia-lhes bem, ficar sem os meios de produção durante uma semana ou duas.

Manuel Pinho, criminoso assumido

É a impunidade a bater recordes olímpicos. Manuel Pinho, socrático e avençado de Ricardo Salgado, assume, com a leveza de quem acordou e se lembrou de se ter esquecido da roupa na máquina por estender, que afinal cometeu vários crimes de fraude fiscal, prática comum – garante – no universo BES.

Mas está muito arrependido.

E ainda vai aparecer um idiota útil qualquer a louvar o arrependimento do criminoso.

Há sempre um idiota assim. É o irmão mais novo do idiota do “rouba, mas faz”.

Luís Montenegro: a cópia, o original e o comunismo

Marcelo avisou, aquando das lamentáveis declarações sobre a imigração, mas Montenegro fez orelhas moucas. Talvez seja parte de uma estratégia de curto prazo para atrair eleitorado do CH, mas, no longo prazo, a lição do presidente da República será implacável: entre o original e a cópia, o original leva sempre a melhor. Sempre. E isso terá um custo enorme para o maior partido da oposição.

Não contente, o líder do PSD continua na senda da radicalização. Nos últimos dias, o discurso de Luís Montenegro vem a apostar num delírio populista, que assenta na ideia de um PS comunista. Nada o distingue, a este respeito, daquela que é a narrativa do CH. Mas nem o PS é comunista, nem o governo tem políticas comunistas. É uma absoluta falsidade com a agravante de ser deliberada. [Read more…]

Cavaco Silva, o comunista

fixou o preços dos bens essenciais, em 1980, para combater a inflação. O nosso Aníbal já era bolivariano ainda o Chávez era uma criança.

Paguem e não bufem


“Portugal devia baixar o IVA como em Espanha!”
, dizem-te os chico-espertos liberais.

Está bem, Ruizinho e Luisinho, está bem. Perante a espiral inflacionista, os liberais, nas suas demais derivações mais ou menos “sociais”, propõem sempre o mesmo. Infelizmente para eles, a realidade desmente-os sempre.

Baixar o IVA pode ter resultado… durante 15 dias. Controlar e tabelar preços dos bens essenciais, taxar lucros abusivos à nossa custa? Não, isso é coisa de extrema-esquerda. Está bem, Ruizinho e Luisinho. Agora paguem e não bufem. Por favor, tirem o “socialista” do nome, tal como a solução da baixa do IVA, isso é publicidade enganosa.

Não esquecemos:

O quarteto que é força de bloqueio e capataz do grande capital.

Ps. É assustador ver como as medidas que a Iniciativa Liberal propõe para Portugal vão falhando, uma a uma, noutros países: em Espanha, no Reino Unido, em El Salvador, nos Estados Unidos da América, na Estónia ou na Lituânia; mas que estes, em Portugal, continuam a crescer nas sondagens.

A brilhante intervenção de Sérgio Sousa Pinto sobre a invasão da Ucrânia

Apenas num ponto não concordo com Sérgio Sousa Pinto: infelizmente, os estados europeus são estados vassalos dos EUA. E, não raras vezes, cúmplices dos seus abusos. Em tudo o mais, foi uma enorme intervenção do deputado socialista.

Polígrafo entrevista André Ventura

Fotografia: Micaela Neto

O Polígrafo entrevistou André Ventura.

Quando soube disto, achei um absurdo um “fact-checker” estar a dar ainda mais palco à extrema-direita, sentimento reforçado quando me lembrei que, segundo o próprio Polígrafo, o líder do Chega foi o político que mais mentiras acumulou em 2022.

Depois deste impulso, fui ler a entrevista. E só tenho de dar os parabéns à Salomé Martins Leal pela condução da mesma, pois fez o jornalismo que já há muito era exigido que se fizesse ao wannabe Bolsonaro cá do burgo, o Bolsonaro da Wish, como uma vez lhe chamou o meu amigo João Mendes. Assertiva, fez perguntas directas e incómodas, encostou o pequeno proto-ditador à parede várias vezes, não o deixando fugir a algumas perguntas e deixando que este se emaranhasse na dualidade do seu próprio discurso. Um must.

Dir-me-ão: “sim, ó João, mas isto só dá mais palco à extrema-direita e pode ser um catalisador para os fazer crescer”; eu respondo-vos que não discordo da sentença, mas que entre deixá-los crescer sozinhos de qualquer forma (sim, a realidade é essa) ou fazer-lhes frente apresentando contraditório, eu preferirei sempre a segunda opção.

Quando alguém quiser voltar a entrevistar este moço de recados do capital reaccionário, recomendo que leia a entrevista e que aprenda alguma coisa com o trabalho que a jornalista Salomé Leal fez; terão muito a aprender. Fica um aperitivo: ao que parece, a IURD, esse antro de bons rapazes, financia o Chega.

Nota para a frase escolhida para ilustrar a primeira parte da entrevista, dita exactamente dessa maneira por André Ventura, que tropeçando nas próprias palavras admite, por mais do que uma vez, que sabe que mente em muitos assuntos.

Entrevista do Polígrafo a André Ventura: 

  • Parte 1: “Eu não minto para ganhar votos”

  • Parte 2:“Não gosto de coisas ilegais. Acha que devemos aceitar pessoas ilegais cá?”

Os outros

Antes de ser Aventador já lia este blog. Mas também lia outros. Entretanto deixei de acompanhar  a maior parte deles, uns porque acabaram, outros porque deixei de ter interesse, e outros nem sei bem porquê. O tempo também não é elástico, e entre a família, os amigos, a profissão, o facebook, o twitter, os jornais (alguns), o instagram,  muita coisa fica para trás.

No entanto continuo a ler regularmente três blogs, além deste. São eles o Corta-fitas, o portadaloja e o portugadospequeninos.

Não leio todos os textos do Corta-fitas, mas os do Henrique Pereira dos Santos (que não conheço) são hoje para mim de leitura obrigatória. Incisivo, assertivo e fora do mainstream quotidiano que nos é injectado todos os dias, especialmente pelos OCS e pelo Governo.

Já com o portadaloja (cujo autor, José, também não conheço) tenho aprendido muito sobre música (cujos gostos partilho), e também sobre aparelhagens, vinil, CDs, literatura musical, etc. O autor tem uma cultura musical muito acima da média.

Quanto ao portugaldospequeninos de João Gonçalves (não conheço também) a acutilância e acidez dos seus textos são outro caso à parte na blogosfera (tem uma coluna semanal no JN), e vou-o lendo com gosto.

Escrevo este texto  sobre a “concorrência” num blog (este) com toda a liberdade e  respeito pela diferença.

 

 

 

 

A histeria da direita sobre a habitação

Mas, mas… afinal não é a direita que condena, desdenha e tem asco ao que chama histeria? Não eram os betinhos que eram os das boas maneiras, da souplesse, do estilo, da nonchalance, da superioridade???

Afinal não. São aos montes os artigos e opiniões com reacções histéricas à proposta do governo “Mais Habitação”. Afinal também gritam, quando lhes dói, o que, como é óbvio, só mesmo muito raramente acontece. Foi desta e logo se ouve a chinfrineira: ai o PREC! ai o socialismo! ai os direitos individuais!

É como diz Leonor Caldeira, basta um toque e saltam das tocas os “activistas das casas vazias”. Só não sairão à rua, como fazem os activistas contra os fósseis, porque têm instrumentos de lobby bem mais poderosos e subtis. E ao contrário dos primeiros, é certo e sabido que vão alcançar os seus objectivos, de conluio com os media que têm no bolso.

O artigo de Carmo Afonso é absolutamente certeiro quanto ao que está em jogo:
Costumava caracterizar-se um homem bom como aquele que é capaz de dar a própria camisa. Para um liberal um homem bom é aquele que defende a sua própria camisa e mesmo que não esteja a usá-la.

Nem mais, trata-se de princípios, trata-se de valores (de ética e não da bolsa).

Porém esta cambada dominante de neoliberais a única coisa que respeita e idolatra é o homo economicus, darwinista, predador, egoísta e insaciável. Ao verem um faminto ainda defendem o seu próprio direito individual a não lhe darem de comer. O maior gozo obtêm em fazer finca pé de que venceram a competição.

Vão destruir o mundo, é mais que certo.

Arrende-se coercivamente o património do Estado, já!

Sobre o problema da Habitação, e antes de me pronunciar sobre o powerpoint apresentado pelo governo (não confundir com medidas ou leis, essas ainda não existem e estão em discussão pública até meados de Março) e sobre o histerismo que isso gerou, a ponto de haver quem tenha chegado ao ponto hilariante de fazer comparações com o PREC, existe um ponto nesta discussão que me parece fundamental debater:

O património do Estado.

O Estado português tem centenas de imóveis devolutos ou em situação de abandono. [Read more…]

Será preciso Mais Habitação?

O governo apresentou um projecto chamado “Mais Habitação” reconhecendo que estamos com um problema grave que afecta, sobretudo, a classe média e os jovens. O Estado central e as autarquias locais fizeram, no passado, fortes investimentos em habitação social – nos anos 90 e início deste século entre reabilitação e construção nova a aposta foi clara. Depois parou. Entre a confusão dos últimos anos do governo Sócrates, os anos da Troika com o governo da PAFe os sucessivos governos de António Costa tudo parou.

Agora, perante o problema que afecta importantes sectores da sociedade, António Costa avançou com uma reforma. Ou melhor dito, com um power point…Recordo, porque não quero ser injusto, que a “coisa” está em discussão pública até meio de Março – como bem recordou o Orlando Sousa cada um de nós pode ir ler o documento e apresentar propostas/ideias através do site ConsultaLEX. O que tenciono fazer. Nomeadamente propondo que se aposte no modelo cooperativo que tanto sucesso e bons exemplos nos deu nos anos 80 e 90 (das várias que conheço realço a “Mãos à Obra” em Rio Tinto, ou a CooperMaia na Maia).

Contudo, permitam-me que a exemplo de outros nas redes sociais, sublinhe que o Estado deve dar o primeiro passo e colocar no mercado de habitação (devidamente recuperadas) as inúmeras casas, apartamentos e prédios de que é proprietário directa e indirectamente. Se vários dos prédios e demais edifícios do Estado (central, regional, local, etc.) cujas fotografias e identificação pululam pelas redes forem destinados, por exemplo, ao arrendamento a estudantes universitários (e ERASMUS) assim como para funcionários do Estado deslocados (professores, médicos, juízes, entre muitos outros) estou certo que iria, por um lado, diminuir o problema que atinge a classe média e, por outro, servir para a baixa do preço médio das rendas praticadas nas principais cidades fruto do aumento da oferta em relação à procura.

Uma coisa é certa: cá estaremos para no final tirar as devidas ilações. Como sempre. Desde 2009!

 

O que se passa no Porto Canal?

Esta história começou a 10 de Fevereiro de 2023. Na sua página no Facebook, o Porto Canal publica uma fotografia do comentador desportivo Rui Santos (CNN) acompanhado da sua companheira e da filha desta, assim como da informação de qual era o restaurante de que a mesma é proprietária.

O momento não era, de todo, inocente. O comentador desportivo Rui Santos tinha, no seu programa na CNN, tecido duras críticas a uma arbitragem de um jogo do FC Porto e, mais tarde, opinado de forma polémica sobre o treinador do clube, Sérgio Conceição. O somatório dessas duas intervenções provocara um enorme mal estar dentro do clube e a ira nas redes sociais de inúmeros adeptos do FC Porto, inclusive de alguns que pertencem ao blogue Aventar. O futebol, como se sabe, é gerador de paixões e de alguma irracionalidade provocando, inúmeras vezes, situações violentas. O Porto Canal, ao publicar qual era o restaurante da companheira de Rui Santos, ainda para mais sendo um conhecido local da cidade do Porto sabia ou, pelo menos, deveria saber as repercussões que poderiam advir de tal decisão “editorial”. E o óbvio aconteceu: ameaças de morte por telefone e nas redes sociais ao ponto de a companheira de Rui Santos e a sua família mais chegada estarem a receber protecção policial e, segundo apurou o Aventar, a Polícia Judiciária e o Ministério Público estarem a investigar toda esta situação. Não será preciso sublinhar o terror que tem sido para estes cidadãos e quem conhece o universo que rodeia o futebol, facilmente perceberá o porquê.

Passados alguns dias, no seu programa televisivo, Rui Santos denunciou a situação que estava a ser vivida pela sua companheira e respectiva família. Após a denúncia pública na CNN, entendeu o Conselho de Redacção do Porto Canal emitir um comunicado público sobre o assunto:

“Enquanto jornalistas, portadores de carteira profissional e cientes e zelosos de cumprir o Código Deontológico dos Jornalistas, repudiamos por completo o facto de conteúdos que não obedeçam às regras mais básicas do jornalismo serem publicados nos meios informativos que a estrutura azul e branca detém. Demarcamo-nos da publicação em causa e assumiremos publicamente essa posição”

A posição do Conselho de Redacção do Porto Canal, ao que o Aventar apurou, criou enorme polémica e desconforto dentro de parte da estrutura do FC Porto. Ao demarcarem-se da referida publicação deram a conhecer que a mesma não foi nem produzida nem publicada por jornalistas da casa. Segundo as nossas fontes, alegadamente, a publicação foi da responsabilidade da direcção de conteúdos do FC Porto (liderada por Diogo Faria) e pela direcção de conteúdos digitais do clube que gere, também, as redes sociais e o site do canal (direcção liderada por Pedro Bragança). Ora, ainda mais recentemente, boa parte dos órgãos de comunicação social portugueses e, também, o Aventar receberam um comunicado “anónimo” da autoria de jornalistas do Porto Canal. Após a leitura do mesmo e atendendo à gravidade do exposto, o Aventar procurou saber da veracidade dos factos relatados e iniciou um processo de investigação. Aqui chegados, cumpre sublinhar que o Aventar não é um órgão de comunicação social. Mesmo assim, tivemos todos os cuidados necessários e que em nosso entender eram devidos a uma situação desta gravidade: foi enviado um email ao Porto Canal e ao cuidado tanto de Diogo Faria como de Pedro Bragança, informando-os das respectivas denúncias e dando a oportunidade de responderem e se defenderem, informando-os que o Aventar iria publicar este artigo a 21 ou 22 de Fevereiro e que para tal poderiam responder para o nosso email até às 23h59 de segunda-feira 20 de Fevereiro. Ao mesmo tempo, o Aventar auscultou inúmeras fontes.

Então quais são as denúncias de alguns jornalistas do Porto Canal? Que na sequência do comunicado, membros do conselho de redacção foram punidos pelos seus superiores sendo-lhes proibido sair em reportagem. Foram punidos, alegadamente, pelos directores Diogo Faria e Pedro Bragança. Além disso, denunciaram que, alegadamente, os castigos são uma constante nas duas redacções e já levaram ao despedimento ou saídas coercivas de diversos jornalistas. Ao que o Aventar apurou e num comportamento similar ao que está a acontecer com a companheira de Rui Santos (e o próprio), estes jornalistas e as suas famílias, alegadamente, estão a ser ameaçados ao ponto de alguns terem tirado os filhos das respectivas escolas por medo. Um clima de terror.

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Arrendamento compulsivo

Como parece que o outro, o quartel, já marchou, temos sempre este. Também no centro do Porto. É coisa para umas boas dezenas de apartamentos….

A invasão da Ucrânia e o PCP na twilight zone

Não me incomoda tanto a caracterização que o PCP faz de Zelenskyy como me incomoda a caracterização que não o vejo fazer de Putin. Ou de Xi Jinping e do seu Grande Irmão tecnológico. Ou do próprio Kim, que alguns comunistas entendem não dirigir um regime brutal de absoluta negação da liberdade e da democracia. Não me recordo de ler palavras tão hostis dirigidas a qualquer um deles.

Não que os seus críticos à direita, e mesmo em parte da esquerda, tenham grande arcaboiço moral para apontar dedos. Ainda me lembro, porque não foi assim há tanto tempo, de quando Putin era “um dos nossos”. De quando dançava com Bush, trazia o bobi para a reunião com Angela Merkel e dava carta verde aos seus oligarcas, então investidores, para comprar clubes de futebol, hotéis, iates e vistos gold na Europa. De quando a bandeira do VTB esvoaçava ao lado do Banco de Inglaterra, no coração da City. Dos braços abertos com que o Ocidente os recebia, apesar da lista interminável de crimes do regime russo. [Read more…]

“Bitaitar” não chega!

Todos gostamos de opinar sobre tudo e mais alguma coisa. Nos blogs, no facebook, no twitter, no emprego, no café, em casa, etc.  Eu não sou excepção. É sobre bola, é sobre política, é sobre o governo, e por aí fora. Não há nenhum mal nisso.

O que acontece é que usamos informação que nos é apresentada (de diversas fontes), e na maior parte das vezes, senão todas, não conhecemos o suporte real que deu origem a essa informação. Mas uso também dois locais onde posso escrever o que penso sobre determinados assuntos que tem implicações na nossa vida. Esses locais permitem que qualquer cidadão se pronuncie e diga (escreva) o que pensa. São duas ferramentas grátis que nos permitem exercer a nossa cidadania, conhecendo o que efectivamente é proposto.

O primeiro é um site onde os diplomas legais ( Decretos-Lei, Portarias, etc.) se encontram para consulta pública, antes de serem ratificados e entrarem em vigor. O segundo é sobre projectos ( Linhas do Metro, Barragens, Estradas, Parques Industriais, Pedreiras, Indústrias, etc.) que se encontram em Consulta Pública.

A nossa participação muda alguma coisa? Não sei, mas eu, que ainda quero mudar o mundo, faço a minha parte.

Usem.

 

 

É avisar o proprietário…

Esta excelente propriedade está devoluta. Em pleno centro do Porto. Um bom exemplo para o governo iniciar obra coerciva de reabilitação para arrendamento. É coisa para uns 20 a 30 apartamentos. Como não quero que falte nada ao nosso governo informo-o do proprietário: o Ministério da Defesa….

O PCP é como o algodão…

A Bela, o Monstro e o Monstro do Comunismo Lusitano

A Bela- a nossa Lusitânia, Portugal para os Amigos. Provavelmente o espaço territorial mais idílico para viver, seja pelas pessoas, pelas gastronomia, pela segurança ou pela diversidade e riqueza territorial.

O Monstro- a máquina do Estado português. Responsabilidade de todos nós, porque o Estado, somos todos nós. Estamos completamente alheados da política e decisões nacionais e alguns atores actuam como bem pretendem com a anuência de nenhuns!

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Agora temos o….

… fast fode. Quem o diz é este autarca. Não se brinca, carago!

E que tal esperar?

Olhando para tudo o que já saiu a público, não posso criticar em condições. É só “soundbites” e bons memes como o da foto. Vou esperar pela letra da proposta ou seja, com todo o seu conteúdo, todas as vírgulas, anexos e remissões. Nessa altura consigo ter uma opinião bem formada.
Quanto à minha “direita” espero que, se não concordam com a reforma apresentada, apresentem a sua alternativa. Para sabermos todos com o que contar.

O bom é que tudo, excepto a morte, tem remédio: se não for antes, em 2026 vamos outra vez a votos.
Uma coisa é certa: boa ou má, temos finalmente uma verdadeira reforma. Falta é saber se é só aparentada….

Carlos Moedas e a imigração sem noção

Carlos Moedas fez um número de circo político como há muito não se via. Visivelmente incomodado com as críticas certeiras de Marcelo Rebelo de Sousa, que alertou a cúpula do PSD para os perigos de se remeter ao papel de cópia de um perigoso original, a propósito das intervenções infelizes de Moedas e Montenegro sobre os problemas da imigração, o edil de Lisboa saiu-se com esta:

Eu fui emigrante, sou casado com uma imigrante, não aceito lições de ninguém nesta matéria.

Imagino as dificuldades que atravessou o emigrante Moedas, numa frágil jangada de madeira a caminho do Goldman Sachs. Ou a arriscada travessia do deserto que fez, a pé e sem comida, de Portugal até Bruxelas. Que importantes lições terá aprendido, nessas jornadas onde a morte está sempre à espreita? A da noção não foi de certeza.