Desde sempre a amei, sempre a busquei. E hoje a consolação que dela me vem não tem limites. Em criança, acompanhava os ensaios do grande orfeão da minha terra, aprendia com o sábio maestro a dura exigência da arte, a excitação do Belo, exemplo de querer o máximo, os desempenhos ultraprofissionais do coro. Sempre me disseram ter eu próprio uma afinação perfeita, uma voz balsâmica; amei desde muito cedo o canto coral, muito cedo saboreei Orff, sensacional música sensualizada, a tradição medieval reconstituída, o canto gregoriano, o melhor da música sacra, Bach, Mozart, Schumann, tudo.
Hoje, na minha praia, diante das ondas que cavalgam até à areia afagando grandes pedras, miro as férvidas águas e o sol que nelas rebrilha, ouvindo por vezes até às lágrimas quanto a Antena 2 me dá a escutar e substancia, com o que vejo, o imprevisto poema absoluto do momento, sentido completo do meu mais fundo.
PPC sabe que gostas de boa música; por isso mesmo se esforçou (antes das eleições) por nos legar a todos BOA música.
Um exemplo?
É a isto que se chama “a cantiga do malandro”?
Gostaria de ouvir a música das ondas aí na minha Praia da Vieira. Mas graças ao Passos e à restante camarilha, estou um bocadinho longe. Em Toronto, só temos o Lago Ontário, mas mesmo que estivesse aqui à beira do atlântico a música não seria a mesma.
http://youtu.be/iqqe9q6cI4Y
Mas agora só se pode ser melómano se se for de esquerda? Toma lá, Joaquim, pelo teu direito a ser melómano e a defender cores políticas que não são as minhas
http://youtu.be/OcWuqOb0UyY
Obrigado, Carla. Fantástico.