Por este rio acima: 40 anos

“Por este rio acima”, sexto álbum de Fausto, comemora 40 anos de existência.

Editado a 19 de Novembro de 1982, é o sexto álbum de Fausto, sendo o primeiro álbum de uma trilogia chamada “Lusitana Diáspora”, que inclui ainda “Crónicas da Terra Ardente” (1994) e “Em Busca das Montanhas Azuis” (2011).

Inspirado nas viagens de Fernão Mendes Pinto relatadas em “Peregrinação” (1614), contraria a obra no sentido em que Fausto nunca saiu de Lisboa para compor o disco e sendo a viagem do cantautor uma viagem interior, em que o seu “eu” desflora o país que o rodeia e as tormentas do seu povo.

Editado pela Triângulo da Sassetti, produzido por Eduardo Paes Mamede, escrito, composto e interpretado por Fausto, com a companhia de Júlio Pereira, Pedro Caldeira Cabral e Rui Júnior, o disco “Por este rio acima” será, para sempre, um marco na cultura popular portuguesa.

Fausto Bordalo Dias nasceu em 1948 no interior do navio “Pátria”, algures entre Angola e Portugal.
Fotografia: Manuel Castro

R.I.P. Charlie

Sons do Aventar – Mudjer sonha

Música tocada e cantada por mulheres de Cabo Verde, o quotidiano sem filtros.

Sons do Aventar
Sons do Aventar
Sons do Aventar - Mudjer sonha
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Sons do Aventar – Bugalhos

Esta edição do “Sons do Aventar”, é dedicada à banda “Bugalhos“, e apresenta três temas – “Verdade”, “Água” e “Onze” -, oriundos do seu recente álbum “Alvorário“.

Ouçam.

Sons do Aventar
Sons do Aventar
Sons do Aventar - Bugalhos
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Sons do Aventar – Santrana II

Tal como anunciado na última edição, hoje temos uma versão demo do tema “Compro paciência” – em estreia absoluta aqui no Sons do Aventar -, resultante da parceria de Santrana com Miguel Campos.

Sons do Aventar
Sons do Aventar
Sons do Aventar - Santrana II
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Sons do Aventar – Santrana I

Nesta edição, temos Santrana com dois temas: “Alecrim” – uma nova versão do popular tema, resultante da colaboração com Aníbal Andrade -, e “Ana 3A”.

Na próxima edição, teremos uma versão demo do tema “Compro paciência” – em estreia absoluta aqui no Sons do Aventar -, resultante da parceria com Miguel Campos.

Sons do Aventar
Sons do Aventar
Sons do Aventar - Santrana I
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Sons do Aventar – Música com corpo e alma II

Seguindo a série Música com corpo e alma, este segundo episódio é dedicado a Hindi Zahra.

Sons do Aventar
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Sons do Aventar - Música com corpo e alma II
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Sons do Aventar – In memoriam – Amanheceu

A propósito da trilogia de música espanhola e mexicana, que o nosso Fernando Moreira de Sá em boa hora publicou no Sons do Aventar, lembrei-me deste episódio:

Certa vez, estava eu no estúdio de gravação com o meu amigo Luís de Carvalho, a finalizar uns pormenores de arranjos de um tema que eu tinha acabado de compor, quando, a dada altura, ele me disse “Era giro um destes dias, fazeres uma coisa diferente. Assim um tema latino, um bolero ou algo do género”.

O resto, é para ouvir.

Sons do Aventar
Sons do Aventar
Sons do Aventar - In memoriam - Amanheceu
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Sons do Aventar – Luís de Carvalho

Retrospectiva de 20 anos de carreira de Luís de Carvalho, ou Santrana, ou Pampas, em 4 temas e tons.

Sons do Aventar
Sons do Aventar
Sons do Aventar - Luís de Carvalho
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R.I.P.


2021 a começar mal, deixou-nos o fadista Carlos do Carmo, a obra permanecerá bem viva nas nossas memórias.

Feliz Natal

A todos os autores, comentadores e leitores que nos visitam.

Feliz Natal

Canções Históricas

 

Te Deum, Marc-Antoine Charpentier. 1688

 

Wallace e Gromit

Coisas boas.

«Serenata ao tempo perdido» de António Victorino d’Almeida

Música para um domingo de manhã

Quinteto de plectro “Giuseppe Anedda” interpreta uma rapsódia de temas famosos de Ennio Morricone.

Até que voltes para mim

Continuando, o tema que se segue:

Feliz Natal


Este ano regresso a Fairytale of New York, porque alguns talibãs, doutrinadores do pensamento único, consideram ofensiva, logo passível de censura a letra desta bela canção.
Tempos perigosos para a Liberdade quando patrulheiros do politicamente correcto pretendem reescrever a História, mudar estátuas, nomes de ruas, culpar povos pelo passado, proibir ou impor comportamentos, incluindo a linguagem, entre outras barbaridades, na busca pelo homem novo, com que tantos tiranos sonharam…
A todos desejo um feliz Natal.

Eu digo sim (Tu dizes não)

Continuando a divulgação, desta vez com o tema “Eu digo sim (Tu dizes não)”.

France: douze points

A história é simples, a de um bebé chamado Mercy que nasce numa embarcação de refugiados a caminho da Europa. Depois troca-se por ali as voltas ao significado de Mercy em inglês e de Merci em francês. A música é bem esgalhada e com potencial para irritar os governos húngaro, polaco, britânico e todo o refugo xenófobo de Le Pen a Beppe Grillo. Só por isso, mereceria logo à cabeça douze points. Entre as minhas favoritas estão também a da Irlanda e da Albânia.

As várias mensagens políticas da Eurovisão ao longo das décadas são muito bem abordadas num documentário do canal ARTE, intitulado “Eurovisions” (não disponível), onde se refere a canção de Paulo Carvalho que serviu de senha do 25 de Abril, as vitórias de Dana International e Conchita Würst ou a canção anti-Putin de Verka Serduchka.

Pode-se pensar o que se quiser deste que é o espetáculo televisivo mais popular da Europa, mas comparado com o conservadorismo do Super Bowl americano onde uma simples maminha causou escândalo nacional, prefiro a Eurovisão onde as avozinhas e as netas dão a vitória a um grupo de Heavy Metal finlandês, a um travesti israelita ou a uma mulher de barba austríaca.

És tu

Este é o primeiro vídeo do projecto musical que tenho em mãos.

Trata-se de uma mudança algo radical do que costuma (ou costumava) ser o âmbito das minhas publicações, mas, sinceramente, já estou cansado das agendas mediáticas e das conjunturas.

Feliz Dia da Mãe.

Feliz Natal


A todos que escrevem, comentam ou lêem o Aventar.

Até sempre…

RIP Zé Pedro…

A recta dos Feitos

doutor_asserio

Manuel Melo

Os Doutor Assério são uma banda de Barcelos, descontraída e integrada por três veteranos da música barcelense. Este projecto é uma pura banda rock sem complicações e divertida.
Ora, um dos temas chama-se “A Recta dos Feitos” e alude, em tom irónico e humorístico, à prostituição de estrada que tem lugar nesta freguesia – uma coisa igual a qualquer outra noutra terra deste país.
O mais ridículo é que alguns dos supostos habitantes dessa terra (que até é simpática e fica próxima da cidade) partiram para o insulto e andam a arregimentar mais pessoas para ir à página da banda deixar insultos e soltar verborreia. Para já, só conseguiram regurgitar,mas com o tempo talvez lhe apanhem o jeito.
Também nós temos os nossos rednecks ansiosos por se sentirem ofendidos e atacados, gentinha pobre que gosta de se fazer de vítima e apelar à piedade alheia. Um tipo pensa que isto só existe no Iowa ou no Alabama e, afinal, está aqui tão perto. É apenas gente que não tem noção do ridículo, mas tem o mesmo sentido de humor de um pneu traseiro de um tractor agrícola.

O original de “Y Viva España” é belga

O país que serve de refúgio a Puigdemont é também aquele que criou o tema que serve quase de hino à Espanha (o verdadeiro hino é uma marcha militar sem letra) e que tem sido cantado durante as manifestações pró-espanholas na Catalunha.

O original intitulado “Eviva España” de 1971 era uma cançoneta para animar programas de televisão e festas para a terceira idade cuja ideia de Espanha remetia para o exotismo das férias de Verão, de letra simples e carregada de estereótipos sobre os povos ibéricos. Os autores são ironicamente flamengos, Leo Caerts e Leo Rozenstraten, e a cantora Samantha interpretava a música em flamengo. Tornou-se num sucesso quase global quando Manolo Escobar interpretou o tema em espanhol em 1973, sob o título “Y Viva España”.

Primeira, segunda e marcha atrás

Imagem: Dr. Drodd Graphics

Comece pela tónica, passe à quarta, continue na quinta de sétima e volte à tónica. Ou como se diz na gíria musical, primeira, segunda e marcha atrás. Falamos de acordes e das fórmulas para escrever canções. Numa melodia em Dó Maior seriam Dó Maior, Fá Maior e Sol Maior de sétima os acordes em causa.

Existem outras receitas bem conhecidas e, ainda mais, usadas. De facto, muito do cançonetismo por elas passa, independentemente da sua popularidade e origem. Não é uma melodia complexa que garante o sucesso, tal como uma melodia simples não está necessariamente condenada ao fracasso – que o diga quem analise Zeca Afonso. Há muito para além das palavras e das notas nas canções, tendo a interpretação um papel determinante na conquista do podium. [Read more…]

O Sargento Pimenta faz 50 anos

Banda sonora do mundo. Ou nas palavras de Paul McCartney, um álbum tão importante “que, por vezes, as pessoas ouvem a reputação em vez de ouvirem o disco”. Parabéns ao mundo.

Sobre a Eurovisão…

Admiro a Luísa Sobral, mas quando li que tinha composto a canção vencedora do festival da canção, nem me dei ao trabalho de ouvir. Seria impossível não ter reparado nos inúmeros posts publicados no FB, passei a reconhecer Salvador Sobral através de foto e continuei sem ouvir a canção. Até ontem, Domingo de manhã, já sabendo que vencera o festival da Eurovisão, evento que não me diz rigorosamente nada, razão pela qual não embarquei na euforia colectiva, pois como poderia celebrar algo desprovido do mínimo interesse da minha parte, por não lhe reconhecer qualquer qualidade musical? Já passaram mais de 20 anos desde a última vez que gastei umas horas com tal evento e não seria agora que mudaria de atitude. [Read more…]

Crónicas do Rochedo XVII – É só uma canção?

salvador

Nem sei precisar o número de anos sem um simples “deitar o olho” a um festival de canção. Este ano foi diferente por um mero acaso: ter visto/ouvido a canção do Salvador Sobral nas redes sociais e a sua prestação nas meias finais. Ficou aquela sensação de: “será que uma música destas ganha o festival da canção?”. Ganhou para enorme surpresa minha. E depois foi o: “será que consegue o milagre de ganhar em Kiev?”.

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Olho por olho, (resi)dente por (resi)dente

Uma série de acontecimentos ocorridos recentemente, entre descarrilamentos, um eloquente post de alguém muito atento à matéria ferroviária e actos de residência pífios, levaram-me, em associação livre de ideias, ao novo disco dos The Residents, todo ele construído sobre relatos do crescente número de acidentes de comboio que o incontrolável desenvolvimento tecnológico de finais do século XIX ia produzindo e das “rápidas e desagradáveis mortes” que infligia.

Não pretendendo enveredar pela crítica a mais um capítulo da extensa obra desta super-banda – toda a gente ama os Residents, os quatro decoradores de interiores do apocalipse, embora desconhecendo a identidade dos seus membros, quando não mesmo a sua música (música?) -, não posso deixar de assinalar aqui o seu 84.º álbum, “The Ghost of Hope,” na esperança que vos possa assombrar o luminoso fim de semana que se avizinha.

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