Cá no burgo o actual governo desmantelou a administração do património cultural (se fez o que fez à área da saúde, do ensino, das forças de segurança e da justiça…..). Os recursos financeiros para os arquivos, bibliotecas, museu e monumentos são cada vez mais escassos. Não há dinheiro, dizem. A sério? Mas eis que de repente aparecem 34 milhões de euros. Para um Museu. Fiquei esclarecido.
“Para Angola, rapidamente e em força!”, alguém disse.
Este governo fez aquilo que outros fizeram. Agenda o que lhes interessa, não sei com que propósito, e manda às malvas o que não lhes interessa.
Não foi sempre assim?
Saúde, ensino, forças de segurança e armadas,…?
A memória é curta?
Este esqueceu-se dos tempos da troica.
Estes indigentes não diferem em nada dos outros. Apenas têm um mérito. Não vêm com aqueles discursos moralistas da direita, com a Salvação da Pátria.
Detesto moralistas. E abomino hipócritas.
Cuidado com os reflexos.
De moralista, hipócrita e louco, todos têm um pouco.
Vem isto a propósito de que a ralé que ascendeu ao poder e nele se eterniza, reconhece o papel das guerras em África para lhes proporcionar uma tal oportunidade.
Do alto da sua moralidade, pegam em 34 milhões para homenagear os que proporcionaram essa circunstância e com os quais se igualam em despudor e oportunismo.
Quanto à Pátria, é palavra excluída do discurso político, não vá lembrar que há de cuidar-se de algo mais do que dos interesses dessa ralé.
Pois está claro! mas, pelo contrário…
JgMenos tem a Pátria sempre presente, mesmo nas pequenas coisas do quotidiano. Veja-se a ementa de hoje:
Pequeno Almoço: Pátria torrada com chá de parreira;
Almoço: Pátria à Brás harmonizada com Carrascão de Santa Comba Que Dá De Comer a Um Milhão de Portugueses Ou Mais, Reserva de 1968;
Lanche: Pátria com chouriço e água da Fonte Ardente;
Jantar: Pátrias de Sarrabulho harmonizadas com Licor de Cerejeira.
Pois, não há no poder, seja no político, financeiro, ou empresarial, quem se aproxime de quem expulsou os invasores que os abusaram mais do que a animais de carga, por muito que os heróis também tenham pouco mais de heróico.
Quanto à pátria, serve qualquer coisa que lhe vendam desde que lhe vendam uma qualquer coisa vestida de honra e valores que nunca demonstraram e nunca practicaram, nem têm o mínimo de intenções: isso é para a ralé, onde os mesmos defeitos são sinal de subhumanidade.
Dinheiro a fundo perdido para “libertações”, só para a Ucrânia e restante “anti-comunismo”, que precisam de estátuas novas.
Quanto à cultura nacional, era uma chatice: tinha que se discutir se não era woke demais (seja lá o que isso for), contra a literacia financeira, propaganda socialista, anti-ocidente, pró-ideologia de género (seja lá o que isso for), e por aí fora. Mais vale não apoiar nada, que o mercado resolve, e as vacas também.
Pois canta o povinho, lá na minha terrinha…
“Tecnoforma, Tecnoforma,
Deste muitos mil milhões.
Há pessoal prós aeródromos,
Só já faltam os aviões”.
Canta o povinho. Lá na minha terrinha.
Que saudades tens do “padrinho botas” !
Faz todo o sentido. Não há alternativa, mesmo os actuais pastorinhos
DA-SE!