A escolha de Pedro Passos Coelho

Pedro Passos Coelho entrou na campanha da pior maneira.

No Algarve, região do país que, de forma literal, não sobrevive economicamente sem os imigrantes que chegam ao país, o antigo primeiro-ministro escolheu a demagogia, associando a imigração ao aumento da insegurança em Portugal, sem um único dado ou facto que sustente a sua insinuação.

E, de uma assentada, o discurso de Passos Coelho teve 3 efeitos imediatos:

  1. Revelou a permeabilidade do espaço político da AD a uma das mais perigosas ideias populistas defendidas pelo partido de André Ventura, o que nos dá indicações preocupantes sobre o futuro.
  2. Demonstrou que o PSD está disponível para combater o CH no lamaçal da demagogia. Um erro já tentado noutros países, sempre com o mesmo resultado: com a derrota da direita moderada.
  3. Fez mais pela mobilização do eleitorado à esquerda que qualquer aprendiz de fascista. Um erro táctico.

Dir-me-ão que Passos estava só de passagem. Mas eu sou céptico e não acredito em coincidências na política. E elas começam a ser muitas.

Como a proposta de Paulo Núncio para referendar o direito ao aborto.

Caminhamos sobre gelo fino.

Quem diz é quem é

Em apenas dois dias, a coligação Aliança Democrática (AD) decidiu atacar imigrantes e mulheres e os seus respectivos direitos.

Assim, fica claro o porquê de Luís Montenegro dizer que não se juntará à extrema-direita: a AD está decidida a absorver a extrema-direita.

De facto, a dar tiros nos pés não há melhor do que os partidos de direita. Senão, vejamos:

1 – “Número de interrupções da gravidez continua a descer em Portugal” ou “Portugal com 11.640 abortos em 2021, o menor número desde a legalização da IVG.”

2 – “Em 2013, Portugal ocupava o 15° lugar no ranking de países mais seguros do mundo. Em 2023, ocupa o 7° lugar” ou “Existe relação entre imigração e segurança, como sugeriu Passos Coelho? Não.”

Neemias Queta

Voto útil, interessa a quem?

Uma vez mais Portugal irá votar em eleições legislativas, para elegermos 230 deputados dos quais sairá novo governo. Desde 1976 os portugueses votam maioritariamente no centrão, resultando no PS e PSD alternando a liderança do executivo e acreditando na maioria das sondagens, apesar de ser aconselhável alguma prudência face aos erros que têm acontecido ao longo da última década, um pouco por todo o mundo, incluindo o nosso país, também parece evidente que não estarão todas erradas e face ao histórico, ninguém acredita que vá acontecer no próximo 10 de Março, algo de substancialmente diferente. [Read more…]

PSP ARRASA o partido de André Ventura

No Twitter, André Ventura garante que a sua caravana foi recebida com tiros, em Famalicão.

A falange replica.

O objectivo desta farsa é óbvio: culpar os ciganos, acicatar ânimos e capitalizar com a revolta por si fabricada. Demagogia, populismo e canalhice no seu estado mais puro.

Azar do Ventura, a PSP desmontou o seu embuste e repôs a verdade. Afinal, não foram tiros. Foram rateres de uma mota que integrava a comitiva do próprio CH.

Mas a mentira está na net e por lá ficará para sempre.

O próprio Ventura não a apagou do seu Twitter.

Sim, nenhuma força política é imune à mentira ou a comportamentos menos dignos.

Mas não, não são todos iguais.

Ninguém desce tão baixo como Ventura.

E será pesada, a factura do tapete vermelho que o sistema que Ventura diz combater lhe está a estender. Mas a história não terminará aí.

Não dá para continuar

Há cinquenta anos que somos governados pela extrema-esquerda. Há cinquenta anos que regredimos; a censura maoísta, os gulags na Comporta, a expropriação de habitações privadas, a ditadura do proletariado: não dá para continuar.

Quando Álvaro Cunhal tomou o poder, acabando com mais de cinco décadas de um período próspero e feliz, depois do golpe de Estado que derrubou o estadista Marcello Caetano, herdeiro do ainda maior estadista António de Oliveira Salazar, Portugal morreu. Éramos governados por um homem à frente do seu tempo, que nos provava que era possível ter num cardeal um amigo colorido e substituir a famigerada mãe do rei por uma governanta. Mais práfrentex do que isto era impossível. Mas não; destruíram-nos o sonho. Agora somos governados pelo João Oliveira e pela Marisa Matias. Temos o que merecemos.

Podíamos ter sido governados por Soares, Cavacos, Guterres, Sócrates, Passos ou Costas. Não. Por contrário, cinquenta anos de governação de Cunhais, Carvalhas, Louçãs, Sousas, Martins. E, como se não bastasse, agora vamos ter de levar com Mortáguas, enquanto que os Raimundos e os Tavares distribuem pastas entre si. E quem não concordar, já se sabe; acaba no gulag da Comporta ou ameaçam-no com trabalhos forçados em Vale do Lobo. Podíamos ter tido empresários moralistas a encher o cu de dinheiro em offshores, políticos a sair dos partidos do arco da governação para as maiores empresas privadas do país, neo-liberais suspeitos, acusados e condenados por crimes económicos lesa-pátria… mas mataram-nos o sonho. Hoje temos todas as empresas dos sectores estratégicos nacionalizadas; da Galp à EDP, passando pela REN, pela TAP, pelos CTT ou pela Banca. Tudo do Estado e já não se pode privatizar nada.

Sonhemos com um Portugal sem o peso da repressão da extrema-esquerda. Façamos das nossas mãos os punhais que se cravarão no peito dos comunistas, para que estes nunca mais governem Portugal. [Read more…]

Trafulhas (1)

Vamos fazer um exercício de imaginação (infelizmente, acho que não é mesmo possível pôr isto em prática).

Prescindimos de uma parte do nosso território (algo proporcional ao número de “evangélicos” que ainda votam nestes gajos). Damos-lhes os correspondentes hospitais, tribunais, repartições, escolas, etc. Tudo retirado do público. Nada do privado. Porra, até lhes damos a TAP.

E vamos fazer apostas sobre quanto tempo eles vão demorar a fazer regredir aquele pedaço de terra até à Idade da Pedra.

Acabou-se-me a paciência para trafulhas. Quero que esta asquerosa extrema-esquerda comece mesmo a pagar por todo o mal que fizeram, fazem e ainda podem vir a fazer a este País. 

A Mariana “venturou”

A Mariana Mortágua mentiu no debate contra Montenegro. No dia seguinte, confrontada com a descabelada aldrabice, voltou a mentir. Hoje, a revista Sábado desmascarou a Mariana. Ficou provado que esta não é diferente do outro. É por isso que a Mariana “venturou”. Não temos pena.

Teatro, lo tuyo es puro teatro

Entretanto, na Madeira, Gonçalo da Câmara Pereira aproveita um momento de distracção dos carcereiros e consegue escapar ao cativeiro.

“Durante 10 anos, fui contratado para ser um machista na televisão, nos programas do Goucha, e transportaram isso para a política.”

Como perder um debate no primeiro minuto

Luís Montenegro perdeu o debate na primeira pergunta.

Sobre a manifestação dos polícias à porta do Capitólio – oh, the resemblance – Pedro Nuno Santos afirmou estar disponível para resolver o problema, para dialogar com os representantes das forças de segurança, mas sublinhou algo que é basilar em democracia: não negoceia sob coação.

Já Luís Montenegro fugiu à questão, divagou, viajou na maionese. Para o eleitorado à direita, apreciador da autoridade do Estado, poderá ter sido fatal.

Pedro Nuno Santos ganhou o debate, parece-me evidente, mas não foi o único vencedor da noite. Porque André Ventura, perante a frouxidão do líder do PSD, ganhou ainda mais terreno à frágil AD.

E Luís Montenegro, que teve boas prestações durante as duas semanas de debates, sobretudo contra Ventura, desapareceu em combate. Perdem-se eleições por muito menos.

Onde estava Moniz em 2019? No Vietname?

História em que não acontece nada

Era um modesto hotel de uma cidade de província. Um desses estabelecimentos semifamiliares, em que o dono parece ter conseguido desenvolver o dom da ubiquidade, não só para controlar os empregados e guardar a sua propriedade, mas também para observar com deleite a nossa cara de susto quando nos surpreendia em cada esquina. Era um homem calvo, de rosto amarelado, com um dente de ouro que reluzia em simultâneo com o relógio de pulso, uma espécie de sincronização prévia à dos smartwatches com os smartphones que me pareceu muito original. Esperava os hóspedes pela manhã, chegava a persegui-los se ousavam esquivá-lo, para indicar-lhes a salinha, mesmo ali ao lado, onde o pequeno-almoço estava a ser servido, como se estivéssemos em Xanadu e houvesse o risco de perder-nos. Desejava que estivesse “tudo de feição” e indagava detalhes sobre a nosso relacionamento com o colchão: demasiado brando, quiçá muito duro? E que tal as almofadas? A mantinha extra está na prateleira de cima do armário, favor não esquecer. Era diligente, atencioso, insuportável. [Read more…]

Como ser processado por Pedro Abrunhosa: tutorial

Quero voltar para os braços da minha mãe e cantar-lhe uma balada de Gisberta. Por um momento, se eu fosse um dia o teu olhar, apanharia um barco para a Afurada para ficar mais perto do céu. O que é preciso é ter calma, não deixar entrar o diabo no corpo e lutar por ser o rei do Bairro Alto. Até porque eu e tu somos iguais, temos a mesma fantasia: talvez foder. Silêncio! Socorro! Sexo! Será? Vem ter comigo aos Aliados, tenho uma arma e não tenho mão em mim.

Uma besta política, será apenas e só, uma besta!

Se parece besta, fala como besta, então é uma besta!
Não há muito mais a dizer sobre um animal, estou a ser literal, sem qualquer elogio, que pretende restringir apoios sociais a quem tendo entrado legalmente no país, cumprido a sua parte, por qualquer motivo ao qual é alheio, se viu privado do emprego. Imaginem alguém foi convidado por empresa a vir trabalhar para Portugal, só que entretanto perdeu emprego por falência da entidade patronal. Para o líder do Chega, ou terá meios de subsistência ou será abandonado à sorte, apesar de ter trabalhado, pago impostos e contribuído para a segurança social.

A propósito d’A São na campanha do PS,

de José Pacheco Pereira, regressemos a A São solidária e a função diacrítica de há uns tempos.

O nome dele é Ribeiro: Diogo Ribeiro

Diogo Ribeiro volta a ser campeão do mundo

Foto: Adam Pretty/Getty Images

A verdade anda por aí

The Parallax View (1974)

 

Nos anos marcados pelo escândalo do caso Watergate, produziu-se, nos EUA, uma série de filmes que ficou conhecida como a dos “thrillers paranóicos”, com enredos que lançavam suspeitas sobre poderes tão distintos quanto o Governo (Os Homens do Presidente, Os Três Dias do Condor), a NASA (Capricorn One), interesses económicos diversos protegidos por um sistema de justiça cúmplice (The Parallax View), a corrupção nas forças policiais (Serpico), a energia nuclear (A Síndrome da China), ou o futuro da humanidade num cenário de desastre climático e em que um império corporativo controla a produção de alimentos (Soylent Green).

Os heróis destes filmes são muitas vezes jornalistas (inspirados por Woodward e Bernstein) mas também polícias, detectives, e gente comum, que, no exercício das suas funções, descobre um segredo terrível sobre uma entidade poderosa e arrisca a vida para revelá-lo. Os finais são frequentemente negros, com as forças que manobram na sombra a esmagarem sem piedade os indivíduos que lhes fizeram frente.

Quem cresceu alimentado por semelhante substrato acreditou desde cedo que existe uma verdade ocultada por uma conspiração generalizada, que nenhuma instituição é credível, que tudo depende de alguns indivíduos, uma pequena elite de homens e mulheres corajosos, capazes de enfrentar um poder sem rosto, e que, tomando como certo que todos somos mais ou menos impotentes, é pelo menos possível aspirar à lucidez de saber que nos mentem e dá-lo a conhecer a outros. [Read more…]

Azeite, socialismo e o mercado a funcionar

Ainda sou do tempo em que o preço do azeite subiu porque mau tempo, más colheitas, imposto é roubo e socialismo. Afinal, era só o mercado a funcionar.

Marcelos e Bugalhos

Depois do debate Mariana Mortágua/André Ventura vários comentadores  em várias TVs comentaram o dito, atribuindo notas. Sebastião Bugalho, depois de dizer que  MM mentiu, diz que ela ganhou o debate. Desde que começou a escrever no Expresso, Sebastião Bugalho marcelizou-se.

O dia em que Ventura cuspiu no prato que Passos Coelho lhe serviu

No debate com Luís Montenegro, André Ventura teve a cara de pau de arremessar o memorando da Troika contra o seu adversário.

Tal como Montenegro, Ventura era militante do PSD quando o governo Passos Coelho aplicou cortes nas pensões. E não se lhe conhece uma palavra contra a decisão.

Aliás, o PSD que aplicou esses cortes foi o mesmo que apoiou a sua candidatura a Loures. E que não deixou cair Ventura quando o recital de racismo e xenofobia começou.

Ventura fala muito de vergonha, mas não tem nenhuma na cara. Maquiavélico, no pior sentido da palavra, não olha a meios para atingir os seus objectivos pessoais. E o PSD, se tem amor-próprio, nunca, em tempo algum, aceitará acordos com um demagogo que cospe desta forma no prato que comeu. Será o seu fim.

A propósito deste título: Carta de condução e cartão de cidadão no telemóvel já têm o mesmo valor dos documentos físicos

W h o
A r e  y o u
Who   is   born
In   the   next   room
So   loud    to   my   own
That  I  can  hear  the  womb
Opening   and    the    dark   run
Over the ghost and the dropped son
Behind  the  wall  thin as a wren’s bone ?
In  the  birth  bloody  room  unknown
To  the  burn  and  turn  of  time
And  the  heart  print  of  man
Bo w s   n o   b a p t i s m
Bu t   d a r k   a l o n e
Blessing       on
The  wild
Child.
Dylan Thomas

***

 

Sim,
é verdade
que a carta de
condução e o cartão
de cidadão no telemóvel
passaram a ter o mesmo valor
dos documentos que trazemos na carteira.
Mas só “em território nacional“, ou seja, só em Portugal:

Curiosamente, a alteração à Lei 19-A/2024 foi
publicada durante a semana passada, no
sítio do costume de 7 de Fevereiro,
no qual encontramos mais
provas do completo
falhanço do
AO90:

Completo falhanço “em território nacional”, sim, mas não só.

Continuação de uma óptima semana.

***

O grande roto e o grande nu económico

Vivi tempo suficiente para ouvir o Ventura dizer que a IL é o partido dos grandes grupos económicos – o que também não é mentira – quando é financiado pelos Champalimaud e pelos Mello.

ÚLTIMA HORA

Depois de o PSD ter anunciado que Luís Montenegro não irá comparecer nos debates frente a PCP e Livre, surge a notícia de que o Sporting CP, SL Benfica e o FC Porto não irão comparecer nos jogos frente a Casa Pia, Rio Ave e Portimonense.

Luís Montenegro não quer honrar a palavra dada

Luís Montenegro, como todos os líderes partidários com assento na AR, aceitou o convite e as regras dos debates.

Agora, recusa-se a debater com Rui Tavares e Paulo Raimundo.

Ou seja: palavra dada não foi palavra honrada.

E sem surpresas, claro. Não é a primeira vez que acontece.

Mas isto levanta outra questão: se não podemos confiar na palavra de Montenegro em algo tão secundário como um debate que não decide nada, será que podemos confiar no que toca a acordos pós-eleitorais?

Não sabemos.

Mas o risco de termos uma desilusão no dia 11 de Março é elevado.

E não seria, de novo, a primeira vez.

 

Operação Pretoriano: o Polígrafo estará a exagerar um bocadinho e a massacrar em demasia?

Sabe-se que

#Recorde Em muitos “tweets” há quem recorde a polémica da Tese de Mestrado do líder dos “Super Dragões” que supostamente padece de várias falhas. O Polígrafo pediu uma análise gramatical do texto a Manuela Gonzaga, consultora linguística.

Como?

Porque o Facebook do Polígrafo o disse:

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A miséria

Há dias, durante a manifestação em Lisboa que reuniu cerca de uma centena de fascistas, nazis e apoiantes do partido de André Ventura em geral, gritou-se por Salazar.

Este saudosismo, sempre presente nos comícios e conclaves do CH, é um alerta autoexplicativo sobre o que nos espera caso a extrema-direita chegue ao poder. O próprio slogan do Estado Novo, “Deus, Pátria, Família”, foi orgulhosamente apropriado pelos seus apoiantes.

Torna-se, por isso, importante recordar o que foi o Estado Novo. O que foi o salazarismo.

As vezes que forem necessárias.

E o salazarismo foi, essencialmente, um tempo de miséria. [Read more…]

Exercícios de aperfeiçoamento

Ontem, pela primeira vez, assisti a um debate com o Ventura, na íntegra, sem ter proferido um impropério sequer.

Para a semana, entro para o mosteiro zen.

Um subsídio que é um risco

Ontem foram os guardas prisionais, hoje os bombeiros sapadores. Amanhã é a vez das prostitutas exigirem subsídio de risco.

Inês Sousa Real fez a festa brava com André Ventura

O PAN diz-se contra a tauromaquia, mas juro-vos que ontem vi a Inês Sousa Real tourear o André Ventura como um Ribeiro Telles.

Reparem neste olé:

  • O PAN com 1 deputado aprovou mais iniciativas parlamentares que o CH.
  • Mas isso é porque vocês se colaram ao PS.
  • Mas os senhores votaram mais vezes ao lado do PS do que o PAN.

Esventrou-o todo sem usar bandarilhas.

O André recebe donativos do sistema, recruta nos partidos do sistema e ainda vota ao lado do sistema.

Mas há quem garanta que é contra o sistema.

Poucas coisas ilustram tão bem o atraso estrutural deste país como haver quem acredite nesta farsa, que se assemelha mais a uma seita do que a um partido político.

Quem confronta André Ventura com os seus aliados?

Na entrevista que deu à Fox, Trump teceu rasgados elogios a Xi Jinping, que considerou:

Smart, brilliant everything perfect.

Importa estarmos atentos. E questionar os neosalazaristas em ascensão, para lá da instrumentalização da luta dos polícias e da gritaria sobre casas de banho mistas.

A extrema-direita contemporânea, onde se integra o CH, tem um fascínio por líderes autoritários e totalitários. Não admira que Orbán continue a ser o emissário de Putin no Conselho Europeu, de onde regressa directamente para o mesmo bolso onde estão Le Pen, Salvini ou Tino Chrupalla, os amigos de André Ventura. [Read more…]