Monólogo de uma guarda de retretes

Não há tarde em que eu esteja a ler a Maria, ou a regar as begónias que a minha falecida comadre me deixou, que não venha uma madame de casaco de peles e carregada de pulseiras com pingentes pedir para ir à borla.

Que se esqueceram da carteira, que só têm cartão de crédito – e eu respondo logo: “Olhe que aqui não há visas, minha senhora!” -, que vem já aí o marido e que ele paga… É sempre a mesma coisa!

A mim não me engana nenhuma! Essas lambisgóias andam mais tesas que um carapau e o que querem é comer-me por lorpa. [Read more…]