rebobina-me, mãe

filha que foge desencontros dos pais, no melhor esconderijo, colo da mãe

Esta é uma história real Acontece sempre. Texto que tinha guardado, mas vi-me obgrigado a publicar por motivos privados. A menina era assim, antes de entender de desencontros, mas procurei esta foto inocente para defender os seus direitos.

Os senhores leitores devem estar habituados a ler o que escrevo sobre os direitos das crianças. Não apenas por eu ser membro da Amnistia Internacional e colaborador da organização Human Rights Watch. O motivo real é, fundamentalmente, porque as crianças não têm apenas direito à paz, à alegria, à calma, ao respeito por parte dos pais, mas também à capacidade de serem entendidas por eles e de receberem respostas adequadas à idade da sua epistemologia.

O direito mais importante de uma criança é o de ser entendida dentro do que é a sua experiência, dos seus conceitos, luta infatigável que tenho empreendido ao longo dos anos e que me tem levado a escrever imensos livros sobre as crianças. Tenho vivido com elas na Europa do Norte, Europa do Sul, em África e na América Latina. Em todos esses sítios aprendi que a criança vive obrigada a suportar os desafios entre adultos, que mal entende. Como Maria. Que adora a sua mãe e o seu pai, que gosta de ser aconchegada por eles, de receber palavras doces e meigas, de brincar à Tölkien com os adultos e não gosta de ser sistematicamente afastada da presença dos seus, com seu querido e pequeno discurso de amor e de procura de protecção. [Read more…]